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Deputados aprovam abertura do processo de impeachment de Dilma; acompanhe
A Câmara dos Deputados aprovou neste domingo (17) a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A barreira de 2/3 dos votos necessários da Casa para a continuação do rito foi atingida.
A votação continua, mas 342 parlamentares, entre os 513 da Casa, já votaram a favor.
A derrota na Câmara não significa o afastamento imediato de Dilma. A decisão dos deputados precisará ainda ser confirmada por maioria simples pelo Senado, o que deve acontecer até o início de maio.
Na primeira etapa do processo, que durou 43 horas, quase 120 deputados discursaram. A votação do impeachment no plenário segue a ordem Norte-Sul, alternada por Estados. Assim, o primeiro Estado a votar foi Roraima, e Alagoas será o último. Dentro dos Estados, a ordem de votação dos deputados é a alfabética.
Em São Paulo, manifestação a favor do impeachment reuniu 250 mil pessoas na avenida Paulista, de acordo com o Datafolha. Ato contra a saída da presidente Dilma teve 42 mil pessoas no Vale do Anhangabaú.
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Grupo anti-impeachment confunde grupo que visitou Sérgio Reis e gera confusão
Por volta das 11h houve uma confusão no corredor do segundo andar do Anexo IV da Câmara, quando um grupo de cerca de 30 servidores contrários ao impeachment cercou seis pessoas que tinham feito uma visita ao gabinete do deputado e cantor sertanejo Sérgio Reis (PRB-SP).
Os servidores acharam que os visitantes eram do MBL (Movimento Brasil Livre) e houve gritos de "Fora, Cunha". A Polícia Legislativa teve que intervir e o protesto acabou em minutos.
"Houve um engano, havia uma mulher parecida com uma do MBL que eles acusaram de ter agredido outra mulher que ofendeu a deputada Moema Gramacho dias atrás. Não tinha nada a ver. Era uma médica do Ceará que me perguntou se eu podia falar com ela sobre a questão da saúde. Eu nem a conhecia antes de hoje", disse Reis.
O deputado afirmou estar preocupado com a segurança nas manifestações de domingo. "Veja o clima que estamos vivendo."
MST bloqueia três pontos de estradas federais no Paraná
Pelo menos três rodovias federais estão bloqueadas por protestos realizados pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) no interior do Paraná.
Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal, existem bloqueios na BR-153 (quilômetro um) na cidade de Jacarezinho, na BR-277 (no quilômetro 476) em Nova Laranjeira e na BR-376 (quilômetro 295) em Mauá da Serra.
"Não teremos menos de 200 votos", diz líder do governo
O deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, parabenizou "o país inteiro mobilizado contra o golpe" e disse que não há fundamento para o impeachment da presidente.
Guimarães desafiou a oposição: "Nós não teremos menos de 200 votos no plenário". "Eles não têm voto para aprovar o impeachment, que não tem outro nome a não ser 'golpe'".
Ele classificou todo o processo como "perseguição", dizendo que Dilma foi "alvo de injustiça". Criticou quem "está no Palácio do Jaburu" articulando futuro governo, em referência ao vice-presidente Michel Temer.
"Metade dessa Câmara estava participando do banquete de ontem à noite. Será que os partidos de esquerda estão participando disso? Essa é a saída para o Brasil?". Para ele, a postura de Temer "não é razoável". "Ele quer governar o país a revelia da soberania popular".
Guimarães citou ainda a possibilidade de um pacto para recuperar a economia e o crescimento do Brasil.
Eduardo Cunha prorroga a sessão por uma hora
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, acabou de prorrogar a presente sessão por uma hora.
Foram encerradas na manhã desta sexta (15) as inscrições individuais para discutir o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Segundo a Agência Câmara, 79 deputados contrários ao impeachment e 170 favoráveis foram inscritos. Cada deputado terá três minutos para falar.
A Secretaria-Geral da Mesa estima que haverá três sessões extraordinárias, entre 11h de sábado e 2h de domingo. Mas pode não haver tempo para o pronunciamento de todos os inscritos.
Falam agora os 25 partidos, seguindo a ordem da maior para a menor bancada. O PMDB é o primeiro.
Cada partido tem uma hora de fala. Serão realizadas sessões sucessivas até que todos os partidos tenham concluído seus pronunciamentos.
Picciani orienta pelo impeachment, mesmo sendo contra saída de Dilma
Conforme previsto, o líder do PMDB da Câmara, Leonardo Picciani (RJ), orientou o voto favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff em seu discurso no plenário na manhã desta sexta-feira (15), apesar de ser favorável à permanência da petista.
Para Padilha, é 'ilusão' unir Congresso por ajuste fiscal após impeachment
O ex-ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil), um dos peemedebistas mais próximos do vice-presidente Michel Temer, disse que é "ilusão" pensar que o PMDB vai conseguir, no caso da aprovação do impeachment, unir o Congresso em torno de um ajuste fiscal defendido por Temer.
"Temer é o farol e a esperança", diz deputada
Soraya Santos (PMDB-RJ) manda recado para Michel Temer: "Você, hoje, é o farol e a esperança". Ela parabenizou ainda Jovair Arantes (PTB-GO) pelo "excelente relatório".
Discurso da acusação pode ser usado para novo recurso, diz Cardozo
O ministro da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo, indicou que o teor do discurso de acusação pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, feita em plenário nesta sexta (15) pelo jurista Miguel Reale Jr, pode ser usado para um novo recurso ao Supremo Tribunal Federal.
"Impeachment já", pede Serraglio
O deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) contestou a afirmação do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, teria aberto o processo de impeachment por "vingança".
Serraglio também elogiou Michel Temer, quem, segundo ele, "pregou a pacificação nacional, sempre procurou oferecer governabilidade ao país".
"Golpe sofreram aqueles que votaram em Dilma", diz Coimbra
Lelo Coimbra (PMDB-ES) diz que a presidente Dilma não reúne mais legitimidade para governar, "chutando o balde fiscal, fazendo uma xepa de cargos públicos".
"A presidente Dilma arruinou a economia brasileira", afirma. Ele diz ainda que quem sofreu golpe foram aqueles que votaram no PT. "É um golpe que se prolonga e se acentua e deve ser interrompido".