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Deputados aprovam abertura do processo de impeachment de Dilma; acompanhe
A Câmara dos Deputados aprovou neste domingo (17) a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A barreira de 2/3 dos votos necessários da Casa para a continuação do rito foi atingida.
A votação continua, mas 342 parlamentares, entre os 513 da Casa, já votaram a favor.
A derrota na Câmara não significa o afastamento imediato de Dilma. A decisão dos deputados precisará ainda ser confirmada por maioria simples pelo Senado, o que deve acontecer até o início de maio.
Na primeira etapa do processo, que durou 43 horas, quase 120 deputados discursaram. A votação do impeachment no plenário segue a ordem Norte-Sul, alternada por Estados. Assim, o primeiro Estado a votar foi Roraima, e Alagoas será o último. Dentro dos Estados, a ordem de votação dos deputados é a alfabética.
Em São Paulo, manifestação a favor do impeachment reuniu 250 mil pessoas na avenida Paulista, de acordo com o Datafolha. Ato contra a saída da presidente Dilma teve 42 mil pessoas no Vale do Anhangabaú.
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Câmara encerra votação que aprovou pedido de impeachment
Após mais de seis horas de votação, a Câmara encerrou a sessão que aprovou o pedido de impeachment.
Foram 367 votos a favor da abertura do processo, 137 contra, 7 abstenções e 2 ausentes.
O último deputado a falar foi Ronaldo Lessa (PDT-AL), que votou contra a abertura do processo.
A derrota na Câmara não significa o afastamento imediato de Dilma. A decisão dos deputados precisará ainda ser confirmada por maioria simples pelo Senado, o que deve acontecer até o início de maio.
Dilma não soube administrar sua base de partidos, diz ACM Neto
SALVADOR - Ao comentar a admissibilidade do impeachment pela Câmara, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), afirmou que a presidente Dilma Rousseff "está caindo pela força das ruas e foi derrubada por sua própria base de partidos, que ela não soube administrar".
"Hoje o Brasil começou a virar uma página da sua história com a aceitação pela Câmara dos Deputados do impeachment da presidente Dilma. A votação reflete a vontade da maioria do povo brasileiro", disse, em nota.
'Precisamos sepultar esse capítulo da nossa história', diz presidente da Firjan
SÃO PAULO - O presidente da Firjan, Eduardo Eugênio, disse, depois de acompanhar a votação ao lado de Paulo Skaf, que espera que o Senado defina pelo impeachment o mais rápido possível, para que a confiança e a economia possam entrar numa rota de crescimento. "Precisamos sepultar esse capítulo da nossa história. Michel Temer tem condições de formar uma agenda de crescimento. Precisamos do equilíbrio fiscal para a retomada dos investimentos, para a volta dos empregos e da confiança no país. O mundo acredita no Brasil."
"As pessoas acham que é festa", reprova manifestante que foi à Paulista
SÃO PAULO - As amigas Delaine Afonso, 32, e Isabele Justo, 35, vieram para a Paulista só na reta final da votação. Isabele não aprovou o clima do evento do MBL.
"As pessoas acham que é festa, mas o que aconteceu foi muito triste", disse. A amiga Delaine achou ótimo. "Mas sem grandes expectativas", diz.
Paulo Saldaña/Folhapress As amigas Delaine Afonso, 32, e Isabele Justo, 35, vieram para a Paulista só na reta final da votação Para Geraldo Alckmin, aprovação do processo de impeachment foi só primeiro passo
DE SÃO PAULO - O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) usou as redes sociais na noite deste domingo (17) para afirmar que a aprovação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) pela Câmara "foi apenas um primeiro passo, mas imenso significado para encerrar a crise política, recuperar a economia e gerar empregos".
O governador paulista, que pretende disputar a indicação do PSDB para enfrentar a eleição presidencial em 2018, afirmou ainda que os "deputados ouviram a sociedade".
[Leia mais aqui]":http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/04/1762163-em-rede-social-aecio-neves-diz-que-a-luta-ainda-nao-acabou.shtml
Mato Grosso do Sul tem gritaria na rua após abertura do processo de impeachment
CAMPO GRANDE - Manifestantes comemoraram placar da votação de abertura do processo de impeachment com fogos de artifício e gritos pelas ruas. Juan Tavora, do movimento Chega de Impostos, disse que desde o início da tarde, cerca de 4.500 pessoas passaram pela avenida Afonso Pena. Está prevista uma carreata pela via. O tenente coronel Santo Melo, responsável pelo esquema de segurança da Polícia Militar, calculou que aproximadamente 500 pessoas estiveram no local.
Reação de manifestantes contrários ao impeachment da presidente Dilma
Deputado que decidiu votação recebeu R$ 510 mil de empreiteiras da Lava Jato
SALVADOR - O deputado federal Bruno Araújo (PSDB), que deu o 342º voto pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, recebeu R$ 510 mil em doações de empreiteiras investigadas na operação Lava Jato nas eleições de 2014.
Foram R$ 300 mil da Braskem, empresa do Grupo Odebrecht, R$ 130 mil da Odebrecht e R$ 80 mil da construtora Queiroz Galvão.
Araújo também aparece na planilha apreendida pela Polícia Federal na casa de um dos executivos da Odebrecht que lista repasses para mais de 200 políticos do país. Na época, o deputado disse que recebeu apenas doações legais da empreiteira. (JOÃO PEDRO PITOMBO)
Fiesp projeta bandeira do Brasil na fachada do seu prédio
SÃO PAULO - A Fiesp projetou a bandeira nacional em sua fachada, algo que tinha sido proibido por infringir a Lei Cidade Limpa.
Lívia Sampaio/Folhapress Fiesp projeta bandeira do Brasil na fachada do seu prédio-sede na avenida Paulista Em rede social, Aécio Neves diz que a 'luta ainda não acabou'
Presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), usou as redes sociais para afirmar que, embora a Câmara dos Deputados tenha aprovado na noite deste domingo (17) a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, "a luta não acabou".
"Teremos dias difíceis pela frente, mas ao nosso lado está a Constituição e a solidez das nossas instituições. A luta ainda não acabou. É preciso manter a mobilização nas ruas e no Congresso. O pedido de impeachment agora chega ao Senado, e mais uma vez a força dos brasileiros haverá de fazer a diferença", disse o tucano.