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Acompanhe em tempo real a cobertura da crise política no governo Dilma
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse nesta quinta-feira (17) do cargo de ministro da Casa Civil, horas após o juiz federal Sergio Moro liberar no inquérito da Operação Lava Jato um grampo telefônico que sugere uma ação da presidente Dilma Rousseff para evitar uma eventual prisão do petista.
Uma decisão da Justiça Federal de Brasília determinou, porém, a suspensão do ato de nomeação. Na decisão, o juiz Itagiba Catta Preta Neto afirma que há indícios de cometimento do crime de responsabilidade. O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, já informou que o governo federal irá recorrer.
A divulgação dessa gravação e a entrada de Lula no governo motivam protestos pelo país desde a noite de quarta. Em São Paulo, a avenida Paulista amanheceu bloqueada por manifestantes.
Acompanhe em tempo real os desdobramentos da crise política do governo Dilma. A Folha fez um resumo dos acontecimentos desta quinta.
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PORTO ALEGRE - Na Esquina Democrática, militantes de movimentos sociais e moradores da capital gaúcha defendem o governo Dilma e atacam a decisão do juiz Sergio Moro. "Esse juiz está violando a Constituição, com ajuda da mídia. A disputa política é legítima, desde que respeitando a lei", diz a socióloga Helena Bonuma, 61.
BRASÍLIA - Um grupo tentou invadir o Senado pela entrada mais próxima ao Planalto. Policiais jogaram gás lacrimogêneo e pessoas que estavam nos gabinetes começaram a sair tossindo. A cavalaria começou a empurrar os manifestantes de volta para o Congresso usando spray de pimenta e gás lacrimogêneo.
BRASÍLIA - Manifestantes descem o gramado atrás do Congresso e entram em confronto com policiais. Bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta são usados para dispersá-los. Ao menos quatro bombas foram atiradas pelos manifestantes em direção ao policiais.
Com a mobilização dos policiais para guardar o Congresso, uma brecha foi aberta para que os manifestantes pró-impeachment se aproximem dos que apoiam o governo. Parlamentares que saíram da solenidade no Palácio do Planalto são hostilizados por aqueles a favor da saída de Dilma.
SÃO PAULO - Há buzinaço na avenida Angélica, após a cerimônia de posse dos novos ministros, em Brasília.
BRASÍLIA - Um manifestante tentou invadir o Palácio do Planalto. A segurança conteve o invasor, que recebeu aplausos dos manifestantes pró-impeachment, que viram de longe a movimentação.
PORTO ALEGRE - Ativistas fazem ato em favor do PT na Esquina Democrática
Foto: Paula Sperb/Folhapress
BRASÍLIA - Dilma e Lula, durante cerimônia de posse do ex-presidente como novo ministro da Casa Civil.
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
SÃO PAULO - Manifestantes continuam negociando com a PM a liberação da avenida Paulista no sentido Consolação. "A manifestação é pacífica, não tem caráter partidário e estamos negociando para que não haja caos", diz o administrador e ator Bruno Balestrero, que participa do protesto desde a noite de quarta. A organização do movimento fala em 5 mil pessoas. A PM não informa o número de manifestantes.
BRASÍLIA - Dilma mostra termo de posse durante cerimônia com novos ministros.
Foto: Alan Marques/Folhapress
CURITIBA - Na terra da Operação Lava Jato, um buzinaço forte foi ouvido durante a cerimônia de posse de Lula, no bairro Centro Cívico, região central de Curitiba.