O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou depoimento por cerca de 3 horas à Polícia Federal, no aeroporto de Congonhas. Lula é o principal alvo da nova fase da Operação Lava Jato, que realizou mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva no prédio de Lula, no de seu filho Fábio Luíz Lula da Silva --também conhecido como Lulinha--, no Instituto Lula, na Odebrecht e na OAS. Há mandados para Atibaia e Guarujá, onde estão sítio e tríplex, respectivamente, além de Santo André e Manduri.
O que sabemos até agora
A presidente Dilma fez um pronunciamento condenando a Operação no fim desta sexta (4)
O Ministério Público Federal afirmou que
há indícios de que Lula recebeu verba desviada no petrolão
Ato realizado na quadra do Sindicato dos Bancários, no centro, contou com a presença de ministros e do prefeito Haddad, com mote 'não vai ter golpe'. Lula chorou ao falar aos militantes.
O ex-presidente Lula acaba de sair de seu apartamento em São Bernardo do Campo rumo à quadra do Sindicato dos Bancários, onde acontece uma manifestação em seu apoio.
Colaboradores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fizeram no fim da tarde desta sexta-feira (4) um balanço da ação policial na sede do Instituto Lula e na casa de seus diretores. Segundo relato das três funcionárias do instituto que receberam os agentes da Polícia, 60 homens participaram da operação. Levaram os computadores, celulares e pendrives. Os policiais vasculharam o forro do casarão onde o instituto funciona e reviraram seus arquivos. Responsável pela agenda do ex-presidente, Clara Ant entregou dois celulares, dois computadores e suas agendas aos agentes da Polícia Federal.
Curitiba: Uma carreata saiu em buzinaço do Centro Cívico até à sede da Polícia Federal na cidade, no bairro Santa Cândida. Em frente ao prédio, os manifestantes pediram ao microfone que o marqueteiro João Santana --preso ali desde quinta (02)--, "se manifeste" e "fale tudo!"
O grito "Lula é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo" deu o tom do ato a favor do ex-presidente que aconteceu em frente à Central do Brasil na tarde desta sexta-feira (4), no Rio. Os manifestantes haviam se reunido às 15h no Sindicato dos Bancários, na avenida Presidente Vargas, e partiram para a Central, na mesma via, por volta das 16h, empunhando bandeiras do PT, do PCdoB, da CUT e da UNE. No trajeto até a estação de trem, ocuparam uma faixa de uma das três pistas da avenida. PMs que acompanhavam o protesto estimaram que havia cerca de 150 manifestantes; segundo os organizadores, eram 2.000. Leia mais
Coletiva de Dilma: Dilma afirmou que jamais conversou com Delcídio do Amaral (PT-MS) a respeito de uma suposta intervenção junto ao STJ para libertar presos na Lava Jato. "Aliás, do ponto de vista institucional, não teria nenhuma razão para pedir para um senador para falar com um juiz (...). É absolutamente subjetiva e insidiosa a fala do senador, se ela foi feita."
Coletiva de Dilma: Dilma também manifestou "indignação" com a "hipotética delação premiada" realizada pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS)
Coletiva de Dilma: "O respeito aos direitos individuais passa pela adoção de justas, que não impliquem medidas mais fortes, mais gravosas, do que aquelas necessárias para os esclarecimentos dos fatos", disse ela, ao condenar a ação dos investigadores em relação a Lula nesta sexta-feira.
Lula na chegada ao seu apartamento em São Bernardo do Campo após depoimento | Fabio Braga/Folhapress
O ex-presidente Lula retornou ao apartamento em que mora em São Bernardo do Campo (SP), de onde foi levado por agentes federais na manhã desta sexta-feira (4). Centenas manifestantes que apoiam o ex-presidente estavam esperando para ovacioná-lo na entrada do prédio. Vários têm vínculo com o sindicato dos metalúrgicos da região do ABC paulista, onde Lula atuou como líder trabalhista.
Após reunião, que teve a presença de mais de cem pessoas, movimentos sociais decidiram fazer um ato na Central do Brasil, principal estação de trem e metrô do Rio. O objetivo dos manifestantes é mobilizar grande número de trabalhadores.
"Está caindo o véu de um estado de exceção que está se implantando no Brasil comandado por setores da comunicação, especialmente a Rede Globo, em conluio com o judiciário",disse Washington Quaquá, presidente do PT fluminense e prefeito de Maricá.
Também na reunião foi marcado para domingo, às 10h, um ato em frente à rede Globo.