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A cobertura de mercado financeiro da Folha termina por aqui! Até quarta-feira! Boa noite!
Wall Street fechou em queda nesta segunda-feira, com as ações de saúde caindo e investidores preocupados com o aumento dos custos das empresas, à medida que os preços do petróleo subiram, embora os principais índices tenham fechado abril no azul para quebrar a série de perdas nos últimos dois meses.
O índice Dow Jones caiu 0,61%, para 24.163 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 0,82%, para 2.648 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 0,75%, a 7.066 pontos.
No mês, o S&P 500 subiu 0,27%, o Dow Jones somou 0,25% e o Nasdaq subiu 0,04%
Para ele, apesar da queda significativa dos juros -de 14,25% em outubro de 2016 aos atuais 6,5%-, a renda fixa ainda tem um papel importante na carteira dos investidores.
"Para o curto prazo, é importante ter a renda fixa para que não tenha uma surpresa numa eventual volatilidade", afirma. É o caso de alguém que precisa juntar dinheiro para quitar um financiamento, por exemplo.
Maeda adverte que o investidor tem que tomar cuidado com a euforia. "A gente vem de altas históricas de Bolsa e ativos de risco, como o câmbio, mas é importante ter a carteira bem diversificada para que as volatilidades não peguem o investidor de surpresa."
O cenário de queda da taxa básica de juros Selic deixa as aplicações de renda fixa ainda menos atrativas, avalia Vinícius Maeda, diretor de relações com investidores da plataforma Magnetis. A melhor colocada em abril foi a poupança com depósitos até 3 de maio de 2012, que rendeu 0,5%.
"Dada a evolução, a inflação estabilizando dentro das projeções do mercado, em torno de 4%, o mercado já projeta um novo corte, que deve acontecer na próxima reunião, em maio", diz. Com isso, a Selic deve cair para 6,25%. No segundo semestre, dependendo da economia, há espaço para que os juros voltem a subir
A mineradora Vale subiu 0,66%, para R$ 48,67, em meio à alta dos contratos futuros de minério no exterior.
No setor financeiro, o Itaú Unibanco recuou 0,95%. As ações preferenciais do Bradesco perderam 1,54%, e as ordinárias caíram 1,94%. O Banco do Brasil teve queda de 1,74%, e as units -conjunto de ações- do Santander Brasil tiveram desvalorização de 0,29%
As ações da BRF lideraram as quedas do Ibovespa, com recuo de 3,58%. A Natura se desvalorizou 3,42%, e a Ultrapar perdeu 2,47%.
A Rumo encabeçou as altas, com avanço de 3,41%. A Suzano se valorizou 2,01%, a EcoRodovias teve ganho de 1,95%.
As ações da Petrobras subiram, acompanhando a alta do petróleo no exterior. Os papéis mais negociados avançaram 1,14%, para R$ 22,97. Os papéis com direito a voto tiveram valorização de 0,45%, para R$ 24,63
O fluxo de entrada de estrangeiros contribuiu para a alta de 0,88% do Ibovespa no mês. Apesar disso, os fundos de ações indexados, alternativa para o investidor que quer aplicar em Bolsa, recuaram 0,55% em abril.​
Nesta sessão, dos 64 papéis do Ibovespa, 43 caíram, 19 subiram e dois fecharam estáveis.
O mês de abril marcou a retomada dos IPOs na Bolsa brasileira. Depois de NortreDame Intermédica, que subiu 22,7% na estreia, e HapVida (22,8%), foi a vez do Banco Inter começar a negociar seus papéis em Bolsa. Na estreia, as ações fecharam estáveis em R$ 74
Esse movimento contribuiu para a valorização do dólar, mas, segundo o sócio-analista da Eleven, é responsável por apenas 30% do movimento de alta da moeda americana.
"Eu vejo vantagem nesse movimento, porque, com o dólar mais forte, os ativos brasileiros ficam mais baratos sob a ótica do capital estrangeiro, o que abre a possibilidade de ter mais investimento em Bolsa", ressaltou.
O CDS (credit default swap, espécie de termômetro de risco-país) teve alta de 2,58%, para 173,9 pontos.
No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados fecharam com sinais mistos. O DI para julho deste ano recuou de 6,246% para 6,240%. O DI para janeiro de 2019 teve alta de 6,215% para 6,230%
O cenário doméstico também influenciou a cotação da moeda americana. As primeiras pesquisas divulgadas depois da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva trouxeram na liderança Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede). A falta de clareza sobre as propostas de ambos para a economia preocupa os investidores, segundo analistas.
Por causa dessas dúvidas, muitos estrangeiros que compram ações no país utilizam instrumentos de proteção cambial, como a compra de dólares ou de contratos futuros da moeda estrangeira.
"O investidor estrangeiro que está entrando aproveita o fato de a Bolsa estar barata em dólar, mas busca manter os preços dos ativos no patamar em que comprou, sem ser afetado por eventuais desvalorizações do real", diz Raphael Figueredo, sócio-analista da Eleven Financial
A forte valorização do dólar em abril fez os fundos cambiais, opção para o investidor que quer aplicar em moeda estrangeira, liderarem o ranking de investimentos da Folha no mês. Esses fundos se valorizaram 5,3%, após desconto de Imposto de Renda de 15%, que incide em resgates realizados após 720 dias.
"Houve uma diferença entre a taxa de juros nos Estados Unidos e no Brasil que ficou favorável ao mercado americano, e não ao brasileiro", diz Raphael Figueredo, sócio-analista da Eleven Financial.
Essa diferença ocorreu principalmente por causa das expectativas de que o banco central americano poderia ter que acelerar os aumentos de juros no país por uma inflação pressionada pelo preço de matérias-primas -em especial o petróleo-, que ganhou força ao longo do mês
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Atualizado em 22/11/2024 | Fonte: CMA | ||
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