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Nesta sexta, o CDS (credit default swap), espécie de seguro contra calote do país, teve queda de 2,59%, para 185,2 pontos.
Os contratos mais negociados de juros futuros tiveram sinais mistos. Os DIs para julho de 2018 caíram de 6,254% para 6,234%. Os DIs para janeiro de 2019 tiveram alta de 6,275% para 6,280%
Para Alvaro Bandeira, economista-chefe da Modalmais, a próxima semana vai depender da evolução das negociações entre chineses e americanos sobre a imposição de tarifas que ameaçam provocar uma guerra comercial entre ambos.
Outro fator a ser considerado é a normalização das políticas monetárias dos bancos centrais de países desenvolvidos, que começam a preocupar investidores.
"Basta ver o que está acontecendo com a emergente e desequilibrada Argentina, perdendo reservas e jogando a taxa de juros aos píncaros de 40%, e ainda assim com a maior valorização do dólar frente ao peso argentino", afirmou, em relatório.
Bandeira lembra que as eleições, no Brasil, seguem no radar. Em meio às incertezas sobre a diretriz econômica a ser adotada pelos pré-candidatos que lideram a disputa -Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede)-, os investidores que entram na Bolsa buscam proteção contra as variações cambiais, o que acaba também contribuindo para a valorização do dólar em relação ao real
Nesta sexta, a queda ainda contou com o reforço de dados mais fracos que o esperado do mercado de trabalho americano. Os Estados Unidos criaram 164 mil vagas de trabalho em abril, ante expectativa de 192 mil.
A taxa de desemprego recuou de 4,1% para 3,9%, menor nível em quase 17 anos e meio. A renda média por hora subiu 0,1% no mês passado, depois de aumentar 0,2% em março. Com isso, o aumento anual do salário médio por hora ficou em 2,6%
Como resposta à velocidade da alta do dólar -a moeda ganhou R$ 0,12 em dez sessões-, o Banco Central anunciou, na noite da mesma quarta, que poderia oferecer mais contratos de swaps cambiais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) para suavizar os aumentos do dólar. Foi a deixa para a cotação da moeda passar a cair nos dois dias seguintes.
Nesta sexta, o BC vendeu, pelo segundo dia, a oferta integral de até 8.900 contratos em swaps cambiais tradicionais, rolando US$ 890 milhões dos US$ 5,650 bilhões que vencem em junho.
Se mantiver e vender esse volume diário até o final do mês, o BC terá colocado US$ 8,455 bilhões em swaps
Até quarta-feira (2), quando atingiu a máxima de R$ 3,55, o dólar reagia à expectativa de mais um aumento de juros nos Estados Unidos, na reunião de dezembro do comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano).
Apesar de manter os juros na faixa entre 1,5% e 1,75%, o Fed sinalizou que a inflação nos EUA pode se aproximar da meta de 2% ao ano. Alguns analistas viram nessa indicação a possibilidade de uma quarta alta no ano, em vez das três esperadas.
A avaliação impactou o rendimento dos títulos de dívida americana com vencimento em dez anos, considerados livres de risco. Os papéis passaram a render mais, atraindo investidores com dinheiro em Bolsa e em países emergentes como o Brasil.
Na semana, 29 das 31 principais moedas do mundo se desvalorizaram em relação ao dólar.
A trajetória do dólar na semana pode ser contada a partir de duas narrativas: a preocupação com aumento adicional de juros nos Estados Unidos que levou a moeda ao patamar de R$ 3,55, e os dois dias de queda subsequentes após o recado do Banco Central brasileiro de que vai atuar para conter altas da divisa.
Ainda assim, o dólar acumulou valorização de 1,8% em relação ao real. Nesta sexta (4), o dólar comercial recuou 0,19%, para R$ 3,524. O dólar à vista, que fecha mais cedo, caiu 0,48%, para R$ 3,518.
A Bolsa brasileira também foi impactada pelas perspectivas de mais altas de juros nos Estados Unidos, o que enxuga dinheiro aplicado hoje em renda variável.
O Ibovespa, índice das ações mais negociadas, recuou 3,85% na semana -a pior desde a encerrada em 19 de maio de 2017, quando a notícia da delação do empresário Joesley Batista, do grupo JBS, provocou turbulências no mercado. Nesta sexta, a Bolsa caiu 0,2%, para 83.118 pontos
A Bolsa brasileira subiu 0,03%, para 83.317 pontos
O dólar comercial fechou em leve baixa de 0,19%, para R$ 3,524. O dólar à vista recuou 0,48%, para R$ 3,518
A Bolsa brasileira agora recua 0,17%, para 83.431 pontos
Índices europeus avançam mesmo com pressão do setor bancário
Os mercados acionários europeus avançaram nesta sexta-feira com uma série de resultados corporativos positivos, embora gigantes do setor bancário tenham recuado após resultados fracos do HSBC, BNP Paribas, e Société Générale.
O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,66%, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,63%.
O índice bancário europeu, recentemente penalizado pelo enfraquecimento de dados econômicos e arrefecimento das expectativas sobre o aperto da política monetária, teve um dos piores desempenhos do STOXX, subindo apenas 0,2%.
A queda recente no euro ajudou a Europa a superar Wall Street nas últimas semanas, com o índice da zona do euro registrando a sexta semana consecutiva de ganhos.
"O euro permaneceu sob pressão nesta semana devido à queda nas expectativas sobre o cronograma de uma esperada redução do programa de compra de bônus do Banco Central Europeu. (Na quinta-feira), os números mais recentes da inflação registraram uma queda inesperada tanto no índice geral quanto no núcleo", disse Michael Hewson, analista da CMC Markets, em nota.
Nesta sexta-feira resultados sólidos elevaram ações da empresa alemã de especialidades químicas Lanxess, da proprietária da British Airways IAG e da fabricante suíça de ingredientes de medicamentos Lonza.
O HSBC caiu 1% depois de divulgar uma queda inesperada de 4% no lucro antes de impostos do primeiro trimestre, embora seu novo presidente-executivo tenha buscado animar os investidores com uma recompra de ações de até US$ 2 bilhões.
O BNP Paribas e o Société Générale recuaram 1,2% e 5,2% respectivamente, com operadores e analistas expressando desapontamento com um conjunto de fracos resultados para o primeiro trimestre dos bancos franceses.
Em Londres, o índice FTSE-100 avançou 0,86%. Em Frankfurt, o índice DAX subiu 1,02%.
Em Paris, o índice CAC-40 ganhou 0,26%. Em Milão, o índice FTSE/MIB teve valorização de 1,12%.
Em Madri, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,65%
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Atualizado em 22/11/2024 | Fonte: CMA | ||
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