Siga a movimentação do mercado financeiro, análises de especialistas e os principais destaques econômicos que podem influenciar seus investimentos.
A Petrobras, mergulhada em uma séria crise devido ao desenrolar da Operação Lava Jato, encerrou o sexto ano seguido com desvalorização de suas ações. Os papéis preferenciais —mais negociados e sem direito a voto— fecharam a sessão em alta de 0,15%, a R$ 6,70, mas amargaram queda de 33,1% no ano. As ações ordinárias —com direito a voto— ficaram estáveis em R$ 8,57 no pregão e acumularam queda de 10,6% em 2015
Na ponta contrária, as ações de exportadoras lideraram os ganhos da Bolsa no ano. Os papéis da Suzano se valorizaram 66,1%, enquanto as ações da Klabin subiram 60,7% e as da Fibria avançaram 59,6%. As três atuam no ramo de celulose e têm parte de sua receita em dólar
Em segundo lugar como maior baixa do Ibovespa vêm os papéis da Gol, que tiveram desvalorização de 83,4% principalmente por seu elevado endividamento em dólar. A Bolsa anunciou nesta quarta-feira que a companhia aérea ficou de fora do principal índice da Bolsa brasileira nos primeiros quatro meses de 2016
A recessão que o país atravessa, agravada pelo inflação elevada e pelo aumento do desemprego, impacta o resultado das companhias ---afetando a cotação das ações de empresas listadas em Bolsa. Outros fatores também contribuíram para a queda do Ibovespa no ano. As ações da Metalúrgica Gerdau, por exemplo, registraram a maior desvalorização do ano no índice, após caírem 85,5% afetadas pela queda de 39% dos preços do minério de ferro em 2015
A Bolsa brasileira recuou nesta quarta-feira, na última sessão do ano, acompanhando o mau humor que afetou os principais mercados mundiais nesta sessão devido a preocupações causadas por nova queda dos preços do petróleo. Com a queda desta sessão, o mercado acionário do país fechou o terceiro ano seguido no vermelho. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, caiu 0,62%, para 43.384 pontos. No ano, a Bolsa teve queda de 13%
O BC realizou nesta tarde leilão de venda de US$ 1,4 bilhão com compromisso de recompra, com objetivo de rolar contratos já existentes. No entanto, não conseguiu vender os contratos. Além disso, não deu indicações sobre a rolagem dos contratos de swaps cambiais (que equivalem à venda futura de dólares) que vencem em fevereiro, totalizando US$ 10,431 bilhões
Dados do exterior também pressionaram a moeda americana. Os preços do petróleo voltaram a cair nesta sessão, após os estoques da commodity nos Estados Unidos apresentarem uma alta inesperada. O barril do petróleo Brent, negociado em Londres, teve queda de 3,73%, enquanto o WTI, dos EUA, caiu 3,51%
A alta do dólar no dia ocorreu em linha com o comportamento da moeda no exterior. A divisa americana ganhou força ante 18 das 24 principais moedas emergentes e subiu em relação a oito das dez principais moedas mundiais. Assim como ocorreu nos últimos dias, o volume de negócios fraco afetou a cotação da moeda americana. Além disso, no último pregão do mês ocorreu a formação da ptax (taxa média de câmbio calculada diariamente pelo Banco Central, cujo valor no último dia útil de cada mês serve como referência para contratos no mercado financeiro)
A escalada do dólar no ano só não superou a sofrida pela moeda americana em 2002, ano da primeira eleição do ex-presidente Lula. Naquele ano, o dólar subiu 53,2%. Na época, a preocupação era outra: a de que um governo petista rompesse contratos firmados e causasse prejuízos aos empresários. Já em 2015 não faltaram motivos para levar a moeda americana à casa de R$ 4. A falta de apoio do governo no Congresso para aprovar as medidas de ajuste fiscal necessárias para equilibrar as contas do país levou a agência Standard & Poor's a tirar o selo de bom pagador do país em setembro. Poucas semanas depois, o dólar atingiu a máxima do ano, ao encostar em R$ 4,25
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, subiu 1,72% nesta quarta-feira, para R$ 3,955. No ano, se valorizou 49,4%. O dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, registrou valorização de 1,96%, para R$ 3,950, Em 2015, a alta foi de 48,4%
Atualizado em 22/11/2024 | Fonte: CMA | ||
Bovespa | +1,30% | 128.580 | (17h33) |
Dolar Com. | +0,01% | R$ 5,8122 | (17h00) |
Euro | -1,03% | R$ 6,0513 | (17h31) |