Os ganhos de eficiência e produtividade gerados pelo aumento da conectividade no país são tema do "Fórum Digitalização: Soluções para um Brasil mais Competitivo", que a Folha promove nesta segunda (28), no Tucarena (zona oeste de São Paulo), entre 9h e 13h.
Entre os presentes nos quatro debates, estarão representantes do poder público, pesquisadores e empresários, como José Ragone, presidente da transmissora de energia Taesa, e Alessandro Germano, gerente de Novos Negócios do Google.
As discussões abordarão os resultados e possibilidades da digitalização em áreas como indústria, distribuição de energia e mobilidade.
Rosana fala sobre a presença de start-ups na Unicamp Ventures com capacidade de participação no mercado internacional. Ela defende que o foco no exterior deve estar presente já no nascimento do negócio. “Não adianta pensar uma solução para o Brasil. Seu concorrente mais importante muitas vezes vem de fora. Se vem de fora, por que não estar fora também?”
Ainda sobre o uso de big data, Mamede diz que melhorar o uso da compilação de dados é um processo que se desenvolve de “degrau em degrau”. “Primeiro, precisa medir e começar a compilar os dados e, num nível acima, você pode analisar. Com isso, conseguimos prever, por exemplo, quando uma máquina vai quebrar. Você coordena de forma mais organizada”
Sobre os investimentos neste setor, Maria Luisa destaca que o desafio é muito grande. "O esforço do governo é complexo em um país menos desenvolvido, na condição do nosso"
Rosana, da Unicamp Ventures, inicia sua participação questionando as formas como a tecnologia chega ao mercado e as maneiras de viabilizá-la como produto
Buselli faz uma comparação com a tecnologia atual e Os Jetsons, destacando que o desenho animado focava na automação e na internet das coisas. Com base na tecnologia da época, os criadores fizeram uma projeção de tecnologia. O que faltou, para ele, é a digitalização dos processos, que é pra onde a indústria deve migrar
Em sua primeira fala, Maria Luisa falou sobre a indústria 4.0, conceito consolidado na Alemanha e nos Estados Unidos, com diversas iniciativas já instaladas desde um processo iniciado em 2011. "Essa é a modelagem que temos trabalhado para implementar iniciativas similares no Brasil." O esforço, segundo ela, é identificar junto ao setor privado qual é a agenda de inovação
Mamede começa falando sobre o uso de big data na Linde Group, empresa de gases industriais. Ele conta que até 2008 a empresa recebia um grupo de auditoria com especialistas que produziam um relatório sobre uma planta específica. Hoje, os dados são verificados a cada cinco minutos, com a integração dos sistemas, e medem desde a temperatura de motores até o consumo elétrico e o resultado de produção
Entenda o que é o big data
MESA 2 - Inovação - como funciona? Impactos nos modelos de negócio
Rosana Jamal Fernandes, presidente da Unicamp Ventures
Renato Buselli, vice-presidente sênior da divisão Digital Factory da Siemens
Maria Luisa Campos Machado Leal, diretora de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da ABDI
Luis Mamede, gerente de Sistemas de Performance para a América do Sul no The Linde Group
Ronaldo Lemos, colunista da Folha e mediador do debate
Começa agora a segunda mesa do seminário, com o tema “ Inovação - como funciona? Impactos nos modelos de negócio”. Participarão do debate Renato Buselli, vice-presidente sênior da divisão Digital Factory da Siemens; Luis Mamede, gerente de Sistemas de Performance para a América do Sul no The Linde Group; Maria Luisa Campos Machado Leal, diretora de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da ABDI; e Rosana Jamal Fernandes, presidente da Unicamp Ventures