Sindicatos fazem nesta sexta-feira (29) protestos pelo país contra o ajuste fiscal, que tem gerado mudanças nos direitos trabalhistas ---parte da empreitada do governo para cortar gastos públicos obrigatórios---, e a nova lei que amplia a terceirização.
Na última terça-feira (26), o Senado aprovou a medida provisória 665, que amplia de seis meses para um ano o tempo de trabalho necessário para a primeira solicitação do seguro-desemprego. Com isso, é esperada economia de R$ 5 bilhões.
A medida também ampliou de um mês de trabalho para três meses ininterruptos o tempo exigido para que o trabalhador receba o abono salarial. A proposta foi aprovada em votação apertada ---39 votos a favor e 32 contra---, com resistência da própria base governista no Congresso ao ajuste fiscal.
Outro ponto polêmico é a PL 4330, que amplia a possibilidade de terceirização para as atividades-fim das empresas, e não só para as atividades-meio. Ela já foi alvo de protestos nacionais em abril. Com isso, uma fábrica de automóveis poderia em tese terceirizar não só o pessoal da limpeza, como também os metalúrgicos, por exemplo.
Manifestantes protestam em frente ao portão 1 da USP | Crédito: Danilo Verpa/Folhapress
SÃO PAULO (SP) Professores e alunos da USP (Universidade de São Paulo) protestam em frente ao portão principal da instituição, na zona oeste de São Paulo. Os manifestantes bloqueiam o cruzamento da rua Alvarenga com a avenida Afrânio Peixoto, impedindo a passagem de carros.
Além da lei da terceirização, os docentes também protestam contra o pacote de ajuste fiscal anunciado pelo governo federal: redução do investimento em Educação, a concessão de seguro-desemprego, abono salarial entre outras medidas.
"É um projeto só de jogar a crise nas costas dos trabalhadores. Esse protesto é um passo para a greve geral no país. Estamos nos integrando à luta geral dos trabalhadores, do povo brasileiro", disse Magno de Carvalho, diretor do Sintusp Sindicato dos Trabalhadores da USP).
PORTO ALEGRE (SP) Apesar de uma decisão judicial que proíbe a realização de piquetes, trabalhadores fecharam a porte de uma garagem. O porto-alegrense enfrenta problemas com o metrô e ônibus, que não estão circulando.
O Dia Nacional de Paralisação e Manifestações Rumo à Greve Geral foi convocado por entidades sindicais como a CUT, Conlutas, CSB, Intersindical e Nova Central, além de movimentos populares do campo e da cidade.
Bom dia! Acompanhe em tempo real as manifestações pelo país contra a lei da terceirização e o ajuste fiscal.
Atualizado em 20/12/2024 | Fonte: CMA | ||
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