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Para o analista André Moraes, da Rico.com.vc, home broker da Octo Corretora, o cenário eleitoral é a principal influência sobre a Bolsa nesta segunda-feira. "O mercado reage desta forma toda vez que a candidata Dilma Rousseff (PT) sobe nas pesquisas. Os investidores estão reticentes com a possibilidade de vitória da presidente. Há especulações, ainda que remotas, de que a disputa poderia ser encerrada no primeiro turno", afirma
Dólar à vista, referência no mercado financeiro, avança 1,01%, a R$ 2,445, e dólar comercial, usado no comércio exterior, tem alta de 1,24%, a R$ 2,446
Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, reduz um pouco a queda e, agora, cai 4,09%, a 54.869 pontos. Papéis da Petrobras continuam com forte baixa nesta segunda-feira. Ações preferenciais, as mais negociadas, caem 9,40%, a 18,97, e as ordinárias --com direito a voto-- despencam 8,98%, a R$ 18,04
Os contratos para comprar moradias usadas nos Estados Unidos caíram mais do que o esperado em agosto, indicando que o setor imobiliário ainda está abalado. A Associação Nacional de Corretores informou nesta segunda-feira que seu Índice de Vendas Pendentes de Moradias, com base em contratos assinados no mês passado, caiu 1,0%, para 104,7. Apesar da queda, as vendas pendentes ainda estavam no segundo maior nível do ano. Em julho, as vendas haviam subido 3,2%, um pouco abaixo do ganho de 3,3% divulgado anteriormente. O índice despencou no ano passado após a alta das taxas de juros hipotecárias, mas vinha em tendência de alta desde março
No exterior, as Bolsas americanas operam em baixa, ampliando a queda da semana anterior conforme investidores monitoravam os distúrbios civis em Hong Kong em busca de sinais de potencial impacto sobre o crescimento chinês. O Dow Jones, principal índice, cai 0,73%, a 16.987 pontos. O S&P 500 perde 0,83%, a 1.966 pontos, e a Nasdaq desvaloriza 0,67%, a 4.482 pontos
Com mau humor no mercado doméstico, ações de estatais estão entre as maiores quedas do Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira. Os papéis preferenciais da Petrobras, os mais negociados, desabam 8,69%, a R$ 19,12. As ações ordinárias, com direito a voto, perdem 8,37%, a R$ 18,16. Os papéis do Banco do Brasil caem 8,07%, a R$ 27,42
O Focus mostrou ainda que a trajetória de redução nas estimativas de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano continuou pela 18ª semana seguida, indo de 0,30% a 0,29%. A estimativa de expansão da atividade permaneceu em 1,01% para o próximo ano
No Boletim Focus, os economistas voltaram a elevar a expectativa para a taxa básica de juros, a Selic, em 2015, de 11,25% para 11,38%. Para este ano, a perspectiva permaneceu em 11%
Para o BC, a inflação, que se mantém acima da meta de 4,5% desde 2010, fechará mais este ano eleitoral em 6,3% e só cederá à estagnação da economia a partir do início de 2016. Estima-se um IPCA de 5,8% em 2015 e de 5% nos 12 meses encerrados em setembro de 2016, até onde vai o olhar do BC. Na comparação com o documento de junho, há mais pessimismo com a economia; o BC, porém, ainda é mais otimista que os investidores e analistas do mercado
Para 2015, os analistas ouvidos pelo BC passaram a ver o IPCA em 6,30% ante estimativa de 6,28%. Nesta segunda, a instituição também apresentou os dados do seu Relatório Trimestral de Inflação, que prevê um recuou do índice no primeiro ano do próximo governo, permanecendo, no entanto, acima do centro da meta