Siga a movimentação do mercado financeiro, análises de especialistas e os principais destaques econômicos que podem influenciar seus investimentos
"O cenário político no Brasil faz a Bolsa subir e o dólar cair. O mercado pode estar se perguntando como vai ficar caso Marina vença as eleições. Se o dólar cair ainda mais depois disso, como ficariam as exportações? Teoricamente, as empresas exportadoras perderiam com um dólar desvalorizado", diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora
"Essa semana, o PIB dos EUA no segundo trimestre foi revisado para cima. Apesar disso, o mercado não está temeroso em relação a um aumento antecipado dos juros naquele país, pois o grande problema da economia americana é o emprego. Os dados de emprego têm melhorado, mas a presidente do BC americano já disse que eles ainda não são os ideais. Isso alivia o câmbio nos emergentes", diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora
"Não adianta o Banco Central querer segurar o dólar a R$ 2,30 se o mercado vende a R$ 2,25. Todo mundo opera com posições de curto prazo. Hoje teve a 'zeragem' da Ptax (taxa calculada pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais e é divulgada no último dia útil de cada mês) que sempre impacta o mercado por causa da briga entre 'comprados' e 'vendidos'", diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora
"Apesar de (o mercado de câmbio) ter tido em alguns momentos um pouco da influência do mercado externo, com os conflitos geopolíticos na Europa e no Oriente Médio, o que prevaleceu em agosto foi a corrida eleitoral no Brasil. As propostas de mudança (de governo) têm sido abraçadas pelo mercado financeiro, que é quem precifica os ativos", diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora
"O mês foi marcado principalmente pelo aspecto eleitoral. Temos um fluxo de estrangeiros muito presente no mercado brasileiro. Há sinalização pelo Fed (banco central americano) que a taxa de juros nos EUA não vai subir no curto prazo e isso beneficia os emergentes, especialmente o Brasil. Além disso, alguns resultados corporativos divulgados em agosto foram bons, como os do segmento de consumo, e trouxeram ganho maior para o mercado como um todo", diz Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora
"Hoje foi um dia de rali eleitoral na Bovespa. O fluxo (volume de recursos) está forte e, enquanto isso for mantido, o índice deve continuar caminhando aos 63 mil pontos no curto prazo. Quando atingir esse patamar, o mercado deve começar a pensar mais sobre compras na Bolsa. Isso porque, quanto mais perto dos 63 mil pontos, mais comprometida pode ficar a relação risco/retorno dos ativos", Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora
"O mercado tem deixado claro na disputa eleitoral que tudo o que pode trazer impacto negativo na campanha da Dilma Rousseff (PT) será levado ao lado oposto (com efeito positivo na Bolsa). Isso envolve, por exemplo, o crescimento fraco do PIB, o fato de a Marina Silva (PSB) ter se saído melhor no debate na TV e expectativas por pesquisas que estão por vir", diz Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora
"Mesmo que os investidores demonstrem animação com uma possível troca de governo, é preciso considerar que a Marina pode ser uma incógnita em alguns pontos. Ela costuma ser bem radical em determinados aspectos e a aceitação de seu governo vai depender das pessoas que ela vai querer manter em sua equipe econômica, caso seja eleita", diz Filipe Machado, analista da Geral Investimentos
"O cenário político mudou muito desde o começo do ano e isso tem colaborado para o crescimento do Ibovespa. Quando os primeiros levantamentos de intenção de voto começaram a ser divulgados, os dados mostravam vitória disparada de Dilma. Agora, pesquisas já apontam vitória no segundo turno de Marina Silva, que, a princípio, nem estava na disputa", diz Filipe Machado, analista da Geral Investimentos
"Teoricamente, a Bolsa reflete o comportamento da economia: se uma cai, a outra tende a cair também. Nesse caso, contudo, a interpretação do mercado é que o PIB ruim pode prejudicar a campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) pela reeleição, o que anima os investidores, que continuam insatisfeitos com o atual governo", diz Filipe Machado, analista da Geral Investimentos