O PT realiza neste domingo (15) o 18° Encontro Estadual do partido no qual vai oficializar o nome do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha como candidato ao governo do Estado de São Paulo nas eleições de outubro.
O evento acontece na quadra da Portuguesa, em São Paulo, e contará com a presença do ex-presidente Lula, do senador Eduardo Suplicy, que terá o nome oficializado para tentar a reeleição, além de outras autoridades petistas e militantes.
Mesmo com dificuldades de avaliação entre o eleitorado paulista, a presidente Dilma Rousseff cancelou a participação que faria no lançamento da candidatura de Padilha ao Palácio dos Bandeirantes.
A decisão surpreendeu e irritou o comando da campanha do ex-ministro que tem feito ampla divulgação do ato ressaltando a presença de Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, padrinho do petista.
Padilha aparece em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, com 3%. Ele está atrás do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que reúne 44%, e Paulo Skaf (PMDB), com 21%, segundo pesquisa Datafolha.
São Paulo, maior colégio eleitoral do país, é o principal objeto de desejo do PT na disputa pelos governos locais na eleição de outubro. O Estado é governado pelos tucanos há quase duas décadas e onde a rejeição a Dilma é maior que em outras regiões do país.
O presidente estadual do PT em São Paulo, Emídio de Souza, é o primeiro a discursar. "Hoje 45% dos paulistas moram em cidades governadas pelo PT. Presidente [FHC] que manteve na estagnação econômica, o candidato deles [Aécio Neves] não serve para outra coisa a não ser desfiliar o ódio contra o nosso partido", disse Souza.
Padilha foi anunciado como o ministro do Mais Médicos, do remédio de graça e das vacinas. O petista subiu ao palco ao lado da mulher e com a bandeira do Estado nas mãos.
O senador Eduardo Suplicy foi um dos mais aplaudidos ao subir ao palco. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, não empolgou muito o público.
Lideranças petistas se reúnem no palco para participar da indicação de Padilha (Crédito: Daniela Lima/Folhapress)
As principais lideranças do PT são chamadas para subir ao palco ao lado de Alexandre Padilha. O ex-presidente Lula ainda não chegou ao evento.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou que a presidente Dilma não compareceu ao evento porque precisava se preservar. Ele elegiou a presença da militância, que lotou as arquibancadas. O líder do PT na Câmara, o deputado paulista Vicentinho afirmou que a ausência de Dilma. "A gente compreende a não vinda dela [Dilma]. A gente ficaria mais feliz com ela", disse Vicentinho.
Antes de chamar Padilha para subir ao palco, a apresentadora fez críticas ao PSDB: "A locomotiva do Brasil vem perdendo força nos últimos anos e isso é inaceitável".
De acordo com o Corpo de Bombeiros, cerca de 3.000 pessoas estão no evento. Imagens de Padilha dançando com a mulher são mostradas no telão. "É padilhando que a gente muda", diz a apresentadora da convenção.
O deputado Cândido Vacarezza (PT-SP) minimizou a ausência da presidente Dilma na convenção. "A Dilma está aqui porque todo mundo que apóia a Dilma está aqui", disse Vacarezza. Sobre o terceiro lugar de Padilha nas pesquisas, o congressista afirmou que "a campanha nem começou".
A banda Fandango de Tamanco faz um repente de antes das principais lideranças do PT subirem ao palco.