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"Me surpreendeu muito que não houve um rali de Natal na Bolsa. Sempre há, mas em 2013 não houve. Dezembro não é mês de queda [das ações]. Tradicionalmente os gestores não querem sair vendendo no último mês do ano. O cenário está deturpado por causa dos Estados Unidos", diz Hamilton Alves, estrategista do BB Investimentos
"Se o Fed nesta semana der qualquer sinalização de que começará a cortar seu estímulo em janeiro, a Bolsa deve andar de lado até o final do ano. Se ele começar a cortar já nesta semana, a Bolsa deve cair acompanhando os demais mercados globais. Para nós, quanto antes começar a ser cortado, melhor, pois teremos mais tempo de recuperação ao longo de 2014", diz Hamilton Alves, estrategista do BB Investimentos
"Acredito que o Fed [banco central americano] só começará a cortar seu programa de estímulo em janeiro de 2014. Do lado técnico, há, sim, a chance de um corte já nesta semana, diante dos indicadores econômicos recentes que evidenciaram uma retomada da atividade naquele país. Do lado político, porém, o atual presidente do Fed, Ben Bernanke, não deve começar a cortar o estímulo em sua última reunião no comando da autoridade. Ele deve deixar isso para sua sucessora, no início de 2014", diz Hamilton Alves, estrategista do BB Investimentos
"Ao longo de dezembro a liquidez tem caído. Estava previsto que isso fosse ocorrer apenas depois do vencimento de opções sobre índice, no dia 18, mas começou antes. Isso mostra a cautela do mercado em relação ao 'tapering' [termo em inglês para o fim do programa de compra de títulos no mercado dos EUA]", diz Hamilton Alves, estrategista do BB Investimentos
"O cenário para a Bolsa no ano que vem é bastante desafiador. Cada vez mais a seleção de papéis terá que ser mais bem realizada pelo investidor. Apesar da perspectiva de queda, esse quadro negativo sempre abre oportunidades interessantes, mas será preciso acompanhar de perto o mercado para poder identificá-las", diz Bruno Gonçalves, analista da Wintrade Corretora
"Tanto a curto prazo quanto a longo prazo o cenário para a Bolsa segue negativo. Ela continua pressionada por fundamentos ruins. Além da pressão externa, com o corte no estímulo americano, as questões internas devem continuar pesando contra o Ibovespa em 2014. A inflação segue alta, o crescimento econômico se mantém baixo, continuamos com a deterioração das contas públicas e a campanha eleitoral deve piorar esse quadro", diz Bruno Gonçalves, analista da Wintrade Corretora
"Alguma parcela do corte no estímulo americano já está precificada no mercado, mas com certeza o efeito será negativo quando for anunciado. O câmbio será o mais afetado, pois o fim do estímulo enxugará o volume de dólares no país, pressionando a cotação da moeda americana em relação ao real", diz Bruno Gonçalves, analista da Wintrade Corretora
"O começo da retirada do estímulo (nos EUA) também afeta as taxas de juros americanas. Após cortar o programa de recompra mensal de títulos, o próximo passo do Fed (banco central dos EUA) seria aumentar o juro básico americano, o que tornaria mais atraentes os títulos públicos dos EUA, remunerados por essa taxa e considerados investimentos seguros", diz Bruno Gonçalves, analista da Wintrade Corretora
"O vencimento de opções sobre ações e o bom humor externo guiaram a alta da Bolsa hoje. A perspectiva para o mercado, no entanto, segue de baixa. Os últimos indicadores econômicos positivos divulgados nos EUA aumentaram a chance de o Fed (banco central americano) começar a cortar seu estímulo naquele país já nesta semana, o que reduziria a liquidez no mercado brasileiro, pressionando a Bolsa para baixo e a cotação do dólar para cima", diz Bruno Gonçalves, analista da Wintrade Corretora
Em Milão, o índice Ftse/Mib teve valorização de 2,34%, a 18.222 pontos; em Madri, o índice Ibex-35 teve variação positiva de 1,69%, para 9.429 pontos; em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em alta de 0,74%, para 6.396 pontos