'Diálogos Transformadores' debate uso responsável de tecnologia e internet
Na continuação da série "Diálogos Transformadores", especialistas e empreendedores sociais debaterão "Tecnologia e Internet - Uso Responsável", na terça-feira (30), com transmissão ao vivo da "TV Folha".
Realizado em parceria com a Ashoka, o evento multimídia mistura entrevista e debate para discutir e apontar caminhos para assuntos emergentes da agenda sustentável.
Nesta edição, apresentada pela Vivo, participam Rodrigo Baggio, fundador da ONG Recode; Rodrigo Nejm, diretor de educação da SaferNet; e Rose Leonel, criadora da ONG Marias da Internet.
Também participam Renato Opice Blum, advogado especialista em direito digital, e Beth Veloso, consultora da Câmara dos Deputados para a área de ciência, tecnologia, comunicação e informática.
A plateia de 80 convidados vai conhecer ainda os casos inspiradores de Kamila Brito, criadora do Barco Hacker, que usa a tecnologia como ferramenta de conexão entre pessoas de comunidades ribeirinhas da Amazônia, e Michael Kapps, sócio do Tá.Na.Hora Saúde Digital, que atua em parceria com o poder público e empresas privadas para informar, monitorar e interagir com pacientes por meio de mensagens SMS.
acompanhe
"Quando há desequilíbrio, a legislação tem que equilibrar", afirma Renato Opice Blum sobre questões ligadas aos excessos do mundo digital, como as chamadas "fake news".
Diálogo entre os setores da sociedade em busca de uma regulação para a internet
Nejm, do SaferNet, responde ao questionamento de Kamila Brito (Barco Hacker) sobre como políticas públicas podem se apropriar das tecnologias para regulamentar a internet. Em resposta, Nejm ressalta que, independente da tecnologia, é preciso que seja norteada pela noção de direitos humanos.
Protagonistas e debatedores fazem perguntas entre si
Michael Kapps, fundador do Tá. Na.Hora, questiona qual seria o papel do governos como regulador do ambiente virtual.
Em resposta, Baggio, da ONG Recode, enfatiza que o papel dos governos é criar políticas de empoderamento digital, acima de tudo. Segundo ele, é preciso estimular pessoas que queiram empreender socialmente e o uso da tecnologia é inevitável nesse processo.Kamilo Brito, criadora do projeto Barco Hacker é o segundo caso inspirador deste "Diálogos Transformadores".
Brito fala sobre sua experiência de conectar pessoas de ilhas, comunidades ribeirinhas, que possuem celular, mas não sabem como utilizar, e ensiná-las a utilizar a rede em benefício próprio.
Segundo ela, isso é feito através de workshops e palestras e com o apoio de muitas empresas como Google e Facebook.
A regulação da internet tem que ser pautada na repressão e não na censura, diz Veloso.
Elizabeth alerta para o risco de as grandes corporações se tornarem detentoras de nossos dados e conhecedoras de nosso hábitos e como isso pode ser prejudicial no futuro.
"Mais do que a segurança da rede, nós precisamos da cultura da segurança da rede", diz Elizabeth Veloso.
Para ela, é preciso urgência na criação de uma regulamentação para a internet. Veloso acredita que é preciso agir em relação a disponibilização de dados de usuários através de políticas públicas, capazes de intervirem entre os usuários e gigantes como Google e Facebook.
"Quem de nós lê os termos de uso?", questiona advogado especialista em direito digital
Para Renato Opice Blum, o simples fato de ninguém ler os termos de uso é um indício de quão complicado é legislar no ambiente digital, além de mostrar a falta de educação digital dos usuários. Ele ressalta a importância de uma lei de proteção de dados, algo que ainda não existe no país, para que os usuários possam ter algum resguardo legal. "Estamos atrasados quanto a isso", afirma.
*Início do 2º bloco *
Sobem ao palco o advogado Renato Ópice Blum, especialista em direito digital e Elizabeth Veloso, consultora da Câmara de Deputados para a área de ciência, tecnologia, comunicação e informática.
Fim do primeiro bloco. Em poucos minutos o "Diálogos Transformadores" continuará debatendo sobre responsabilidade no uso das tecnologias e internet.
Michael Kapps, criador do Tá.Na.Hora Saúde Digital, sobe ao palco para compartilhar sua experiência com o uso da tecnologia na prevenção e controle de doenças
Kapps faz uma reflexão, "Se podemos compartilhar vídeos curtos e mensagens para falar de outras coisas por que não usar isso para ajudar pessoas"?
A Tá.Na.Hora Saúde Digital atua por meio de parcerias com prefeituras e empresas privadas para enviar mensagens (SMS) com dicas e perguntas para pacientes.
Michael Kapps foi um dos finalistas do Prêmio Empreendedor do Futuro de 2016. Veja mais sobre seu projeto aqui.