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Donald Trump é eleito presidente dos EUA; siga repercussão
Donald Trump, 70, foi eleito nesta quarta (9) o 45º presidente dos Estados Unidos, após derrotar a ex-secretária de Estado Hillary Clinton. O resultado contrariou a maioria das pesquisas, que, até a linha de chegada, o pintavam como uma zebra.
O empresário republicano será o primeiro presidente dos EUA sem uma carreira política, o mais velho já eleito e também o mais rico.
Veja as últimas notícias sobre a repercussão da eleição de Trump.
Mike Segar/Reuters | |
Donald Trump discursa em Nova York após ser eleito presidente dos EUA |
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O presidente da Câmara, o republicano Paul Ryan, afirmou que a vitória de Trump "marca o repúdio do status quo de políticas progressistas liberais fracassadas". Durante a campanha, Ryan havia dito que não faria campanha pelo candidato republicano à Presidência.
Donald Trump fala a seus apoiadores neste momento. "A secretária de Estado Hillary Clinton me ligou para parabenizar a todos nós, não só a mim, depois de uma campanha de luta dura", disse.
Em tom conciliatório, após meses de trocas de acusações e até xingamentos –a democrata foi chamada por ele de "Hillary trapaceira"–, o republicano disse que agora "é a hora de curar as feridas da divisão". Ainda disse que todo o país deve gratidão à democrata pelo tempo que ela serviu ao pais.
"Trabalhando juntos, vamos cumprir essa tarefa de reconstruir a nação", completou.
O republicano promete trabalhar pela infraestrutura "e, finalmente, ajudar os veteranos do país". Trump afirma que tem um bom projeto para seu governo. "Vamos sonhar com coisas bonitas e de sucesso para nosso país."
"Vamos colocar sempre os interesses da América em primeiro lugar, mas vamos lidar de maneira justa com todos. Todas as pessoas, e todas as nações", completou, novamente em tom conciliatório depois de meses acumulando polêmicas durante a campanha.
Ele faz um agradecimento especial à família –à esposa, Melania, ao irmão Robert e aos cinco filhos– e também uma deferência a Rudolph Giuliani, ex-prefeito de Nova York.
Também foram dedicados agradecimentos ao serviço secreto americano e às forças de segurança de Nova York.
"Só posso dizer que, se a campanha acabou, o trabalho por esse movimento só está começando", disse o republicano.
"A América não vai se contentar com menos, vocês vão se orgulhar novamente de seu presidente. Eu amo esse país", finaliza Trump, que trocou o tradicional "Deus salve a América" com o qual costumava encerrar seus discursos.
Trump deixa o palco aos gritos de "USA, USA, USA".
Segundo as projeções da CNN, Trump já tem garantidos 288 votos no colégio eleitoral, contra 215 de Hillary Clinton. O canal projetou vitórias do republicano no Arizona, em Wisconsin e na Pensilvânia.
Os eleitos são aguardados para falar no quartel-general de Donald Trump. O republicano já chegou ao local, mas por ora é Mike Pence, seu vice, quem sobe ao púlpito com a família.
A plateia o recebe aos gritos de "USA, USA".
De acordo com informações da CNN, Hillary Clinton acaba de ligar para Donald Trump para reconhecer a vitória do republicano.
Minutos atrás, ela não falou aos apoiadores, que a aguardavam para uma eventual festa da vitória no Javits Center, em Nova York. Seu chefe de campanha, John Podesta, foi o único a falar.
O republicano Donald Trump será eleito presidente dos Estados Unidos, diz a agência de notícias Associated Press.
A confirmação veio por volta das 5h30 (horário de Brasília) com a projeção das vitórias de Trump nos Estados da Pensilvânia e de Wisconsin, com as quais ele alcança 276 votos no colégio eleitoral (6 a mais do que o necessário).
A democrata Hillary Clinton tem garantidos 218 votos e não consegue mais reverter o resultado.
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A CNN confirma a projeção de vitória de Donald Trump no Wisconsin, que tem 10 votos no colégio eleitoral.
Nenhum veículo crava, contudo, a vitória final do republicano –a CNN, por exemplo, não confirma que ele ganhou na Pensilvânia, ao contrário do "New York Times"; o jornal, por sua vez, ainda não computa a vitória dele em Wisconsin.
A CNN ainda não confirma, mas outros veículos, como o jornal "The New York Times", já projetam a vitória de Hillary Clinton no Maine.
O Estado tem 4 delegados, mas distribui seus votos de forma proporcional (com os resultados projetados, seriam 3 para Hillary e 1 para Trump). A divisão leva a democrata a 218 votos no colégio eleitoral; Donald Trump chega a 268.
A provável vitória do candidato republicano Donald Trump na corrida para a Casa Branca derruba os mercados financeiros mundiais nesta quarta-feira, informa a agência France Presse.
Em Nova York, o índice S&P 500 perdia 5,01% às 05h10 (3h10 no horário de Brasília) e o tecnológico Nasdaq recuava 5,08%.
Wall Street havia fechado em alta na terça-feira, no rastro de pesquisas favoráveis à candidata democrata, Hillary Clinton.
A Bolsa de Londres recuava 4,44% no mercado a termo, horas antes da abertura do pregão, acompanhando a tendência geral dos mercados.
Em Tóquio, a bolsa fechou em queda de 5,36%, com o índice Nikkei dos 225 principais valores recuando 919,84 pontos, a 16.251,54 unidades, em um pregão particularmente movimentado.
Hong Kong perdia quase 3%, Xangai, 1,3%, Sidney, 2%, e Mumbai, 6%.
O ministério japonês das Finanças, a Agência de Serviços Financeiros e o Banco do Japão (BoJ) realizam uma reunião de emergência para analisar a situação dos mercados diante da perspectiva da vitória de Trump.
A reunião, no ministério das Finanças, foi convocada "para trocar informações sobre os mercados", explicou à AFP um porta-voz do Banco Central japonês.
O iene e o euro dispararam diante do dólar em Tóquio, com a moeda americana valendo 101,20 ienes, contra 105,47 antes dos resultados favoráveis ao republicano. O euro era cotado a 1,1287 dólar, contra 1,0989 dólar.
O peso mexicano desabou à medida em que os resultados mostravam Trump com desempenho superior ao de Hillary Clinton.
A moeda, barômetro da opinião dos mercados nas últimas semanas, era cotada por volta das 03H00 GMT (01H00 Brasília) a 20,3195 pesos por dólar, contra 18,1634 pesos um pouco antes.
"Apertem os cintos, será uma viagem agitada", disse Chad Morganlander, operador da Stifel, Nicolaus & Co. "Os investidores se moverão de maneira caótica até que tudo esteja claro".
"É uma hecatombe nos mercados", resumiu Craig Erlam, analista de Oanda. "Pela segunda vez este ano, parece que os mercados fizeram prognósticos equivocados. Em junho, apostaram na permanência do Reino Unido na União Europeia, desta vez contavam com (....) a vitória de Clinton".
Neste contexto, o ouro subiu a 1.323,17 dólares a onça, contra 1.268,30 dólares no início do pregão na Ásia. Os investidores também se precipitaram para o mercado da dívida: o rendimento dos bônus do Tesouro americano a 10 anos retrocedeu a 1,729%, contra 1,867% horas antes.
O petróleo também cedia. Às 02h30 (0h30 no horário de Brasília), o barril do "light sweet crude" recuava 1,67 dólar, a 43,31 dólares, enquanto o Brent do Mar do Norte para entrega em janeiro cedia 1,46 dólar, a 44,58 dólares.
O chefe da campanha de Hillary Clinton, John Podesta, dispensou a plateia que esperava pela democrata no Javits Center, em Nova York, relata Anna Virginia Balloussier.
Com a provável derrota de Hillary, o público foi aconselhado a ir para a casa após o que tem sido "uma longa noite e uma longa campanha". "Esperem mais um pouco, eles ainda estão contando os votos, e cada voto conta", pediu.
É um sinal de que, por ora, a candidata não está preparada para admitir que perdeu a eleição para Trump. Matematicamente, ela tem chances de ganhar, mas uma reviravolta no mapa eleitoral, a essa altura, é tida como difícil.
"Estamos tão orgulhosos de vocês e tão orgulhosos dela", disse Podesta na madrugada desta quarta-feira (9), no palco em forma de mapa americano originalmente montado para receber uma vitoriosa Hillary.
Segundo seu chefe de campanha, Hillary deverá se pronunciar pela manhã. "Ela ainda não jogou a toalha."
Partidários de Trump a criticam por não assumir a derrota logo, após atacar o republicano, que há semanas vem dizendo que, caso perdesse a eleição, poderia não aceitar o resultado.