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Acompanhe os protestos anti-Temer
Com a presença do ex-presidente Lula confirmada para mais tarde em São Paulo, a Frente Brasil Popular, composta por movimentos de esquerda e centrais sindicais, convocou manifestantes contrários ao presidente interino Michel Temer para irem às ruas nesta sexta-feira (10). Brasília, Rio e outras 34 cidades também recebem manifestações.
Este será o primeiro ato unificado da Frente Brasil Popular desde que Michel Temer assumiu a presidência interinamente, há menos de um mês.
Dilma desistiu de participar do ato em São Paulo. Segundo aliados, ela quer evitar associar sua imagem a discursos de oposição muito radicais. Segundo a Folha apurou, Dilma não pretendia ir ao protesto mas, diante da insistência dos organizadores do evento nos últimos dois dias, sinalizou que poderia comparecer ao lado de Lula.
Em São Paulo estão presentes também representantes de movimentos sindicais e sociais, além de militantes do PT e de outros partidos, como PSOL e PC do B, que costumam fazer um discurso mais à esquerda que o dos próprios petistas.
A manifestação ocorrerá ao longo da avenida Paulista e o carro de som principal ficará em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo). De acordo com Raimundo Bonfim, coordenador da CMP (Central de Movimentos Populares), que integra a frente, haverá um trio elétrico de 22 metros para comportar o palco maior, além de um palco para intervenções artísticas. Serão instalados quatro telões de LED e quatro caixas de som ao longo da Paulista, para fazer link com o caminhão principal.
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No RN, Meirelles e extinção do Ministério da Ciência e Tecnologia são os alvos
NATAL - O ministro da Fazenda, Henrique Meireles, e a extinção do Ministério da Ciência e Tecnologia são alguns dos alvos de manifestantes durante ato, em Natal. "Devolva o MCTI", diz uma das faixas.
Manifestantes iniciam passeata em Pernambuco
RECIFE - Centenas de manifestantes iniciaram uma passeata contra o presidente interino, Michel Temer (PMDB). Com faixas, bandeiras e cartazes e gritando palavras de ordem contra Temer e de apoio à presidente afastada, Dilma Rousseff (PT), o grupo deverá percorrer quase três quilômetros na área central da capital pernambucana.
O tráfego de veículos está complicado na área. Agentes de trânsito tentam ajudar motoristas, mas os engarrafamentos são inevitáveis. Policiais Militares acompanham a movimentação sem nenhuma ocorrência até o momento.
Pecado original de Temer é ser 'governo ilegal e sem legitimidade', diz Jaques Wagner
SALVADOR - Presente no ato na Bahia, o ex-ministro do Gabinete da Presidência Jaques Wagner (PT) disse que as manifestações são resultado da falta de legitimidade do governo interino de Michel Temer.
"Ele [Temer] tem um pecado original que é um governo ilegal e sem legitimidade. Não tem como dar certo", afirmou o ministro à Folha.
Segundo ele, o processo de impeachment avançou apenas porque a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) "não cedeu às chantagens [do presidente afastado da Câmara] Eduardo Cunha".
"Não há crime de responsabilidade, a matriz do processo é furada", disse Wagner, que ainda afirmou que considera mínima a chance de uma reabilitação do presidente afastado da Câmara: "Cunha acabou".
O ex-ministro afirmou que pretende ficar entre Brasília e a Bahia nos próximos meses, ajudando nas articulações para o PT na disputa das eleições municipais, e atuando para tentar reverter o processo de impeachment no Senado, em agosto: "Estamos trabalhando para isso".
Manifestação em frente ao Masp já afeta trânsito em São Paulo
SÃO PAULO - O protesto na avenida Paulista, marcado para as 17h, reúne manifestantes com bandeiras vermelhas em frente ao Masp. Segundo policiais militares, o bloqueio na avenida vai da rua Peixoto Gomide até a avenida Brigadeiro Luís Antônio. O trânsito que entra na Paulista na ponta da avenida Rebouças, rumo ao bairro Paraíso, é desviado pela rua Peixoto Gomide. Há trânsito intenso no local. Policiais militares esforçam o desvio.
Começa concentração anti-Temer no Rio Grande do Sul
PORTO ALEGRE - Manifestantes contra o governo Temer começam a se concentram na Esquina Democrática, no centro da cidade, ponto tradicional de protestos e onde a presidente Dilma Rousseff discursou na última sexta-feira (3). Há bandeiras de movimentos como o MST, CUT, CTB e da Marcha Brasileira de Mulheres.
A maioria das faixas traz mensagens contra medidas do governo Temer que podem afetar a legislação trabalhista. Segundo a Brigada Militar –a PM gaúcha–, 120 pessoas estão reunidas neste momento no ato. Os organizadores ainda não fizeram estimativa, mas esperam 5.000 pessoas.
Panfleto distribuído em Curitiba associa Temer a Cunha
CURITIBA - Um panfleto distribuído no ato em Curitiba mostra o presidente interino, Michel Temer (PMDB-SP), ao lado do deputado federal afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e fala de golpe contra o trabalhador.
Na capital paranaense, o protesto contra o interino reunia cerca de 4.000 pessoas por volta das 17h desta sexta-feira, segundo a organização do evento. Organizado pela Frente Brasil Popular, com apoio da CUT e de outros movimentos sociais, o protesto na Santos Andrade levou artistas locais para cantar músicas de protesto contra o governo.
Pela manhã, agências bancárias foram fechadas na capital e no interior do Paraná como forma de protesto, e petroleiros da refinaria da Petrobras em Araucária (região metropolitana da cidade) também ficaram paralisados.
"As pessoas têm sido muito receptivas. Quando falamos da reforma da previdência, uma das nossas pautas, param para ouvir", diz Regina Cruz, 42, presidente da CUT-PR.
Manifestantes preparam cartazes de "Tchau, querido" contra Temer, no Recife
RECIFE - Integrantes de movimentos sociais, sindicalistas e estudantes confeccionam cartazes que serão usados no ato contra o presidente interino, Michel Temer (PMDB). Em muitos deles, o político é chamado de golpista. Outro trazem a expressão "Tchau, querido", referência a uma frase de Lula registrada em interceptação telefônica e que foi usada contra Dilma Rousseff no processo de impeachment da presidente.
A passeata pelo centro comercial da capital pernambucana estava prevista para começar às 17h, mas desde as 15h os manifestantes, a maioria vestida de vermelho, se reúnem na praça do Derby, área central do Recife.
Na BA, militantes exibem faixas contra o presidente interino
SALVADOR - Com balões vermelhos em forma de coração, um grupo de mulheres gritava "volta, Dilma". Outro grupo de manifestantes, ligado a entidades de moradia popular, defendia a realização de um plebiscito e convocação de novas eleições.
Pelo menos dois trios elétricos e uma caminhonete com uma banda de música em cima da carroceria animavam a manifestação. Nos arredores da praça, muros foram pichados com a frase "Fora, Temer".
Ato no Piauí é contra os 'ataques aos direitos dos trabalhadores'
TERESINA - Ativistas que ocuparam prédios públicos no Piauí se uniram ao protesto "Fora Temer" no Estado. Os manifestantes se concentram na praça Pedro 2º, no centro da capital. A previsão dos organizadores é atrair mais de 7.000 pessoas.
Há dez dias, eles ocuparam prédios do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) , uma agência da Caixa e a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
Marcelino Fontele, da Frente Popular, disse que a manifestação é contra os ataques aos direitos dos trabalhadores no governo Temer. "Vamos impedir o retrocesso". Os manifestantes prometem reforçar o ato durante a passagem da tocha olímpica por Teresina. A chama chega a capital piauiense por volta das 18h e os ativistas vão acompanhar trechos gritando palavras de ordens.
Não há estimativa de público no momento –nem da PM nem dos organizadores.
Dilma não terá maioria se voltar ao poder, afirma ex-líder do governo petista no Ceará
FORTALEZA - A manifestação contra o presidente interino, Michel Temer, se concentra na praça Luíza Távora, também conhecida como praça da CeArt. Convocado pela Frente Brasil Popular, o protesto pede a saída do peemedebista, que, na opinião deles, chegou ao Planalto através de um golpe. Nem manifestantes e nem policiais militares apresentaram expectativa de público para o ato
O ex-líder do governo Dilma Roussef (PT) na Câmara, José Guimarães (PT), disse no evento que a presidente afastada, Dilma Rousseff, não teria base parlamentar para governar caso retorne ao poder. "A crise institucional é grande, e tem uma maioria parlamentar que não a quer", afirma.
Ele diz que a melhor solução é "delegar ao povo" através de um plebiscito sobre uma nova eleição. "Já há um ambiente propício para este diálogo", defende o petista.