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Acompanhe os protestos anti-Temer
Com a presença do ex-presidente Lula confirmada para mais tarde em São Paulo, a Frente Brasil Popular, composta por movimentos de esquerda e centrais sindicais, convocou manifestantes contrários ao presidente interino Michel Temer para irem às ruas nesta sexta-feira (10). Brasília, Rio e outras 34 cidades também recebem manifestações.
Este será o primeiro ato unificado da Frente Brasil Popular desde que Michel Temer assumiu a presidência interinamente, há menos de um mês.
Dilma desistiu de participar do ato em São Paulo. Segundo aliados, ela quer evitar associar sua imagem a discursos de oposição muito radicais. Segundo a Folha apurou, Dilma não pretendia ir ao protesto mas, diante da insistência dos organizadores do evento nos últimos dois dias, sinalizou que poderia comparecer ao lado de Lula.
Em São Paulo estão presentes também representantes de movimentos sindicais e sociais, além de militantes do PT e de outros partidos, como PSOL e PC do B, que costumam fazer um discurso mais à esquerda que o dos próprios petistas.
A manifestação ocorrerá ao longo da avenida Paulista e o carro de som principal ficará em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo). De acordo com Raimundo Bonfim, coordenador da CMP (Central de Movimentos Populares), que integra a frente, haverá um trio elétrico de 22 metros para comportar o palco maior, além de um palco para intervenções artísticas. Serão instalados quatro telões de LED e quatro caixas de som ao longo da Paulista, para fazer link com o caminhão principal.
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Mineiros encerram ato pró-Dilma na praça da Estação; PM estima em 7.000
BELO HORIZONTE - Manifestantes contra o governo Temer encerraram o ato na praça da Estação. Uma das pessoas presentes no evento foi a ex-ministra Nilma Lino Gomes (Direitos Humanos). A PM calcula 7.000 pessoas –os organizadores estimam em 40 mil.
Lula inicia discurso em ato contra Temer na avenida Paulista
SÃO PAULO - "O que um ex-presidente pode falar num ato como este?", iniciou Lula o seu discurso.
Ao contrário do presidente da CUT, Vagner Freitas, ele prefere não falar em freve geral contra o governo interino de Michel Temer. "Eu não posso falar em greve geral porque eu não estou dentro da fábrica, e aposentado não faz greve."
"Demoramos 23 anos para tomar o poder de volta para a população civil, e não foi pelo voto direito, foi pelo colégio eleitoral", disse Lula sobre a Ditadura Militar e a campanha das Diretas Já. "Eram milhões e milhões de pessoas e, quando chegou no Congresso Nacional, nos perdemos."
Termina ato na capital paranaense em defesa do governo Dilma
CURITIBA - O ato contra Temer em Curitiba terminou por volta das 20h, e reuniu cerca de mil pessoas, segundo a PM –a organização fala em 4.000. Integrantes de movimentos sociais como o MST e CUT, além de artistas populares, participaram do ato e pediram a saída de Temer, chamado em discursos de "autoritário", "antidemocrático" e "machista". A maior parte do ato foi de apresentações musicais, que puxaram coros como "fora, Temer" e "não passará ".
O ato foi pacífico, e não houve episódios de agressão ou violência. Grupos musicais ainda se apresentariam ao longo da noite na praça Santos Andrade, como parte do ato.
Termina ato contra o governo interino de Michel Temer em PE
RECIFE - Depois de quase três horas de passeata, os manifestantes concluíram o ato contra o governo Temer. Foram cerca de três quilômetros entre as praças do Derby e a da Independência, no centro comercial.
De acordo com os organizadores 30 mil pessoas participaram da manifestação. A Polícia Militar que acompanhou todo o percurso não divulgou estimativas de participantes.
Presidente do PT fala em 'momento de unidade' da esquerda para depor Temer
SÃO PAULO - O presidente do PT, Rui Falcão, destacou a presença de diferentes partidos e entidades (FBP, PDT, PSOL, PCO, CUT, entre outros). "É momento de unidade das forças democráticas e de esquerda para depor Temer", disse.
Ato segue por ruas da capital gaúcha
PORTO ALEGRE - Depois de uma hora e meia de concentração na Esquina Democrática, o protesto contrato governo Temer seguiu por ruas do centro da capital, pela avenida Borges de Medeiros até o bairro Cidade Baixa. Pelo caminho, manifestantes pediam que quem fosse "contra o golpe" piscasse a luz nos apartamentos.
Entre os gritos de "fora Temer" e outros versos com o nome do presidente interino, o protesto também criticou a afiliada da Rede Globo no Sul do país: "fora RBS, o povo não esquece".
Segundo os organizadores, o ato reúne 10 mil pessoas na capital gaúcha. A Brigada Militar não divulgou mais estimativas –falou em 120 manifestantes no início do ato.
Presidente da CUT diz que não negociará com governo Temer e fala em greve geral
SÃO PAULO - Em discurso na Paulista, o presidente da CUT, Vagner Freitas, disse que "o golpe em curso tem o objetivo de instaurar uma ditadura. A ditadura da toga".
Segundo o sindicalista, os trabalhadores devem se mobilizar neste momento para pressionar os senadores a restituir o mandato de Dilma Rousseff.O presidente da CUT disse que nunca a direita esteve tão unida quanto agora, "em torno do golpe". "Onde Skaf enfiou o pato?", perguntou.
Freitas afirmou, por fim, que a CUT se recusará a negociar com o governo Temer, e voltou a mencionar a possibilidade de chamar uma greve geral, recebendo aplausos dos manifestantes.
Camburões protegem frente da Fiesp
Paula Reverbel/Folhapress SÃO PAULO - Mais cedo nesta noite, camburões do batalhão de choque e policiais com fuzis tomam conta do prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), entidade que se posicionou a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Termina ato contra o governo interino de Temer no RN
NATAL - A manifestação anti-Temer acabou oficialmente por volta das 19h, mas ainda há uma pequena concentração de ativistas às margens da BR-101, local onde houve o encerramento. O ato reuniu 30 mil participantes, segundo organizadores. A Polícia Rodoviária Federal estima em 6.000 manifestantes.
Aplaudido, Guilherme Boulos afirma que programa de Temer 'não cabe na democracia'
SÃO PAULO - Coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Guilherme Boulos discursa em frente ao Masp e é bastante aplaudido.
"O golpe não foi apenas colocar um presidente que não teve voto de ninguém. Foi também colocar um programa que não é aprovado por ninguém. Ninguém votaria num programa de reforma da Previdência. O programa deles não cabe na democracia. Só com golpe mesmo", diz Boulos. "As panelas deles produziram um refogado que já azedou."
Boulos defende um novo caminho com reforma política e popular. "Os que defenderam o impeachment estão envergonhados porque a manifestação contra corrupção serviu para colocar a maior quadrilha do país no poder". Ele menciona ainda decisões revistas por Temer após manifestações, como a volta do Ministério da Cultura e da contratação de unidades do Minha Casa, Minha Vida.
Ele ainda pede uma vaia para Eduardo Cunha, que ele diz ser quem realmente manda no governo Temer, e é atendido.