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Deputados aprovam abertura do processo de impeachment de Dilma; acompanhe
A Câmara dos Deputados aprovou neste domingo (17) a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A barreira de 2/3 dos votos necessários da Casa para a continuação do rito foi atingida.
A votação continua, mas 342 parlamentares, entre os 513 da Casa, já votaram a favor.
A derrota na Câmara não significa o afastamento imediato de Dilma. A decisão dos deputados precisará ainda ser confirmada por maioria simples pelo Senado, o que deve acontecer até o início de maio.
Na primeira etapa do processo, que durou 43 horas, quase 120 deputados discursaram. A votação do impeachment no plenário segue a ordem Norte-Sul, alternada por Estados. Assim, o primeiro Estado a votar foi Roraima, e Alagoas será o último. Dentro dos Estados, a ordem de votação dos deputados é a alfabética.
Em São Paulo, manifestação a favor do impeachment reuniu 250 mil pessoas na avenida Paulista, de acordo com o Datafolha. Ato contra a saída da presidente Dilma teve 42 mil pessoas no Vale do Anhangabaú.
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Votação apertada
Em conversa com aliados nesta sexta-feira (15), em Brasília, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva calculou que a votação do impeachment terminará com uma diferença de cinco ou oito votos, seja para a ala pró-impeachment, seja para o governo. Embora ainda se diga bastante preocupado com a situação de Dilma Rousseff, ele voltou a pedir que parlamentares da base trabalhem até o último minuto.
Oposição perde voto e não tem mais número de votos para impeachment
Grávida de 36 semanas, a deputada federal Clarissa Garotinho (PR-RJ) solicitou nesta sexta-feira (15) o início de sua licença-maternidade.
Com o afastamento, a deputada não participará da votação, no próximo domingo (17), sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara. Sua ausência beneficia Dilma, uma vez que ela já havia se posicionado a favor da saída da presidente.
Em levantamento realizado pela Folha com os 513 deputados federais, 342 deles se declaravam favoráveis ao impedimento de Dilma até o final da tarde desta sexta-feira (15). Com a ausência da deputada, o número de votos pró-impeachment declarados não é mais, neste momento, suficiente para abertura do processo.
Até agora, dos 25 partidos, apenas PMDB, PT, PSDB e PP e PR discutiram o relatório que defende a abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff por crime de responsabilidade. O plenário já está reunido há cerca de dez horas.
O rito do processo de impeachment é questionado mais uma vez na na sessão da Câmara. Cunha se irrita.
PGR repatria US$ 54 milhões de delator da Lava Jato
A PGR (procuradoria-Geral da República) informou nesta sexta-feira (15) que repatriou US$ 54 milhões desviados da Petrobras em contratos da estatal com empresa holandesa SBM Offshore, investigados na Operação Lava Jato.
PM conta 16 mil em Salvador; manifestantes falam em 30 mil
Ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) é encerrado em Salvador após caminhada entre o Campo Grande e a praça Castro Alves. Segundo a Polícia Militar, 16 mil pessoas foram à manifestação. Os organizadores falam em 30 mil pessoas.
Cedro Silva, presidente da CUT, considerou a manifestação "um sucesso" e disse que espera 200 mil pessoas no próximo domingo (17) no ato pró-Dilma que acontecerá em frente ao Farol da Barra. "Já viramos o jogo na sociedade, mudamos a opinião pública. O povo não quer o golpe, o povo quer Dilma governando até 2018", disse.
Além de sindicalistas, participaram do ato vereadores e deputados estaduais do PT. A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) também participou e discursou contra o afastamento da presidente. O discurso vai de encontro à posição de seu partido, o PSB, que, na segunda-feira (11), se posicionou favorável ao impedimento .
Para deputado petista, pedaladas aconteceram para governo não atrasar programas sociais
O deputado José Guimarães (PT-CE) diz que as pedaladas fiscais não constituem crime de responsabilidade e aconteceram para o governo não atrasar programas sociais, como o Bolsa Família.
"Cuidem do mensalão mineiro, do merendão em São Paulo. O nosso governo permite apuração. O mundo inteiro está olhando para o Brasil e escandalizado com o que pode acontecer".
Rua cheia não é motivo para afastamento, diz deputado do PR
Para o deputado Aelton Freitas (PR-MG), em um regime presidencialista, "as ruas cheias" não são motivos para o impeachment.
"O pedido de impeachment não encontra argumentos sólidos para a sua sustentação."
Deputado Laerte Bessa (PR-DF) diz que Temer é apto para tirar o país da crise
O deputado Laerte Bessa (PR-DF) diz que o vice-presidente Michel Temer é apto para tirar o país da crise. O deputado ainda chamou a presidente Dilma de "bandida".
"Nunca ouvi falar do envolvimento do Michel Temer no mensalão, na caixa de Pandora ou na Lava Jato. Nós temos um homem íntegro para comandar o país. Estamos com ele."