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Deputados aprovam abertura do processo de impeachment de Dilma; acompanhe
A Câmara dos Deputados aprovou neste domingo (17) a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A barreira de 2/3 dos votos necessários da Casa para a continuação do rito foi atingida.
A votação continua, mas 342 parlamentares, entre os 513 da Casa, já votaram a favor.
A derrota na Câmara não significa o afastamento imediato de Dilma. A decisão dos deputados precisará ainda ser confirmada por maioria simples pelo Senado, o que deve acontecer até o início de maio.
Na primeira etapa do processo, que durou 43 horas, quase 120 deputados discursaram. A votação do impeachment no plenário segue a ordem Norte-Sul, alternada por Estados. Assim, o primeiro Estado a votar foi Roraima, e Alagoas será o último. Dentro dos Estados, a ordem de votação dos deputados é a alfabética.
Em São Paulo, manifestação a favor do impeachment reuniu 250 mil pessoas na avenida Paulista, de acordo com o Datafolha. Ato contra a saída da presidente Dilma teve 42 mil pessoas no Vale do Anhangabaú.
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Renato Costa/Folhapress Deputados contra o impeachment exibem faixa com a mensagem "não vai ter golpe" durante sessão no plenário da Câmara. (Foto: Renato Costa/Folhapress)
Decoro parlamentar
Deputado pelo PP de São Paulo, Ricardo Izar vai entrar com uma representação na Corregedoria da Câmara pedindo a abertura de processo contra a deputada Luciana Santos, do PCdoB de Pernambuco, por quebra de decoro parlamentar.
Luciana participou da elaboração de uma lista com 186 assinaturas de deputados pela criação da frente parlamentar "em defesa da democracia". Parte dos nomes, porém, era de deputados que já haviam se declarado favoráveis ao impeachment. Na representação, Izar acusa a colega de ter usado a lista para fins espúrios e sustenta que há indícios de que ela cometeu crime de falsidade ideológicaDeputado interrompido
No plenário da Câmara, deputado Fausto Pinato (PP-SP) é interrompido com gritos de "não vai ter golpe" e "vai ter impeachment".
Dilma agradece apoio de quem permanece ao seu lado
Em reunião, com líderes, parlamentares e ministros, a presidente Dilma voltou a agradecer o apoio de quem permaneceu ao lado dela até o momento. A presidente agradeceu a honra e a dignidade dos aliados que não desembarcaram do governo na reta final do processo de impeachment. Entre ministros, estavam presentes Jaques Wagner, Ricardo Berzoini, os peemedebistas Katia Abreu, Marcelo Catro e Eduardo Braga, além de André Figueiredo, do PDT.
Deputado pede que STF proíba Cunha de votar no impeachment de Dilma
O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) entrou nesta sexta-feira (15) com uma ação para que o STF (Supremo Tribunal Federal) determine que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se abstenha de votar no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Vôlei na Esplanada dos Ministérios
Um grupo de pessoas aproveitou o muro erguido na Esplanada dos Ministérios para separar os manifestantes a favor e contra o impeachment de maneira criativa. Nesta sexta-feira (15), elas foram flagradas jogando vôlei no gramado da Esplanada utilizando o muro como rede. O problema é que, diferentemente da rede de vôlei, o muro não é vazado, então não dá para acompanhar a movimentação do outro time nem ver de onde vem a bola. Tentar fazer um bloqueio, portanto, pode ser uma tarefa complicada.
Reprodução/Facebook/O Brasil que Deu Certo Vôlei na Esplanada dos Ministérios Foto: Reprodução/Facebook/O Brasil que Deu Certo
'Quem se vende por cargo vai ser punido', diz deputado do PSD
O deputado João Rodrigues (PSD-SC) disse que é preciso ter dignidade na votação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele exibiu a bandeira do Brasil durante o seu pronunciamento.
"Quem se vende por cargo vai ser punido. O povo não vai perdoar".
Deputados do PP que apoiarem governo poderão ser expulsos
A executiva nacional do PP decidiu na tarde desta sexta-feira (15) oficializar o apoio ao impeachment da presidente Dilma Rousseff e punir os deputados dissidentes que votarem pela permanência da petista ou que faltarem à votação a ser realizada no próximo domingo (17) na Câmara dos Deputados.
Otimismo do governo
Grupo de deputados petistas reunido no plenário afirma que os "últimos números" dão confiança. O senador Lindbergh Farias (RJ) veio ao plenário e gravou um vídeo para dizer que o governo vai vencer e confia "em povo na rua".
Deputado do PSD diz que governo não tem mais credibilidade
O deputado Heuler Cruvinel (PSD-GO) afirma que as pedaladas fiscais configuram crime e que o governo não tem mais credibilidade.
"O governo não demonstra coesão em relação aos assuntos pertinentes à população."