AO VIVO
Deputados aprovam abertura do processo de impeachment de Dilma; acompanhe
A Câmara dos Deputados aprovou neste domingo (17) a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A barreira de 2/3 dos votos necessários da Casa para a continuação do rito foi atingida.
A votação continua, mas 342 parlamentares, entre os 513 da Casa, já votaram a favor.
A derrota na Câmara não significa o afastamento imediato de Dilma. A decisão dos deputados precisará ainda ser confirmada por maioria simples pelo Senado, o que deve acontecer até o início de maio.
Na primeira etapa do processo, que durou 43 horas, quase 120 deputados discursaram. A votação do impeachment no plenário segue a ordem Norte-Sul, alternada por Estados. Assim, o primeiro Estado a votar foi Roraima, e Alagoas será o último. Dentro dos Estados, a ordem de votação dos deputados é a alfabética.
Em São Paulo, manifestação a favor do impeachment reuniu 250 mil pessoas na avenida Paulista, de acordo com o Datafolha. Ato contra a saída da presidente Dilma teve 42 mil pessoas no Vale do Anhangabaú.
acompanhe
"Não sejam ingratos", diz dono da Furacão 2000 a deputados do Rio
RIO - O empresário Rômulo Costa, dono da produtora de funk Furacão 2000, chegou à praia de Copacabana neste domingo (17), por volta das 9h30, cercado de manifestantes favoráveis ao governo e sob gritos de "não vai ter golpe".
Foi o dono da Furacão 2000 quem convocou a manifestação contra o impeachment na praia de Copacabana.
"Eu queria fazer um apelo aos deputados federais do Rio de Janeiro. O Rio foi o Estado que mais recebeu dinheiro do governo federal. Foi BRT, VLT, metrô. Então, não sejam ingratos. Eleição é só daqui a dois anos", disse Costa.
Ele chegou acompanhado da mulher Priscila Nocetti e de funkeiros. Costa tirou fotos exibindo uma peça de mortadela levada por um dos manifestantes.
Fabio Brisolla/Folhapress Carro de som da produtora Furacão 2000 toca funks na orla de Copacabana em ato contra o impeachment Manifestantes contra o impeachment começam a chegar a Copacabana
RIO - Os manifestantes contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff começam a chegar à praia de Copacabana, na zona sul do Rio, para o ato marcado para as 9h deste domingo (17).
O público ainda é abaixo do esperado. A expectativa dos organizadores é reunir ao menos 100 mil pessoas na orla de Copacabana.
Usando camisas e carregando bandeiras do PT e da CUT (Central Única dos Trabalhadores), os manifestantes estão se concentrando na altura do Posto 3 da orla, de onde sairão em direção ao Posto 1.
Um carro de som da produtora Furacão 2000 toca funks na orla para mobilizar os apoiadores da presidente Dilma Rousseff contra o impeachment.
O ato "Funk contra o golpe" foi convocado pelo empresário Rômulo Costa, dono da produtora Furacão 2000.
A Frente Brasil Popular, que reúne movimentos sociais, partidos políticos de esquerda, centrais sindicais e união de estudantes, também participa do protesto.
A PM do Rio mobilizou em torno de 700 policiais para os atos em Copacabana. A partir das 15h, grupos favoráveis ao impeachment também organizam protesto na praia.
Avener Prado/Folhapress A presidente Dilma Rousseff pedalou acompanhada por seguranças nas proximidades do Palácio da Alvorada na manhã deste domingo (17) Bom dia. Iniciamos agora a cobertura da análise do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. A votação deve começar hoje às 14h. Estão previstos protestos pelo país.
Após 44 horas ininterruptas, terminou às 3h42 deste domingo (17) a sessão mais longa da história da Câmara dos Deputados.
A sessão de análise do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) começou na manhã da última sexta-feira (15).
Por volta das 14h, os 513 deputados federais retomam a sessão para a votação do impedimento da presidente.
Em seu discurso na tribuna da Câmara, o deputado Alceu Moreira (PMDB-RS) fez duras críticas ao PT e à presidente Dilma Rousseff.
Moreira disse que "Lularápio quis vender o camarote do Titanic, mas ele está afundando" e que a condição para ser diretor de uma empresa petista é "ser larápio especialista". Ele foi vaiado pelos deputados do PT.
Mesmo assim Moreira não se intimidou e continuou as críticas, desta vez à presidente. " A senhora que anda pelos corredores do Palácio não tem mais capacidade para enxotar uma galinha".
Pouco antes da 1h deste domingo (17), o deputado Gilberto Nascimento Silva (PSC-SP), que o presidia da 9ª sessão, teve que chamar a segurança da Câmara dos Deputados para separar uma discussão 'mais acalorada' entre os deputados pró-impeachment e pró-Dilma.
"Senhores deputados se tivermos calma, vamos terminar a sessão até às 6h", disse Silva.
A turma do deixa disso conseguiu controlar os dois grupos. Em seguida, se ouvia deputados gritando "não vai ter golpe".
Para aliados de Temer, não cumprimento de promessas pelo PT alimenta manada anti-Dilma
"Todas as contas que a gente faz, a gente ganha com uma sobrinha. Agora é a hora do efeito manada, do deputado que estava com o governo votar pelo impeachment dizendo que é por pressão da mulher, dos filhos", disse Heráclito Fortes (PSB-PI), ao sair do Palácio do Jaburu, onde se reuniu com o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), na noite deste sábado (16).
Na conta do deputado, o impeachment teria 357 votos –15 a mais do que o necessário para o processo seguir ao Senado. Outros caciques da oposição afirmam serem 369 os apoiadores do afastamento da presidente Dilma Rousseff.
Fortes disse ainda que o fato do PT ser "campeão em não cumprir promessas" aos deputados minou a chance de sobrevivência de Dilma no plenário da Câmara.
A atividade no Palácio do Jaburu foi intensa na noite de véspera da votação do impeachment. Temer e o ex-ministro Eliseu Padilha (PMDB-RS) se reuniram com deputados para fazer a rechecagem do mapa dos votos na Câmara.
"Estamos fazendo o contrafogo, o anteparo para não deixar o fogo se espalhar. O governo está usando até Diário Oficial em dia de sábado para cooptar deputados", disse Manoel Júnior (PMDB-PB).
Segundo o parlamentar, ele e Hugo Motta (PMDB-PB) saíram do Jaburu e voltaram à Câmara para investir contra defecções do PP e deputados do PR que sinalizaram apoio ao governo.
Clima esquenta no Plenário, e deputado do PSOL precisa ser contido por seguranças
O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) partiu para cima do deputado Rocha (PSDB-AC), e precisou ser contido por colegas e pela Polícia Legislativa.
O deputado se irritou após ouvir de um parlamentar da oposição que ele deveria sair de perto da área do plenário onde se concentra a maior parte do grupo contrário ao governo.
Aos gritos, Braga dizia: "Não vou sair daqui e fico onde bem quiser".
Ao fim, ele se acalmou e deixou o plenário.