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Deputados aprovam abertura do processo de impeachment de Dilma; acompanhe
A Câmara dos Deputados aprovou neste domingo (17) a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A barreira de 2/3 dos votos necessários da Casa para a continuação do rito foi atingida.
A votação continua, mas 342 parlamentares, entre os 513 da Casa, já votaram a favor.
A derrota na Câmara não significa o afastamento imediato de Dilma. A decisão dos deputados precisará ainda ser confirmada por maioria simples pelo Senado, o que deve acontecer até o início de maio.
Na primeira etapa do processo, que durou 43 horas, quase 120 deputados discursaram. A votação do impeachment no plenário segue a ordem Norte-Sul, alternada por Estados. Assim, o primeiro Estado a votar foi Roraima, e Alagoas será o último. Dentro dos Estados, a ordem de votação dos deputados é a alfabética.
Em São Paulo, manifestação a favor do impeachment reuniu 250 mil pessoas na avenida Paulista, de acordo com o Datafolha. Ato contra a saída da presidente Dilma teve 42 mil pessoas no Vale do Anhangabaú.
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Deputado do PDT que era indeciso vota contra impeachment
O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA), que era indeciso, votou contra o impeachment.
"Vou acompanhar o meu partido."
Veja como declaram os votos alguns dos deputados baianos
Afonso Florence (PT): "Considerando que esse processo tá maculado na sua origem, porque foi acatado num processo de esforço de Eduardo Cunha para impedir a admissibilidade quando o PT se negou a votar contra Cunha. Contra o golpe, a luta continua!"
Alice Portugal (PCdoB): "O Brasil não engolirá sua [de Eduardo Cunha] tirania nem o cretinismo parlamentar. Não ao golpe!"
Bebeto (PSB): "Em momentos de dificuldades podemos afirmar nosso caráter e trajetória, minha trajetória respeita a democracia e a classe trabalhadora, e é nesse respeito que eu quero aqui me declarar não ao processo."
Cacá Leão (PP): "Não posso permitir que a marca da traição marque a minha vida e a da minha família, mas não posso desrespeitar o meu partido que fechou questão a favor do impeachment e por isso me abstenho nessa questão."
Caetano (PT): "Quero dizer ao Brasil que eu não sou covarde! Senhoras e senhores, olha essa mesa que tá aí, mesa de traidores de conspiradores, eu voto contra, eu voto não, eu voto pelo Brasil, eu voto pelo povo brasileiro."
Veja declarações de votos de alguns deputados de Minas Gerais
Lincoln Portela (PRB) - "Não estamos julgando se ela [Dilma] é honesta ou não, estamos julgando a admissibilidade de denúncia. Esse ato é legítimo, consolidado pelo STF, por isso, voto sim"
Luis Tibé (PTdoB) - "Pelos meus familiares, pela minha mulher, pelos meus filhos, pelos meus liderados que me pediram, meu voto é sim"
Marcelo Aro (PHS) - "Sr. presidente, é importante que as pessoas saibam que eu vim das Minas Gerais. E ninguém vem das Minas Gerais a toa. O brasil caminha para onde o povo mineiro aponta e é por isso, Sr. presidente, que meu voto é, é sim, é sim!"
Margarida Salomão (PT) - "Ouvindo com atenção os oradores que me precederam, eu observei com espanto que a maioria dos deputados que apoiam o impeachment o fazem invocando seus familiares e seus aniversários, e, principalmente, a Deus. No entanto, não aludem ao crime constitucional que resultaria no impeachment. Dilma é uma mulher honesta que está sendo vítima de uma injustiça. Peço aos senhores que me ouçam como lhes ouvi [ao ser interrompida por vaias]. Em nome da democracia, em homenagem aos que estão nas redes nas ruas, voto contra o impeachment, contra Cunha e contra Temer"
Padre João (PT) - "Pelo respeito ao voto popular e à presidenta Dilma, que não cometeu nenhum crime de responsabilidade, pelo povo que está nas ruas exigindo respeito à constituição eu voto não. A luta continua, companheiros"
Deputado petista reconhece a derrota
O deputado Wadih Damous (PT-RJ) reconheceu agora que "provavelmente não dá mais". Afirmou que "o resultado é espúrio, do começo ao fim, tanto pela presidência de Cunha quanto pela falta de crime". Afirmou que "é uma maioria superficial, vem aqui falar do papai,da mamãe, contra a corrupção, e tem vários investigados na Lava Jato".
Manifestantes debaixo de chuva no Rio Grande do Norte
NATAL - Apesar da forte chuva, manifestantes a favor do impeachment continuam acompanhando a votação e gritam "olê, olê, estamos na chuva pra derrubar o PT". Os organizadores estimam que 3.000 pessoas tenham se reunido na zona leste da cidade. A Secretaria de Segurança Pública divulgou que, no auge do ato, por volta das 18h, o público era de 1.500 participantes.
Deputado do PP se abstém
O deputado Cacá Leão (PP-BA) se absteve na votação do processo de impeachment neste domingo (17). Ele era considerado indeciso.
"Jamais poderia faltar coerência na minha posição nesse momento. Não posso permitir que a traição marque a minha vida e a minha família."
Antes indeciso, deputado do PSD vota 'não'
O deputado Antonio Brito (PSD-BA), que era indeciso, votou "não" ao impeachment da presidente Dilma.
Manifestantes pró-impeachment protestam nos EUA
EUA - Manifestantes protestam a favor do impeachment em uma praça da Universidade de Harvard, no estado de Massachusetts.
Dario Galvão Manifestantes pró-impeachment em Boston, EUA VEJA COMO FORAM OS VOTOS DOS DEPUTADOS DE MINAS GERAIS
A maioria dos 53 deputados mineiros votou a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff: 41 optaram pela continuidade do processo e 12 foram contrários.
ADELMO CARNEIRO LEÃO (PT-MG) - CONTRA
AELTON FREITAS (PR-MG) - CONTRA
BILAC PINTO (PR-MG) - A FAVOR
BONIFÁCIO DE ANDRADA (PSDB-MG) - A FAVOR
BRUNNY (PR-MG) - CONTRA
CAIO NARCIO (PSDB-MG) - A FAVOR
CARLOS MELLES (DEM-MG) - A FAVOR
DÂMINA PEREIRA (PSL-MG) - A FAVOR
DELEGADO EDSON MOREIRA (PR-MG) - A FAVOR
DIEGO ANDRADE (PSD-MG) - A FAVOR
DIMAS FABIANO (PP-MG) - A FAVOR
DOMINGOS SÁVIO (PSDB-MG) - A FAVOR
EDUARDO BARBOSA (PSDB-MG) - A FAVOR
EROS BIONDINI (PROS-MG) - A FAVOR
FÁBIO RAMALHO (PMDB-MG) - A FAVOR
FRANKLIN LIMA (PP-MG) - A FAVOR
GABRIEL GUIMARÃES (PT-MG) - CONTRA
GEORGE HILTON (PROS-MG) - CONTRA
JAIME MARTINS (PSD-MG) - A FAVOR
JÔ MORAES (PcdoB-MG) - CONTRA
JÚLIO DELGADO (PSB-MG) - A FAVOR
LAUDIVIO CARVALHO (SD-MG) - A FAVOR
LEONARDO MONTEIRO (PT-MG) - CONTRA
LEONARDO QUINTÃO (PMDB-MG) - A FAVOR
LINCOLN PORTELA (PRB-MG) - A FAVOR
LUIS TIBÉ (PtdoB-MG) - A FAVOR
LUIZ FERNANDO FARIA (PP-MG) - A FAVOR
MARCELO ÁLVARO ANTÔNIO (PR-MG) - A FAVOR
MARCELO ARO (PHS-MG) - A FAVOR
MARCOS MONTES (PSD-MG) - A FAVOR
MARCUS PESTANA (PSDB-MG) - A FAVOR
MARGARIDA SALOMÃO (PT-MG) - CONTRA
MÁRIO HERINGER (PDT-MG) - A FAVOR
MAURO LOPES (PMDB-MG) - A FAVOR
MIGUEL CORREA (PT-MG) - CONTRA
MISAEL VARELLA (DEM-MG) - A FAVOR
NEWTON CARDOSO JR (PMDB-MG) - A FAVOR
ODELMO LEÃO (PP-MG) - A FAVOR
PADRE JOÃO (PT-MG) - CONTRA
PATRUS ANANIAS (PT-MG) - CONTRA
PAULO ABI-ACKEL (PSDB-MG) - A FAVOR
RAQUEL MUNIZ (PSD-MG) - A FAVOR
REGINALDO LOPES (PT-MG) - CONTRA
RENZO BRAZ (PP-MG) - A FAVOR
RODRIGO DE CASTRO (PSDB-MG) - A FAVOR
RODRIGO PACHECO (PMDB-MG) - A FAVOR
SARAIVA FELIPE (PMDB-MG) - A FAVOR
STEFANO AGUIAR (PSD-MG) - A FAVOR
SUBTENENTE GONZAGA (PDT-MG) - A FAVOR
TENENTE LÚCIO (PSB-MG) - A FAVOR
TONINHO PINHEIRO (PP-MG) - A FAVOR
WELITON PRADO (PMB-MG) - A FAVOR
ZÉ SILVA (SD-MG) - A FAVOR"Estou resignada. Mas o sentimento ainda é de luta"
BRASÍLIA - Alguns manifestantes governistas já se mostram conformados com o resultado na Câmara. "Estou resignada. Mas o sentimento ainda é de luta", diz Ludmila Melo, 28, cientista política.
Para ela, caso consigam impedir a presidente Dilma no Senado, ela acredita que uma crise de legitimidade irá se instaurar e que será pior que esta. "Espero que a discussão no Senado seja sobre o mérito do processo, e não rasa como tem sido na Câmara", afirma.
Ela é outros manifestantes temem o fim dos programas sociais criados durante os governos petistas, como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida, entre outros.
"Tenho medo de perder o ProUni. Por causa dele consigo estudar. Acho que com a ruptura, o meu futuro e o dos meus filhos estará em jogo", diz Claitom Ercílio, 18, estudante.
Já Paulo Cardoso, 25, também estudante, acha que a presidente Dilma cometeu crimes que poderiam tirá-la da presidência, mas o avanço do impeachment em curso é ilegal.
"Acredito que ela tenha cometido crimes, mas não há prova em relação aos itens discutidos no processo. Se o processo não retroage a 2014, deveriam interromper o processo. Se não na Câmara, no Senado", afirma.