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Acompanhe em tempo real a cobertura da crise política no governo Dilma
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse nesta quinta-feira (17) do cargo de ministro da Casa Civil, horas após o juiz federal Sergio Moro liberar no inquérito da Operação Lava Jato um grampo telefônico que sugere uma ação da presidente Dilma Rousseff para evitar uma eventual prisão do petista.
Uma decisão da Justiça Federal de Brasília determinou, porém, a suspensão do ato de nomeação. Na decisão, o juiz Itagiba Catta Preta Neto afirma que há indícios de cometimento do crime de responsabilidade. O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, já informou que o governo federal irá recorrer.
A divulgação dessa gravação e a entrada de Lula no governo motivam protestos pelo país desde a noite de quarta. Em São Paulo, a avenida Paulista amanheceu bloqueada por manifestantes.
Acompanhe em tempo real os desdobramentos da crise política do governo Dilma. A Folha fez um resumo dos acontecimentos desta quinta.
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CURITIBA - A manifestação em Curitiba, em frente à Justiça Federal, fica ainda maior e os ataques mais pesados contra a presidente Dilma. Do carro de som, manifestantes usam o microfone para ofender a petista. "Dilma cadela/vai para a Venezuela", gritam.
BRASÍLIA - Manifestantes, que agora estão no Congresso, acendem velas. Segundo eles, é para "velar o Lula".
A SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo afirmou que o esquema de segurança para o ato desta sexta-feira (18), a favor de Dilma, Lula e do PT, será o mesmo das manifestações realizadas no último domingo (13), contrárias ao governo.
O secretário Alexandre de Moraes recebeu na quinta-feira (17) o presidente estadual do PT, Emídio de Souza, o deputado estadual José Zico Prado (PT) e representantes de movimentos sociais para debaterem o ato.
"O efetivo policial será o mesmo da manifestação do dia 13, ainda que, segundo os organizadores, estejam sendo esperadas entre 100 e 200 mil pessoas", disse a SSP em nota.
SÃO PAULO - Palco em frente à Fiesp é aceso e ato começa com a execução do hino nacional. Por um momento, manifestantes param os gritos contra Lula, Dilma e o PT e cantam o hino. Ao fim, manifestantes gritam "renuncia, renuncia, renuncia".
A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) cogita uma paralisação geral e até mesmo suspender temporariamente o pagamento de impostos federais em protesto contra a nomeação do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil.
CNJ (Conselho Nacional de Justiça) recebeu mais uma representação para investigar o juiz Sergio Moro. Agora, são três.
SÃO PAULO - Com mais carros de som, cruzamento da Al. Casa Branca com a avenida Paulista é fechado pela CET.
BRASÍLIA - Número de manifestantes cresce rápido. A Secretaria de Segurança Pública já estima 3.000 manifestantes, além de 1.300 policiais.
BRASÍLIA - Clima tenso no Congresso. Manifestantes jogam bombas na polícia.
Um dos nomes mais próximos do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o líder do PTB, deputado Jovair Arantes (GO), vai relatar o processo de impeachment contra Dilma Rousseff na comissão especial formada na tarde desta quinta-feira (17).