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Acompanhe em tempo real a cobertura da crise política no governo Dilma
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse nesta quinta-feira (17) do cargo de ministro da Casa Civil, horas após o juiz federal Sergio Moro liberar no inquérito da Operação Lava Jato um grampo telefônico que sugere uma ação da presidente Dilma Rousseff para evitar uma eventual prisão do petista.
Uma decisão da Justiça Federal de Brasília determinou, porém, a suspensão do ato de nomeação. Na decisão, o juiz Itagiba Catta Preta Neto afirma que há indícios de cometimento do crime de responsabilidade. O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, já informou que o governo federal irá recorrer.
A divulgação dessa gravação e a entrada de Lula no governo motivam protestos pelo país desde a noite de quarta. Em São Paulo, a avenida Paulista amanheceu bloqueada por manifestantes.
Acompanhe em tempo real os desdobramentos da crise política do governo Dilma. A Folha fez um resumo dos acontecimentos desta quinta.
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Manifestante tomam avenida Paulista na noite desta quinta-feira (17).
Foto: Joel Silva/ Folhapress
Na Paulista, manifestantes gritam "Amanhã vai ser maior", bordão muito utilizado nos protestos de Junho de 2013
Foto: Nelson Antoine/FramePhoto/Folhapress
PORTO ALEGRE - A avenida Goethe já está bloqueada para a segunda manifestação do dia que pede impeachment na capital gaúcha. Pela manhã, um grupo de 300 pessoas protestou em frente à sede da PF. Agora, os manifestantes estão reunidos no Parcão (Parque Moinhos de Vento), mesmo local do protesto do último domingo (13).A Brigada Militar estima 200 pessoas no local, a organização divulga 700. O protesto ocorre em frente ao Habib's, rede de lanchonetes que convocou os clientes para as manifestações do final de semana. No domingo, os manifestantes chegaram a bater palmas para o restaurante.
Em vídeo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirma que o PT "jogou o país no abismo" e que o "Brasil precisa mais do que nunca virar essa triste página de sua história".
Manifestantes na praça da Liberdade, em Belo Horizonte, durante protesto contra a presidente Dilma
Foto: José Marques/Folhapress
Em Brasília, manifestantes anti governo rasgam bandeira do PT.
Foto: Diego Padgurschi/Folhapress
Policiais fazem guarda na cúpula do Congresso Nacional, em Brasília.
Foto: Diego Padgurschi/Folhapress
BRASÍLIA - Em frente ao Congresso, alguns manifestantes deixam o clima hostil ao jogar garrafas d'água nos policiais que cercam as entradas. Outros manifestantes tentam conter os mais agressivos. Os ânimos se acirraram e uma briga entre os próprios manifestantes gera correria.
As dúvidas sobre o status do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dificultam a organização de um esquema de segurança para o ato que acontecerá nesta sexta-feira (18) na Avenida Paulista. Como ministro empossado, ele tem direito à segurança oferecida pelo governo. Como ex-presidente, sua proteção ficará a cargo dos organizadores do ato.
A Unafisco (União Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal) divulgou uma nota em que repudia as declarações feitas pelo ex-presidente Lula, reveladas em grampos feitos dentro da Operação Lava Jato.
O ex-presidente disse que era preciso "acompanhar o que a Receita tá fazendo junto com a Polícia Federal" e que "eles estão sendo filho da puta demais [sic]" e estavam "procurando pelo em ovo".
"A Unafisco vem publicamente declarar seu amplo e irrestrito apoio a todos os Auditores Fiscais que vêm atuando junto à Força Tarefa da Operação Lava Jato, os quais vêm exercendo suas funções de forma institucional, republicana, sempre vinculados à legislação tributária e aos fatos", disse em nota.