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Acompanhe em tempo real a cobertura da crise política no governo Dilma
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse nesta quinta-feira (17) do cargo de ministro da Casa Civil, horas após o juiz federal Sergio Moro liberar no inquérito da Operação Lava Jato um grampo telefônico que sugere uma ação da presidente Dilma Rousseff para evitar uma eventual prisão do petista.
Uma decisão da Justiça Federal de Brasília determinou, porém, a suspensão do ato de nomeação. Na decisão, o juiz Itagiba Catta Preta Neto afirma que há indícios de cometimento do crime de responsabilidade. O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, já informou que o governo federal irá recorrer.
A divulgação dessa gravação e a entrada de Lula no governo motivam protestos pelo país desde a noite de quarta. Em São Paulo, a avenida Paulista amanheceu bloqueada por manifestantes.
Acompanhe em tempo real os desdobramentos da crise política do governo Dilma. A Folha fez um resumo dos acontecimentos desta quinta.
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O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) recebeu duas reclamações contra o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, nesta quinta-feira (17).
Uma delas é uma reclamação para apuração de infração disciplinar movida pelo Sindicato dos Advogados do Estado da Paraíba. A outra, com a mesma motivação, é movida por Antônio Nery da Silva Júnior, representado pelo advogado Vinicius Cesar Santos de Moraes.
Deputados do PP favoráveis ao rompimento com Dilma Rousseff se articularam nesta quinta (17) para recolher assinaturas e forçar a convocação de uma reunião "urgente" do diretório nacional do partido para decidir se sigla abandona o governo.
A sede do PSDB em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, foi pichada na madrugada desta quinta-feira (17) com frases "Não vai ter golpe" e "Dilma 13".
Foto: Divulgação
O professor Gilberto de Mattos, 51, foi à avenida Paulista, em São Paulo na quarta (16) à noite e voltou nesta quinta (17). "Moro perto, na Santa Cecília. Saí daqui 0h30 e voltei às 11h39", disse ele, que ficou sabendo do protesto pela TV. Ele vestiu a si mesmo e ao filho de oito anos com fardas militares. "Sou a favor de que as Forças Armadas conduzam um período de transição de cerca de um ano."
Foto: Artur Rodrigues/Folhapress
Os organizadores da manifestação que acontecerá nesta sexta-feira (18) em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúnem nesta quinta-feira (17), às 16h, com o secretário de Segurança, Alexandre de Moraes, para cobrar proteção para o participantes do ato.
O presidente estadual do PT, Emidio de Souza, participará da reunião, que contará com a presença de representantes dos movimentos sociais, como Douglas Izzo, presidente da CUT estadual, e Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares.
Emidio de Souza divulgou nas redes sociais uma mensagem em que cobra do governo do Estado o mesmo tratamento dado aos manifestantes que no domingo, 13, foram às ruas exigir o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Antes de decisão em Brasília, a juíza federal Graziela Bündchen, da 1ª Vara Federal de Porto Alegre, negou, na noite de quarta-feira (16), um pedido de ação popular para proibir a nomeação do ex-presidente Lula ao cargo de ministro. Ela argumentou que a matéria "é de competência do juízo criminal, não cabendo ser tratada no âmbito da ação popular". Graziela é irmã da modelo Gisele Bündchen.
Leia resumo dos fatos até agora desta quinta-feira (17) que agravaram crise do governo Dilma.
PORTO ALEGRE - Depois que o grupo pró-impeachment anunciou um novo protesto nesta quinta (18), às 17h, no Parcão (Parque Moinhos de Vento), o grupo que defende o governo divulgou um ato no mesmo horário: será em frente ao Palácio Piratini, sede do governo estadual, na praça da Matriz, no centro.
Os irmãos Luís Carlos (esq), 39, e Luís Cláudio Santos Augusto, 42, vieram de Franco da Rocha para protestar na avenida Paulista, em São Paulo. "Ontem saí do trabalho e vim direto. Hoje, estava de folga", disse Luís Cláudio. Ele afirma que pretende continuar indo à Paulista se o protesto prosseguir. "Minha intenção é também pedir licença do trabalho e ir para Brasília", disse ele, que é eletricista.
Foto: Artur Rodrigues/Folhapress
Cinco explosivos, aparentemente morteiros, foram atirados na sede do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) em Ribeirão Preto, no bairro Jardim Sumaré, centro da cidade, por volta das 14h desta quinta-feira (17). Houve pequenos danos materiais, mas ninguém ficou ferido.