O MPL (Movimento Passe Livre) realiza nesta quinta-feira (21) o quinto protesto contra o aumento nas tarifas de transporte público de São Paulo.
O ato, marcado para às 17h, só saiu da concentração por volta das 20h. O atraso ocorreu porque manifestantes e a PM não entraram em consenso sobre o trajeto a ser seguido.
Após assembleia, o grupo decidiu seguir o trajeto até a praça da República, onde os PMs queriam que o ato fosse encerrado. Porém, o MPL queria continuar o percurso. Após 20 minutos de impasse, policiais jogaram bombas para dispersar os manifestantes.
O ato realizado na última terça (19) terminou sem registro de confrontos. Porém, na semana passada, os dois maiores protestos promovidos pelo movimento foram marcados, de um lado, pela atuação dos mascarados, que depredaram uma estação de metrô na quinta (14); e, de outro, pela atuação da PM, que usou bombas de gás para reprimir o ato de terça (12) ainda na concentração, gerando correria no centro da cidade.
Segundo a Secretaria, o motivo do veto ao trajeto do MPL é que um protesto de motoristas de vans escolares já está ocorrendo em algumas das vias do caminho proposto pelo grupo anti-tarifa
Andreza Delgado, do MPL, afirma que o movimento vai manter o trajeto previsto, mesmo com o veto da Secretaria de Segurança Pública: "A PM é que tem que voltar atrás e aprender a lidar com manifestação"
(Avener Prado/Folhapress) Concentração dos manifestantes no terminal Parque Dom Pedro, no centro da cidade
Segundo a Prefeitura, a decisão de fechar o Terminal foi tomada "preventivamente" pela SPTrans, mas as linhas de ônibus que operam no local estariam funcionando normalmente em seu entorno
Funcionários da SPTrans orientam passageiros surpreendidos pelo fechamento do terminal Parque Dom Pedro
(Giba Bergamim Jr./Folhapress)
A manifestante do MPL, Andreza Delgado, 20, critica a decisão de fechar o terminal. "A manifestação é na via, é a polícia que está atrapalhando a volta do trabalhador", diz ela para a população em frente ao terminal. "Isso que é vandalismo, impedir a volta do trabalhador"
Carro do Batalhão de Choque está estacionando dentro do terminal
"Eu não gosto de manifestação porque não ajuda. Faz a manifestação às 5h que não atrapalha ninguém", disse Adriana, 30, que tentava achar a melhor maneira de ir para casa, na zona leste
(Artur Rodrigues/Folhapress)