Um protesto do MPL (Movimento Passe Livre) contra o aumento das tarifas do transporte público de São Paulo terminou em confronto de manifestantes com a Polícia Militar nesta sexta-feira (8). O ato seguia pacífico até a avenida Nove de Julho, centro da cidade.
Policiais jogaram bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral. Alguns manifestantes revidaram com pedras. Houve vandalismo.
O protesto começou por volta das 17h na praça Ramos, em frente ao Theatro Municipal, centro da cidade.
No fim do ano passado, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), anunciaram o reajuste das passagens de ônibus, metrô e trem.
A partir deste sábado (9), as tarifas unitárias passarão de R$ 3,50 para R$ 3,80.
O aumento de 8,6% será um pouco abaixo da inflação acumulada —o IPCA de 2015 foi de 10,67%.
Manifestantes começam a caminhar. Segundo o MPL, a passeata deve passar pela avenida Vinte e Três de Maio, depois pelo viaduto Dona Paulina e terminar na praça da Sé, centro.
Alguns manifestantes estão mascarados, o que indica que são adeptos da tática "black bloc" (que prega a destruição do patrimônio como forma de protesto).
O movimento Território Livre entregou um cartaz dizendo que o protesto contra a tarifa deste ano deve "radicalizar". Além de protestos, eles pretendem ocupar prédios públicos e terminais de ônibus.
Entre os grupos apoiadores do MPL estão o Juntos (juventude do PSOL), PSTU, Anel (Assembleia Nacional dos Estudantes Livre), Ubes (União Brasileiras dos Estudantes Secundaristas) e Upes (União Paulista dos Estudantes Secundaristas) e Território Livre.
Protesto do Movimento Passe Livre na praça Ramos, centro de São Paulo (Crédito: Marlene Bergamo/Folhapress)
O Passe Livre informou que haverá uma série de protestos nos próximos dias. "A expectativa é fazer um protesto bem combativo até barrarmos o aumento da tarifa. É o começo da nossa nova jornada. O estado não toma medidas para ajudar a população, mas tem projeto de estado para ajudar empresários. Em vez de o custo sair do bolso de 15 empresários, fazem isso com milhões de trabalhadores", disse Vitor dos Santos Quintiliano, 19, militante do Passe Livre.
A concentração do protesto do MPL (Movimento Passe Livre) começou por volta das 17h, na praça Ramos, em frente ao Theatro Municipal, centro de São Paulo.