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As ações da Petrobras caíram, impactadas pela queda dos preços do petróleo nesta segunda-feira, acompanhando uma retração em Wall Street e com investidores do mercado de energia atentos à crescente oferta de petróleo, apesar de tensões entre a Arábia Saudita e o Irã que deram algum suporte aos preços.
As ações mais negociadas da estatal caíram 2,33%, para R$ 20,93. Já as com direito a voto perderam 3,34%, para R$ 22,59
Das 64 ações do Ibovespa, 49 caíram, 14 subiram e uma fechou estável.
A maior alta do Ibovespa foi registrada pelas ações da Suzano, que subiram 7,37%, ainda sob efeito do acordo com a Fibria que vai criar uma gigante de celulose. Já os papéis da Fibria caíram 0,22%. Na sexta, a Suzano ganhou R$ 5,6 bilhões em valor de mercado após o anúncio da fusão. A Fibria perdeu R$ 4 bilhões.
A Qualicorp, que caiu 11,7% na sexta, subiu 3,64% nesta sessão. A Cemig teve alta de 2,53%.
A Usiminas teve a maior queda do Ibovespa, ao recuar 4,93%. A Bradespar se desvalorizou 3,51%.
"Os mercados ficam mais fracos. Todo mundo está cauteloso, esperando as definições e uma maior clareza no horizonte", diz Alvaro Bandeira, da Modalmais. O índice de volatilidade VIX, que estava comportado nas últimas duas semanas, voltou a subir com intensidade nesta sessão: a alta foi de 20,5%.
No cenário doméstico, o indicador de atividade econômica do Banco Central encolheu 0,56% em janeiro, menos que o esperado pelo mercado.
Alvaro Bandeira, economista-chefe da Modalmais, lembra, porém, que a proximidade das reuniões dos bancos centrais de Brasil e Estados Unidos na próxima quarta também contribuíram para a queda desta sessão. No Brasil, a expectativa é de um corte de 0,25 ponto percentual da taxa Selic, o que deixaria o juro básico em 6,5% ao ano.
Nos EUA, a probabilidade de aumento da taxa de juros para a faixa entre 1,5% e 1,75% estava em 80% nesta segunda -outros 20% indicavam aperto ainda maior, o que deixaria o juro entre 1,75% e 2% ao ano.
Esse movimento provoca a valorização dos títulos de dívida americana e atrai dinheiro hoje aplicado em Bolsa ou em países emergentes, como o Brasil.
O secretário de Tesouro americano, Steven Mnuchin, porém, insistiu na tese da administração Trump de "livre-comércio com termos recíprocos."
Para o presidente do banco central japonês, Haruhiko Kuroda, "há um sólido entendimento na comunidade internacional que o livre-comércio é importante."
Alvaro Bandeira, economista-chefe da Modalmais, diz que as divergências sobre o rumo do comércio internacional mexeram com os mercados nesta sessão. "Há uma possibilidade de retaliação e de brigas na OMC [Organização Mundial do Comércio] entre Estados Unidos e Rússia que afetou as commodities", diz.
Os temores de uma guerra comercial global se mantiveram nesta segunda, primeiro dia de encontro dos ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G20, realizado em Buenos Aires, Argentina.
No dia 8 de março, o americano Donald Trump oficializou a imposição de uma tarifa de 25% sobre a importação do aço e de 10% sobre o alumínio, provocando fortes reações globais. No Brasil, as ações de siderúrgicas desabaram desde então -a CSN tem queda de 8,7%; Usiminas perde 5,94%, Gerdau se desvaloriza 10,2% e Metalúrgica Gerdau cai 8,2%.
Nesta segunda, ministros de Finanças expressaram preocupação com a medida. "Eu estou seriamente preocupado que a fundação de nossa prosperidade -o livre-comércio- esteja em risco", afirmou o ministro das Finanças alemão, Olaf Scholz, ao jornal Bild. "O protecionismo não é a resposta para as dificuldades de nosso tempo."
A Bolsa brasileira caiu nesta segunda-feira (19), pela quinta sessão seguida, refletindo preocupações com uma potencial guerra comercial global e com conflitos entre Reino Unido e Rússia. Os investidores também demonstraram cautela antes de reuniões dos bancos centrais de Brasil e EUA, na quarta (21).
O Ibovespa, que reúne as ações mais negociadas, teve queda de 1,15%, para 83.913 pontos. O volume financeiro foi de R$ 16,3 bilhões -a média de março está em R$ 12,6 bilhões. O giro foi inflado pelo vencimento de opções sobre ações, que movimentou R$ 5,634 bilhões.
O dólar comercial subiu 0,18%, para R$ 3,285. O dólar à vista teve alta de 0,06%, para R$ 3,286
O dólar comercial subiu 0,18%, para R$ 3,285. O dólar à vista avançou 0,06%, para R$ 3,286
O Ibovespa, das ações mais negociadas, recuou 1,22%, para 83.848 pontos, de acordo com dados preliminares
A Bolsa brasileira agora cai 1,20%, para 83.871 pontos
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Atualizado em 26/11/2024 | Fonte: CMA | ||
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