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A Bolsa brasileira cai 0,71%, para 84.165 pontos
Os preços do petróleo sobem nesta sexta-feira após o ministro de Energia da Arábia Saudita dizer que a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) precisa continuar coordenando cortes de oferta com aliados, incluindo a Rússia, em 2019.
O barril do WTI sobe 1,74%, para US$ 65,42. O barril do Brent, de Londres, avança 1,83%, para US$ 70,17
O dólar comercial recua 0,18%, para R$ 3,304. O dólar à vista avança 0,07%, para R$ 3,303
23/03 - Boa tarde! A Bolsa brasileira sobe 0,19%, para 84.931 pontos
A cobertura de mercado financeiro da Folha termina por aqui! Até amanhã! Boa noite!
Depois de oscilar entre altas e baixas ao longo do dia, o Ibovespa, índice que reúne as ações de maior liquidez na Bolsa brasileira, fechou em baixa de 0,25%, a 84.767,88 pontos. O giro financeiro somou R$ 10 bilhões.
Na quarta (21), o Banco Central cortou a Selic (taxa básica de juros) para 6,5%, num movimento já esperado pelo mercado, mas surpreendeu ao indicar que outra redução em maio era possível.
A notícia é boa para o mercado de ações, porque, com juros baixos, os investidores procuram maior rentabilidade para seus ativos, mas foi ofuscada pelo mau humor no exterior.
"O dia foi muito volátil e traduziu grande indecisão dos investidores. No Brasil, isso se atrela ainda a incertezas políticas e até jurídicas", diz Alexandre Wolwacz, sócio-fundador do Grupo L&S.
Ele se refere ao julgamento do habeas corpus de Lula no STF (Supremo Tribunal Federal), que foi adiado no início da noite desta quinta e evita a prisão do ex-presidente até 4 de abril.
O CDS (credit default swap, espécie de termômetro de risco-país) subiu 3,53%, para 166,122 pontos.
Das 64 ações do Ibovespa, 33 caíram e 31 subiram.
Papéis do varejo lideraram as altas. A BR Malls subiu 4,35%, a Lojas Americanas, 3,67% e as ações do Iguatemi tiveram alta de 3,18%.
"O viés do juro, de mais uma queda, foi o ponto-chave para o setor de consumo hoje", observa Aldo Moniz, analista da Um Investimentos.
Ele aponta ainda volatilidade no setor siderúrgico. Nesta quinta, os Estados Unidos disseram oficialmente que as tarifas de importação ao aço brasileiro seriam suspensas enquanto os governos dos países negociam.
A Gerdau liderou as perdas no Ibovespa, caindo 3,88%, seguida por sua holding controladora, a Metalúrgica Gerdau, que perdeu 3,47%.
Com quedas menores, a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) recuou 2,03%, e Vale, 1,34%.
As ações da Petrobras caíram 1,5% (preferencial) e 0,55% (ordinária), acompanhando as perdas do petróleo no exterior.
No setor financeiro, os papéis do Itaú Unibanco caíram 0,32%. As ações preferenciais do Bradesco se valorizaram 0,61%, e as ordinárias subiram 1,5%. O Banco do Brasil recuou 1,8%, e as units -conjunto de ações- do Santander Brasil perdem 0,29%.
A fuga de risco que deu o tom pelo mundo afetou também a cotação da divisa norte-americana em relação ao real.
O dólar comercial fechou em alta de 1,25%, a R$ 3,31. O dólar à vista subiu 0,58% cotado a R$ 3,30.
"Uma guerra comercial influencia diretamente o dólar. Ele se valorizou entre as principais moedas do mundo e vemos que, depois de ficar muito tempo sem conseguir definir uma tendência, apresenta maior força compradora para os próximos dias", diz Wolwacz.
O dólar se valorizou nesta quinta ante 13 das 31 principais moedas mundiais.
Boas para o mercado de ações, taxas de juros mais baixas não são igualmente benéficas para o câmbio.
Com juros menores, o Brasil diminui seu diferencial atrativo para estrangeiros, que buscam outros países para aplicar seu dinheiro.
"O aumento dos juros nos Estados Unidos, de uma forma ou de outra, atrapalha um pouco o plano dos emergentes. Estamos ficando com um juro mais realista, e alguns apelos que o Brasil tinha diminuem, disseminando o desinteresse [do estrangeiro] para vir para o país", diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.
O anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, definindo tarifas bilionárias aos produtos chineses fez as bolsas de Nova York despencarem nesta quinta-feira (22), e as fortes perdas em Wall Street ofuscaram as boas notícias sobre juros para o mercado acionário brasileiro. Pressionado, o dólar registrou a maior alta ante o real em sete semanas.
O Dow Jones, índice das ações mais negociadas de Nova York, fechou com queda de 2,93%. O S&P 500 caiu 2,52%, e o Nasdaq, 2,43%. O anúncio contaminou também a Europa, com a Bolsa de Londres fechando em baixa de 1,23%, a de Frankfurt caindo 1,7% e Paris recuando 1,38%.
O temor é que a postura protecionista do governo americano desencadeie uma guerra comercial global. A China já sinalizou que reagirá às tarifas de Trump e disse que considera abrir uma reclamação na OMC (Organização Mundial do Comércio), mas não descartou outras opções de resposta.
O dólar comercial fechou em alta de 1,25%, cotado a R$ 3,31. O dólar à vista subiu 0,17%, a R$ 3,306.
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Atualizado em 26/11/2024 | Fonte: CMA | ||
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