Siga a movimentação do mercado financeiro, análises de especialistas e os principais destaques econômicos que podem influenciar seus investimentos.
acompanhe
"Há esse temor de uma guerra comercial e algumas manobras já começam a aparecer para enfraquecer o governo Trump. Se ele sair, os mercados devem dar uma corrigida, porque as empresas e indústrias consideram bom o plano de reforma tributária dele", avalia Alexandre Wolwacz, sócio-fundador do Grupo L&S. "Se essa desoneração for revista, tudo pode recuar."
No mercado brasileiro, a instabilidade também contou com o fator incerteza política, um dia após o STF (Supremo Tribunal Federal) adiar até 4 de abril o julgamento do habeas corpus pedido pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Até lá, uma liminar proíbe a prisão do petista.
"Há uma ressaca do julgamento de quinta. Não é novidade dizer que o mercado não deseja sequer uma possibilidade de candidatura do ex-presidente, e também não quer ter uma incerteza jurídica", ressalta Wolwacz.
Para Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe da casa de análises Levante, a reação do mercado é natural. "A gente saiu da discussão sobre as tarifas sobre aço e alumínio, que estava derretendo os mercados. Teve um dia positivo após o banco central americano subir juros, e depois vem essa medida. Retaliação para todos os lados, não está com cara de que vai melhorar muito", diz
As atenções se voltaram, pelo segundo dia, à cada vez mais concreta guerra comercial entre Estados Unidos e China. As preocupações tomaram corpo na quinta (23), quando o governo americano impôs tarifas sobre US$ 60 bilhões em produtos chineses, o que equivale a 10% das exportações do gigante asiático aos EUA.
Em resposta, a China indicou que pode retaliar US$ 3 bilhões em produtos importados dos Estados Unidos para equilibrar as tarifas impostas pelo governo americano.
As movimentações dos dois países aumentam a aversão de investidores a risco. Como resposta, os principais indicadores americanos tiveram a pior queda semanal desde janeiro de 2016. O Dow Jones recuou 5,67% nesta semana, oS&P 500 caiu 5,95% e o índice da Nasdaq perdeu 6,54%.
Na Europa, os mercados fecharam em baixa nesta sexta, refletindo o temor com o conflito entre EUA e China. A Bolsa de Londres caiu 0,44%. Paris se desvalorizou 1,39%, e Frankfrut teve baixa de 1,77%. Madri (-0,99%), Milão (-0,49%) e Lisboa (-0,43%) tiveram perdas também
A probabilidade cada vez maior de uma guerra comercial entre Estados Unidos e China afetou os mercados acionários globais pelo segundo dia e contaminou a Bolsa brasileira, que teve um dia de forte instabilidade. O dólar fechou em alta e encostou em R$ 3,32.
O Ibovespa, índice das ações mais negociadas, recuou 0,46%, para 84.377 pontos. Na semana, a queda foi de 0,60% -a segunda desvalorização semanal seguida. O volume financeiro negociado foi de R$ 10,3 bilhões. A média diária de março está em R$ 11,3 bilhões.
O dólar comercial subiu 0,27%, para R$ 3,319. É o maior valor desde 22 de dezembro de 2017. Na semana, subiu 1,2%. O dólar à vista subiu 0,14%, para R$ 3,306
O dólar comercial fechou em alta de 0,27%, para R$ 3,319. O dólar à vista avançou 0,14%, para R$ 3,306
A Bolsa brasileira caiu 0,49%, para 84.356 pontos
Mercados acionários europeus caem com temores de guerra comercial
Os mercados acionários europeus recuaram nesta sexta-feira, com o setor automotivo e de recursos básicos pressionados por uma onda de vendas generalizadas desencadeada por crescentes preocupações de que as tarifas americanas de até US$ 60 bilhões sobre importações chinesas poderiam aumentar.
O índice FTSEurofirst 300 caiu 0,96%, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 0,9%, terceiro dia de queda, puxada pelo recuo da maioria dos setores.
Todos os olhos estavam na resposta da China, que instou os Estados Unidos na sexta-feira a "retroceder" e revelou seus próprios planos para impor tarifas sobre até US$ 3 bilhões em importações norte-americanas.
Apesar dos riscos de que as tarifas possam desencadear uma guerra comercial, alguns investidores disseram que ainda não esperam que isso aconteça, destacando que as medidas de retaliação anunciadas pela China permanecem relativamente brandas.
A cautela, no entanto, levou os investidores para ações defensivas, como as de concessionárias de serviços públicos e as de telecomunicações, consideradas menos expostas à deterioração do comércio global.
Ainda na frente tarifária, as taxas norte-americanas anunciadas anteriormente sobre as importações de aço e alumínio entrarão em vigor nesta sexta-feira, mas mais países, incluindo a União Europeia, obtiveram uma isenção temporária.
"Em teoria, seria uma notícia reconfortante, mas na realidade corre o risco de tornar o confronto entre os EUA e a China mais duro", disse o gerente de fundos da JCI Capital, Alessandro Balsotti.
Entre as companhias expostas às tarifas de aço e alumínio, as ações das montadoras Fiat Chrysler e BMW caíram, assim como as da fabricante de tubos de aço Tenaris e as da ThyssenKrupp.
Em Londres, o índice FTSE-100 recuou 0,44%. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 1,77%.
Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 1,39%. Em MILÃO, o índice FTSE/MIB teve desvalorização de 0,49%.
Em Madri, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,99%. Em Lisboa, o índice PSI-20 se desvalorizou 0,57%
A Bolsa brasileira agora sobe 0,66%, para 85.330 pontos
O Dow avançava com ganhos nas ações da Nike nesta sexta-feira, enquanto a Nasdaq tem queda, à medida que o setor de tecnologia segue sob pressão e prejudicado pelas perdas nos papéis de chips lideradas pela Micron Technology.
O Dow Jones tem alta de 0,09%. O S&P 500 cai 0,11%, e a Nasdaq perde 0,55%
O dólar comercial agora se valoriza 0,03%, para R$ 3,311. O dólar à vista ganha 0,28%, para R$ 3,310
As ações da empresa de armazenamento de dados Dropbox disparam 47,86% nesta sexta-feira, na estreia dos papeis no mercado e marcando a maior oferta pública inicial de ações de uma empresa americana de tecnologia em mais de um ano.
A estreia da Dropbox marca um fim para um longo jejum no mercado norte-americano de IPOs de empresas de tecnologia. A última empresa dos EUA que valia mais de US$ 1 bilhão e que abriu seu capital no mercado foi a produtora do aplicativo Snapchat, Snap, em março do ano passado.
vídeos
notícias
Indicadores
Atualizado em 26/11/2024 | Fonte: CMA | ||
Bovespa | +0,19% | 129.293 | (10h04) |
Dolar Com. | -0,23% | R$ 5,7895 | (10h03) |
Euro | 0,00% | R$ 6,085 | (10h02) |