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Os três principais índices acionários dos Estados Unidos fecharam em alta nesta quinta-feira após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aparentar ter suavizado sua postura sobre as tarifas comerciais, reduzindo preocupações sobre uma guerra comercial que deixou o mercado aflito por uma semana.
O Dow Jones subiu 0,38%, para 24.895 pontos, o S&P 500 avançou 0,45%, para 2.738 pontos, e o Nasdaq avançou 0,42%, para 7.427 pontos
O CDS (credit default swap, espécie de termômetro de risco-país) subiu 0,03%, para 152,1 pontos.
No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados tiveram queda. O DI para abril deste ano caiu de 6,569% para 6,568%. O DI para janeiro de 2019 caiu de 6,450% para 6,445%
O dólar ganhou força ante 27 das 31 principais moedas do mundo.
O Banco Central ainda não anunciou intervenção no mercado de câmbio. Em abril, vencem US$ 9,029 bilhões em swaps cambiais tradicionais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro)
As ações mais negociadas da Petrobras subiram 0,14%, para R$ 21,70. Os papéis ordinários tiveram alta de 0,13%, para R$ 23,39.
A alta ocorreu apesar da queda dos preços do petróleo, que recuou com o fortalecimento do dólar e sinais de aumento nos estoques no polo de armazenamento americano de Cushing, aumento da produção dos EUA e preocupações dos investidores sobre uma potencial guerra comercial.
No setor financeiro, o Itaú Unibanco recuou 0,69%. As ações preferenciais do Bradesco perderam 1,31%, e as ordinárias se desvalorizaram 1,61%. O Banco do Brasil subiu 0,53%, e as units -conjunto de ações- do Santander Brasil caíram 0,36%
Das 64 ações do Ibovespa, 39 caíram, 22 subiram e três fecharam estáveis.
A CSN foi a maior baixa, seguida pela Qualicorp, que recuou 4,81%. A Bradespar teve baixa de 3,35%.
Na ponta positiva, a Fibria teve alta de 6,53%, após a empresa anunciar aumento dos preços da celulose vendida para mercados na América do Norte, Europa e Ásia a partir de abril. Informações da agência Reuters também indicam que a empresa estaria negociando com a Suzano uma possível fusão. A Suzano avançou 3,64% impulsionada pela notícia
Ainda no exterior, o Banco Central Europeu manteve a taxa básica de juros na zona do euro e retirou a promessa de aumentar os estímulos se necessário, em meio à sinalização de que a economia da região está melhorando.
O BCE informou que pode prorrogar seu programa de compra de títulos de € 2,55 trilhões além de setembro, se achar necessário, mas omitiu a referência a compras maiores, sinal de que continua no curso para encerrar o esquema de estímulo de três anos antes do final de 2018.
Aqui, os investidores acompanharam ainda a movimentação política. Partidos que formam a base do governo Michel Temer sinalizaram nesta quinta apoio à pré-candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) ao Palácio do Planalto
A CSN teve a maior desvalorização nesta quinta: caiu 5,08% -imediatamente antes do anúncio, a perda era de 3,5%. A Gerdau recuou 4,18%. A Usiminas se desvalorizou 2,13%, e a Metalúrgica Gerdau teve baixa de 2,56%.
O anúncio também teve impacto nos preços do minério de ferro. Desde 1º de março, a mineradora Vale já perdeu R$ 18,97 bilhões em valor de mercado -o que equivale a uma desvalorização de 8% de suas ações. Nesta quinta, os papéis recuaram 3,24%, para R$ 41,46.
"As siderúrgicas buscaram um equilíbrio a semana inteira, em meio às sinalizações de Trump de que ele iria abrir tarifas seletivas para outros países. O protecionismo não é bom para ninguém, nem para os EUA", afirma Alvaro Bandeira, economista-chefe da Modalmais.
"Prevalece o estresse com a decisão de Trump de impor tarifas de importação para produtos de aço e alumínio, e principalmente no fato de redundar em guerra comercial", complementa
A oficialização das tarifas impostas à importação de aço e alumínio agravou a queda das ações de siderúrgicas, que operaram em baixa durante a sessão inteira.
Trump excluiu inicialmente Canadá e México da medida, por causa da renegociação do Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte). O Brasil, segundo maior exportador de aço aos Estados Unidos, não foi poupado. As tarifas passam a valer em 15 dias.
Desde 1º de março, quando o americano Donald Trump anunciou a medida, CSN, Usiminas e Gerdau acumulam perda de R$ 4,3 bilhões em valor de mercado. Somente nesta quinta, a desvalorização conjunta foi de R$ 1,8 bilhão
A oitava queda seguida da mineradora Vale e os papéis de siderúrgicas pressionaram a Bolsa brasileira nesta quinta-feira (8), em meio à oficialização, por parte do americano Donald Trump, da imposição de tarifas à importação de aço e alumínio ao país. O dólar subiu para R$ 3,26.
O Ibovespa, índice das ações mais negociadas, fechou em baixa de 0,58%, para 84.984 pontos. O volume financeiro foi de R$ 10,95 bilhões, em linha com a média diária de março, que está em R$ 10,98 bilhões.
O dólar comercial subiu 0,64%, para R$ 3,265. O dólar à vista teve alta de 0,54%, para R$ 3,261
A Bolsa brasileira fechou em baixa de 0,74%, para 84.847 pontos, de acordo com dados preliminares
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Atualizado em 27/11/2024 | Fonte: CMA | ||
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