Os deputados e senadores elegeram os peemedebistas Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros neste domingo (1º) para ocupar a presidência da Câmara e do Senado. A eleição de Cunha já no primeiro turno representa uma derrota histórica do Palácio do Planalto, que vê a Câmara parar na mão de aliado incômodo. O PT havia tentado emplacar o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). Também disputaram Júlio Delgado (PSB-MG) e Chico Alencar (PSOL-RJ). No senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) se reelegeu após disputa com um colega do próprio partido: derrotou Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) por 49 votos contra 31. Ambos os mandatos duram dois anos.
Os quatro candidatos à presidência da Câmara já registraram as candidaturas.
Os quatro candidatos à presidência da Câmara terão direito a um discurso de 10 minutos durante a votação.
Os coordenadores de Cunha, que concorre à presidência da Câmara, nem saíram para almoçar. O líder do PMDB distribuiu um misto-quente para os aliados matarem a fome.
No Senado, Luiz Henrique, candidato à presidência, faz discurso com apelo pela mudança. "Não se pode aprisionar o sentimento de mudança. Esse sentimento vem das ruas", disse. Ele concorre ao cargo contra o Senador Renan Calheiros (PMDB-AL) atual presidente do Senado.
Gabinete de Cunha fervilha. Paulinho, da Força Sindical, quer um cargo de suplência do comando da Câmara, mas o PSC, do ex-presidenciável Pastor Everaldo, também quer o cargo. (Foto: Ranier Bragon/Folhapress)
Renan Calheiros assistiu ao discurso do colega Luiz Henrique da primeira fileira de cadeiras do plenário do Senado.
Renan faz agora um discurso focado na sua gestão. Lembra melhoria de benefícios para senadores e funcionários e medidas tomadas para economizar.
"O Senado não se acovardou. Ouvimos as ruas. O Brasil pediu um legislativo mais ágil e nós ouvimos", disse Renan.
Pastor Everaldo, do PSC, no gabinete de Eduardo Cunha. (Foto: Ranier Bragon/Folhapress)
Em seu discurso no Senado, Renan Calheiros explicou ainda o motivo de ter formalizado sua candidatura apenas na reta final. "Tive cautela, como presidente, de não precipitar as coisas. Não seria respeitoso com os novos senadores fazer essa discussão antes", disse.