Policiais militares usaram bombas, no início da noite desta terça-feira (12), contra manifestantes que se concentravam na região da Paulista para novo ato contra o aumento das passagens ônibus, trem e metrô em São Paulo.
O tumulto aconteceu quando os PM impediram os manifestantes, que estavam na praça do Ciclista, de descer em passeata pela avenida Rebouças. Com as bombas, os manifestantes se dispersaram por ruas da região.
Diversas pessoas se feriram durante o ato. De acordo com o Passe Livre, 25 foram encaminhadas para o Hospital das Clínicas e três para a Santa Casa. Não há relatos de policiais feridos.
De acordo com o secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, oito pessoas foram detidas e outras três identificadas. Ao menos três dessas detenções ocorreram antes mesmo do início do ato. A polícia disse ter apreendidos bombas caseiras, tesoura, soco inglês e uma corrente.
O reajuste das tarifas foi anunciado pelas gestões Fernando Haddad (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) passou vigorar a partir do último sábado (9) --a passagem subiu 8,6%, de R$ 3,50 para R$ 3,80, abaixo da inflação oficial (10,7%).
PM usa bombas contra manifestantes na avenida Paulista (Zanone Fraissat/Folhapress).
Não há sinais de depredação na região da avenida Paulista. Também não há informações sobre policiais feridos. Ao menos três manifestantes precisaram de atendimento médico.
Um manifestante teve um ferimento na cabeça após, segundo ele, ser atingido por um policial com um cassetete. Uma grande quantidade de sangue escorreu pelo rosto do metroviário Eber Veloso Carlos. Eu estava parado quando um PM me deu um golpe com o cassetete na cabeça", disse o jovem.
A Polícia Militar afasta os jornalistas de perto dos manifestantes. Os policiais militares usam muitas bombas contra as pessoas que estão nas vias da região, inclusive pedestres que passam pela região, que não participam do ato, e jornalistas.
Os manifestantes estavam represados na praça do Ciclista , na esquina da avenida Paulista, quando os policiais começaram a jogar bombas de gás lacrimogêneo e efeito moral contra eles.
AGORA: Dois detidos com artefatos explosivos. pic.twitter.com/KivT7MrTaV
— POLÍCIA MILITAR - SP (@PMESP) 12 janeiro 2016
A Polícia Militar usa bombas contra os manifestantes que se concentravam antes de começar o protesto contra o aumento das tarifas em São Paulo.
entendem também que a pm está atraindo a manifestação para uma cilada, para onde a PM está fortemente organizada para repressão.
— MPL - São Paulo (@mpl_sp) 12 janeiro 2016
PM quis forçar um novo trajeto (Consolação até República), mas os manifestantes entendem que isso é uma violência política arbitrária.
— MPL - São Paulo (@mpl_sp) 12 janeiro 2016
A PM disse que o trajeto proposto pelo MPL não será permitido porque os manifestantes não informaram o trajeto com antecedência.