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13/11/2013 - Bom dia! Bolsas asiáticas atingiram mínimas em seis semanas nesta quarta-feira visto que sinais mistos de autoridades do banco central dos Estados Unidos levantaram novas preocupações acerca de uma redução iminente de seu estímulo
O Folhainvest encerra o acompanhamento do mercado hoje. Boa noite!
Ação do Banco do Brasil fecha em queda de 5,3% e ajuda a puxar Bolsa para baixo. O banco público divulgou pela manhã um lucro líquido de R$ 2,70 bilhões no terceiro trimestre, praticamente igual ao ganho de R$ 2,73 bilhões visto um ano antes. o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira fechou esta terça-feira (12) em queda de 1,55%, a 51.804 pontos. A perspectiva de que o Fed (banco central americano) pode começar a cortar seu estímulo à economia dos Estados Unidos já em dezembro também pesou negativamente no mercado. No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou o dia em leve queda de 0,04% em relação ao real, cotado em R$ 2,334 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, subiu 0,17%, também a R$ 2,334. A cotação da moeda teve um dia instável, com pressão da perspectiva de corte no estímulo americano ainda em 2014 --o que restringiria a oferta de dólares nos emergentes--, mas com alívio do início da rolagem dos contratos de swap cambial tradicional que vencem em 2 de dezembro, com a venda de 20 mil contratos por US$ 988,1 milhões. "O Banco Central do Brasil adicionou preocupação aos investidores por não fornecer mais detalhes sobre a rolagem dos contratos de swap cambial [equivalentes à venda de dólares no mercado futuro] que vencem em dezembro. Além dos contratos rolados hoje, outros US$ 9 bilhões ainda permanecem com data de vencimento para o próximo mês", diz Guilherme Prado, especialista em câmbio da Fitta DTVM.
Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,54%, para 19.005 pontos; em Madri, o índice Ibex-35 caiu 0,84%, para 9.707 pontos; em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em baixa de 0,12%, para 6.383 pontos
Em Londres, o índice Financial Times fechou em queda de 0,02%, a 6.726 pontos; em Frankfurt, o índice DAX perdeu 0,34%, para 9.076 pontos; em Paris, o índice CAC-40 cedeu 0,61%, para 4.263 pontos
As ações europeias fecharam em queda nesta terça-feira, com novos resultados corporativos fracos freando um avanço que impulsionou o índice que compila o desempenho das principais Bolsas da zona do euro para máxima de cinco anos na semana passada
"A alta da Selic, que deve atrair mais investimentos externos para o Brasil, e os recursos do pré-sal podem influenciar o câmbio de uma forma secundária. Esse efeito de alívio, no entanto, não será suficiente para conter a pressão negativa de um corte no estímulo pelo BC americano", diz Guilherme Prado, especialista em câmbio da Fitta DTVM
"Além da incerteza em relação à política do Fed [banco central americano], o Banco Central do Brasil adiciona preocupação aos investidores por não fornecer mais detalhes sobre a rolagem dos contratos de swap cambial [equivalentes à venda de dólares no mercado futuro] que vencem em dezembro. Hoje, a autoridade rolou US$ 988,1 milhões desses contratos, mas outros US$ 9 bilhões ainda permanecem com data de vencimento para o próximo mês", diz Guilherme Prado, especialista em câmbio da Fitta DTVM
"A alta recente do dólar começou com o índice de emprego dos EUA, que veio melhor que o esperado mesmo com a paralisação do governo americano em outubro. O mercado trabalha com a possibilidade de o Fed [banco central americano] começar a reduzir seu programa de estímulo já em dezembro, o que pressionaria a cotação do dólar no mundo todo", diz Guilherme Prado, especialista em câmbio da Fitta DTVM
"Com o mau humor externo, as ações mais ligadas ao cenário internacional, como siderúrgicas, estão entre as que mais sofrem perdas nesta tarde. A Petrobras também cai, e pressiona a Bolsa, depois que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o reajuste nos preços dos combustíveis não está na pauta da reunião do Conselho de hoje", diz João Brügger, analista da Leme Investimentos