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Centrais e movimentos sociais protestam contra reformas de Temer
Manifestantes realizaram atos contra reforma da Previdência e novas regras da terceirização do trabalho em cidades brasileiras.
As centrais e movimentos criticam a proposta do governo para a Previdência, que estabelece que o brasileiro poderá se aposentar só depois de completar 65 anos de idade e 25 anos de contribuição. Para ter direito ao benefício integral, será necessário somar 49 anos de contribuição com a Previdência.
Para facilitar a aprovação, o governo retirou servidores estaduais e municipais da reforma da Previdência.
Os movimentos também criticam o projeto de terceirização aprovado pela Câmara e sancionado pelo presidente Michel Temer na noite desta sexta.
Em São Paulo, o ato ocorreu nesta tarde na avenida Paulista. Os manifestantes caminharam até a praça da República.
Houve manifestações também em outras capitais, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte (MG) e Curitiba (PR).
Marlene Bergamo/Folhapress | |
CUT, CTB e Intersindical promovem atos contra reformas da Previdência, trabalhista e terceirização |
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Em Minas, organizadores ainda não passam estimativa de público
Em Belo Horizonte, público presente na Praça da Estação engrossa o protesto que acaba de chegar ao local. Ainda não há estimativa de público.
Carolina Linhares/Folhapress Público presente na Praça da Estação, em BH Protesto critica 'sindicato dos terceirizados'
Em São Paulo, parte dos manifestantes pararam no cruzamento com a rua 7 de abril, em frente ao Vale do Anhangabaú. Os manifestantes denunciam uma suposta tentativa de criação de um sindicato de trabalhadores terceirizados, que atribuem ao deputado Paulinho da Força (SD-SP), presidente da Força Sindical, chamado de "pelego" e "golpista".
Segundo os organizadores, uma reunião para criação desse sindicato teria acontecido na rua 7 de abril. "A tentativa de golpe que aconteceu aqui hoje é contra a classe trabalhadora. Eles querem criar um sindicato para representar os trabalhadores precarizados que estão criando no Congresso Nacional. Isso é coisa de pelego, de sindicato que só sabe viver de imposto sindical", diz a presidente do sindicato dos bancários, Juvandia Leite.
A segunda parte do ato passa agora pelo Theatro Municipal em direção à Praça da República.
Menos de mil participam de ato em Curitiba
Em Curitiba (PR), a manifestação contra a reforma da Previdência reúne pouco menos de 1.000 pessoas, segundo os organizadores, na praça Carlos Gomes, no centro. A maior mobilização ocorreu pela manhã, na Assembleia Legislativa, onde uma audiência pública debateu o tema e reuniu centenas de militantes e sindicalistas.
Na ocasião, deputados e políticos convidados, entre eles, os senadores Roberto Requião (PMDB-PR), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Paulo Paim (PT-RS) e o ex-ministro da Previdência Carlos Gabas, protestaram contra a proposta do presidente Michel Temer (PMDB).
Aos gritos de "Fora, Temer" e "Não aceitaremos nenhum direito a menos", os manifestantes, a maior parte ligados a centrais sindicais, vestiam camisetas verde e amarelas, com a frase "Todos contra o fim da aposentadoria".
Agora à noite, integrantes de movimentos sociais também se unem ao grupo. Dois carros de som estão na praça, e há programação de discursos e apresentações musicais ao longo da noite.
Protesto no Rio também tem mascarados
Assim como ocorre em São Paulo, grupos de mascarados com bandeiras anarquistas também participam do ato no Rio de Janeiro. Eles criticam a Polícia Militar e o presidente Michel Temer.
Luiza Franco/Folhapress Mascarados com bandeiras anarquistas protestam no Rio Em São Paulo, o ato se separa em dois
Parte dos manifestantes seguiu para o Largo do Paissandu, no centro. Outra parte segue para a Praça da República, também na região central. Os dois grupos voltaram a se juntar na Praça da República.
Os organizadores estimam o público em 50 mil pessoas. A Polícia Militar informou que não vai divulgar estimativa de participantes.
Em Minas Gerais, ato reúne milhares de pessoas
Em Belo Horizonte, o ato convocado pelas centrais sindicais chega ao centro depois de deixar a Assembleia Legislativa há uma hora. O movimento ocupou somente uma das faixas das avenidas pelas quais passou, apesar de reunir milhares de pessoas.
Também nesta sexta houve paralisação dos servidores municipais e uma assembleia da CUT. O protesto segue rumo à Praça da Estação.
Carolina Linhares/Folhapress Em Belo Horizonte, ato reúne milhares de manifestantes No Rio, manifestantes protestam na avenida Rio Branco
Ato contra as reformas da Previdência e trabalhista ocupa sete quarteirões da avenida Rio Branco, uma das principais vias do centro do Rio de Janeiro. Os manifestantes caminham em direção à Cinelândia.
Organizadores ainda não fizeram estimativa de público. A polícia militar não divulga números de manifestações no Estado.
Luiza Franco/Folhapress No Rio, o ato ocupa sete quarteirões da avenida Rio Branco Gritos de 'Lula traidor'
No ato, manifestantes que se identificam como anarquistas puxam o grito "Lula é traidor".
Esses manifestantes fazem parte de um público claramente diferente dos demais, mais jovens. Eles não falam sobre reforma da previdência. Gritam também "Trabalhador, preste atenção, a nossa luta é por saúde e educação" e contra o sistema eleitoral.
O protesto chega agora à praça Roosevelt, no final da rua da Consolação. Os manifestantes seguem em direção ao Theatro Municipal.
Ato ocupa faixa da rua da Consolação
Os mascarados ocupam faixa da rua da Consolação, no meio dos carros. O resto dos manifestantes não se une a eles e seguem ocupando a faixa fechada.
Os manifestantes nos meios dos carros usam gritos que foram popularizados nas manifestações do MPL (Movimento Passe Livre), como "motorista, cobrador, me diz aí se seu salário aumentou". Por enquanto, não há presença policial acompanhando o ato.
Angela Boldrini/Folhapress Manifestantes nos meios dos carros na rua da Consolação Protesto tem menos diversidade de manifestantes
O público do protesto é menos diverso do que o do dia 15 de março. Nesta sexta, a maioria dos participantes pertence e partidos e movimentos organizados de esquerda.
Alguns manifestantes usavam adesivo em que prometem ir a Curitiba (PR) no dia 3 de maio, dia marcado para o depoimento do ex-presidente Lula.
Fernanda Perrin/ Folhapress Muitos manifestantes prometem ir a Curitiba contra a prisão do ex-presidente Lula
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