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Por 38 a 27 votos, comissão aprova relatório pró-impeachment
A comissão do impeachment da Câmara aprovou nesta segunda-feira (11) relatório favorável ao afastamento de Dilma Rousseff. Agora, a votação segue para o plenário da Casa, que irá decidir se abre o processo de impedimento.
O parecer do relator Jovair Arantes teve 38 votos favoráveis e 27 votos contrários. Eram necessários 33 votos favoráveis ao relatório para que ele fosse aprovado, mas, independentemente do resultado, a palavra final sobre a abertura da ação é do plenário da Câmara.
Para que a ação seja enviada ao Senado, são necessários 342 votos dos 513 deputados. A votação está prevista para o próximo dia 17.
A votação, que estava prevista para 17h, só começou às 20h30. Foi aberta oportunidade para discursos dos líderes dos 25 partidos e os dois líderes da minoria e da maioria.
O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, responsável pela defesa da presidente Dilma Rousseff, disse horas antes da votação que o parecer apresentado era uma "peça de absolvição histórica da presidente".
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Em nota divulgada nesta segunda-feira (11), a Rede Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silva, aderiu ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. A sigla afirma que, após debates internos, a maioria dos integrantes da direção nacional entende que "existem elementos que justificam a admissibilidade do processo contra a presidente Dilma" na Câmara dos Deputados.
Neste momento, o deputado Rubens Bueno (PR) fala pelo PPS. Ele disse que o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, apresentou uma "peça cínica" na defesa de Dilma Rousseff. Mais cedo, Cardozo afirmou que o relatório contra Dilma é "peça de absolvição" da presidente.
O PMDB do Rio decidiu apoiar a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. A decisão, tomada no fim de semana, foi comunicada ao vice-presidente Michel Temer nesta segunda-feira (11) pelo presidente regional da sigla, Jorge Picciani, em encontro na capital fluminense.
O líder do PP na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB), reafirmou, nesta segunda (11), seu voto contra o afastamento da presidente Dilma Rousseff. "Crime de responsabilidade é algo tão grave que não pode haver dúvida, por menor que seja, apenas certezas. Não é o presente caso", disse Ribeiro.
O deputado Arnaldo Faria Sá (SP) fala pelo PTB, mesmo partido do relator Jovair Arantes (GO)
Após a fala destinada ao PP, usada pelo deputado Aguinaldo Ribeiro (PB), e ao PSD, usada por Marcos Montes (MG), agora discursa Fernando Coelho (PE), pelo PSB.
Em sua fala, o líder da bancada do PT, Afonso Florence (BA), afirmou que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) cometeu alta traição em relação a Dilma Rousseff e que, se assumir o poder, irá acabar com programas sociais. Dizendo ter chegado a essas conclusões por meio de entrevistas e manifestações que ouviu, Florence afirmou ainda que o PMDB e a oposição não vão ter "sossego" caso o Congresso aprove o impeachment de Dilma.
Danilo Forte (PSB-CE) reclama que José Eduardo Cardozo tentou desqualificar o trabalho do relator Jovair Arantes. "As provas são irredutíveis. Cardozo devia questionar não o relator, mas o Banco Central", diz.
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), em sua fala, diz que "a constituição deve imperar nesse momento" e pede ao presidente da comissão que "faça cumprir a legislação".
O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, responsável pela defesa da presidente Dilma Rousseff disse, horas antes da votação do relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que o parecer apresentado pelo parlamentar é a "peça de absolvição histórica da presidente".