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CPI da Covid ouve lobista ligado a empresa do caso Covaxin; acompanhe

A CPI da Covid ouve nesta quarta-feira (15) o lobista Marconny Albernaz de Faria, apontado como um intermediário da Precisa Medicamentos.

A Precisa Medicamentos está no centro das investigações da CPI por suspeita de irregularidades nas negociações da vacina indiana Covaxin. O Ministério da Saúde decidiu encerrar o contrato de R$ 1,6 bilhão com a empresa para a compra de 20 milhões de doses do imunizante.

Marconny mantinha relação com o núcleo familiar e uma advogada de Jair Bolsonaro, mostram mensagens enviadas à comissão. O material expõe eventos realizados na casa de Marconny, em Brasília, como churrascos e passeios de lancha.

  • 16h53 15.set

    CPI encerra sessão com depoimento de lobista

    O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), encerrou a sessão que ouviu o depoimento do lobista Marconny Albernaz de Faria.

  • 16h46 15.set

    Lobista reconhece negócios com advogada de Bolsonaro após ser ameaçado de prisão

    O lobista Marconny Albernaz de Faria reconheceu em depoimento à CPI da Covid que detém negócios com a advogada Karina Kufa, que representa o presidente Jair Bolsonaro.

    O depoente negou diversas vezes que tinha negócios com a advogada. Na última pergunta de senadores a respeito do tema, manteve a versão, mas foi confrontado com mensagens de WhatsApp que indicavam o contrário.

    As mensagens constam de inquérito no Ministério Público Federal, cujas informações foram compartilhadas com a CPI. Após ter mantido que não mantinha negócios com Kufa, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), ameaçou Marconny de prisão e deu oportunidade para que ele se retratasse.

    Marconny então assumiu que mantém os negócios, mas em seguida invocou seu direito ao silêncio.

    "O senhor esteve muito próximo de ter sido decretada [a prisão]. E só não ocorre porque não temos claros os termos do habeas corpus", afirmou Randolfe, referindo-se ao habeas corpus concedido pelo STF. (Renato Machado)

  • 15h43 15.set

    Presidente da CPI pede inclusão de chefe da CGU em relatório final por prevaricação

    O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), pediu que o ministro da CGU (Controladoria Geral da União), Wagner Rosário, seja incluído no relatório final da comissão, por ter prevaricado.

    O pedido surgiu após o depoente nesta quarta-feira (15), o lobista Marconny Albernaz de Faria, ter afirmado que foi alvo de uma operação no Pará, na qual a CGU teria participado.

    Os dados recolhidos pelas autoridades de segurança e compartilhados com a CPI mostram que o lobista tinha contato com o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias, exonerado após a Folha publicar reportagem que mostra um pedido de propina.

    "Então, veja bem, a CGU esteve na casa do doutor Marconny, juntamente com policiais, levaram farto material, mas não tomaram providência, não tomaram providência com o Roberto Dias. O Roberto Dias continuou lá negociando vacina", afirmou.

    "O que o Wagner Rosário, que é servidor público de carreira da Controladoria-Geral da União, não fez, prevaricou. E aí eu estou exigindo que o nome dele esteja dentro do relatório por ter prevaricado. A função dele é esta: é fiscalizar, é fazer operação", disse. (Renato Machado)

  • 15h34 15.set

    CPI convoca ex-mulher de Bolsonaro para prestar depoimento

    Os senadores da CPI da Covid aprovaram requerimento de convocação de Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro e mãe de um de seus filhos, Jair Renan.

    O requerimento de autoria de Alessandro Vieira (Cidadania-SE) não estava na pauta e foi incluído de última hora. A medida provocou protestos dos governistas.

    Senadores da CPI afirmam ter mensagens de conversas entre Ana Cristina e o lobista Marconny Albernaz de Faria, que depõe nesta quarta-feira (15). As mensagens mostrariam que a ex-mulher de Bolsonaro seria responsável por fazer indicações para cargos no governo.

    Questionado sobre o assunto, Marconny exerceu seu direito ao silêncio, por contar com um habeas corpus. (Renato Machado)

  • 14h47 15.set

    CPI reabre sessão com depoimento de lobista Marconny

    O vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), reiniciou a sessão do colegiado, que ouve o depoimento do lobista Marconny Albernaz de Faria.

  • 13h51 15.set

    CPI suspende sessão com depoimento de lobista Marconny

    O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), suspendeu por 40 minutos a sessão do colegiado que ouve o depoimento do lobista Marconny Albernaz de Faria.

  • 13h41 15.set

    Lobista se cala sobre atuação de ex-mulher de Bolsonaro em nomeações

    Em depoimento à CPI da Covid, o lobista Marconny Albernaz de Faria usou o seu direito ao silêncio, garantido por um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal, para não responder sobre a atuação de Ana Cristina Valle na indicação de pessoas para cargos no governo.

    Ana Cristina é ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro e mãe de um de seus filhos, Jair Renan Bolsonaro.

    O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse na sequência que não seria necessária a resposta do depoente, uma vez que a comissão já detém mensagens que mostram que Marconny encaminhava currículos para Ana Cristina, que em seguida levaria as indicações adiante.

    "A senhora Ana Cristina Bolsonaro, que acredito que tem que ser trazida a CPI, encaminha currículos de pessoas indicadas pelo senhor Marconny para ocupar cargos no governo federal", afirmou.

    "Essas pessoas, depois, tem tratativas com o senhor Marconny. Essa é uma das razões que a senhora Ana Cristina deve vir aqui. E fez bem o senhor Marconny em utilizar neste caso o direito constitucional de ficar calado", completou. (Renato Machado)

  • 12h44 15.set

    CPI aprova requerimento para saber quantas vezes lobista esteve no Senado

    Os senadores da CPI da Covid aprovaram requerimento para obter, da polícia legislativa, informações relativas a eventuais visitas do lobista Marconny Albernaz de Faria ao Senado.

    Os membros do colegiado querem saber quantas vezes Marconny esteve no Senado, a qual gabinete foi e quem autorizou a sua entrada.

    Em mensagem de texto obtida pela CPI, na qual trata da negociação de testes para detectar Covid-19, Marconny teria respondido que iria falar com um senador que poderia "desatar o nó".

    "Não sei quem é, não conheço", respondeu à CPI, quando questionado quem seria o senador citado na mensagem, e irritando os membros da comissão. (Renato Machado)

  • 12h32 15.set

    Marconny afirma ter relação de amizade com Renan Bolsonaro e confirma que o ajudou na abertura de sua empresa

    O lobista Marconny Albernaz de Faria afirmou que mantém uma relação de amizade com Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente da República Jair Bolsonaro. E também confirmou que o auxiliou na abertura de sua empresa.

    Reportagem da Folha mostrou troca de mensagens de WhatsApp entre Marconny e o filho do presidente, na qual tratam da abertura da empresa.

    "Bora resolver as questões dos seus contratos!! Se preocupe com isso. Como te falei, eu e o William estamos a sua disposição para ajudar te ajudar", disse o lobista na mensagem, ao que Renan responde:

    "Show irmão. Eu vou organizar com Allan a gente se encontrar e organizar tudo", afirmou o filho do presidente.

    Marconny disse à CPI que conheceu Renan por meio de amigos comuns, assim que o filho do presidente chegou a Brasília.

    "Ele queria criar uma empresa de influencer e aí eu só apresentei ele para um colega tributarista que poderia auxiliar na abertura dessa empresa", afirmou em seu depoimento à comissão.

    Além disso, ele negou que tivesse relação e negócios com a mãe de Jair Renan, Ana Cristina Valle. Marconny disse que a conheceu apenas quando apresentada pelo filho.

    Marconny também reconheceu que chegou a comemorar o seu aniversário em um camarote no estádio Mané Garrincha, em Brasília, de propriedade de Jair Renan Bolsonaro. (Renato Machado)

  • 12h13 15.set

    Em ato falho, Marconny vincula parte técnica da Precisa à fraude em licitação

    O lobista Marconny Albernaz de Faria negou que tenha atuado para prejudicar outras empresas em licitação para a compra de testes para detectar a Covid-19.

    O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), em seguida afirma ter informações de que houve atuação do depoente para fraudar a licitação para a compra dos equipamentos e questiona de quem partiu essa "arquitetura" de atuação. Ao que Marconny afirma que saiu da "parte técnica da Precisa".

    "As informações que nós temos demonstram que Marconny atuou para fraudar licitação da compra de testes de detecção da Covid, em associação com [sócio-diretor da Precisa] Francisco Maximiano, [diretor da Precisa] Danilo Trento e [ex-diretor de logística do Ministério da Saúde] Roberto Dias", afirmou o relator, antes de questionar:

    "Essa arquitetura é da sua cabeça, da cabeça do Maximiano ou da cabeça do Roberto Dias?", perguntou.

    "Isso foi enviado pela parte técnica da Precisa, senhor senador". (Renato Machado)

    Pedro França/Agência Senado
    Marconny presta depoimento aos integrantes da CPI da Covid
    Marconny presta depoimento aos integrantes da CPI da Covid