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Médica que caiu antes de ser anunciada no Ministério da Saúde fala à CPI da Covid; acompanhe

A CPI da Covid ouve nesta quarta-feira (2) a médica Luana Araújo, que chegou a ser anunciada em maio como secretária especial de Enfrentamento da Covid do Ministério da Saúde, mas teve sua indicação retirada dez dias depois.

O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), decidiu antecipar a oitiva de Luana para colher a versão dela sobre a saída do ministério e, em seguida, confrontar o ministro Marcelo Queiroga, que deve ser reconvocado a prestar novo depoimento.

Quando foi anunciada no cargo, Luana disse que pretendia adotar ações com base em evidências científicas. Formada em medicina pela UFRJ, tem residência em infectologia pela mesma instituição e é pós-graduada em epidemiologia pela Universidade Johns Hopkins (EUA).

À época, Queiroga negou que tenha havido pressão do Palácio do Planalto pela saída da médica.

  • 17h05 2.jun

    Sessão da CPI que ouviu médica Luana Araújo é encerrada​

    Terminou por volta das 17h a sessão da CPI da Covid que ouviu o depoimento da médica Luana Araújo, anunciada como chefe da Secretaria Extraordinária de Combate à Covid do Ministério da Saúde, mas que teve a nomeação barrada.

    A infectologista disse desconhecer a razão pela qual não foi nomeada. Para senadores, o depoimento atesta que o Ministério da Saúde não tem autonomia. A médica ainda afirmou que não há evidências científicas de eficácia do tratamento precoce contra a Covid. (Julia Chaib)

  • 16h09 2.jun

    'Com todo o respeito, a gente não pode insistir em algo que não é resolutivo', diz ex-secretária para senador defensor da cloroquina

    A ex-secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, Luana Araújo, rebateu os argumentos do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), principal defensor da hidroxicloroquina na CPI da Covid, e afirmou que não se pode insistir em algo que não é resolutivo.

    "Eu discordo veementemente que essa adoção [da hidroxicloroquina] tenha qualquer tipo de impacto [no enfrentamento da pandemia]. Lamento", afirmou a médica.

    Luana questionou o senador sobre qual o motivo de nenhuma entidade médica internacional ter recomendado a hidroxicloroquina se há evidências robustas, segundo o senador. Heinze tentou rebater afirmando que 28 países já têm protocolo para o medicamentos.

    "São mais de 200 países, senador. E os outros não usam", rebateu.

    A médica afirma que são importantes estudos que apontam eficácia da hidroxicloroquina, mas que estudos têm falhas e que por isso se considera uma análise com volume maior de evidências, antes de se adotarem procedimentos

    "Não sou contra evidências, quanto mais houver melhor. Mas o volume de evidências que a gente tem não indica o uso desses fármacos", afirmou

    Luana Araújo também lembrou que o virologista francês Didier Raoult —citado em todas as sessões por Heinze— já se retratou em algumas conclusões. (Julia Chaib e Renato Machado)

  • 15h09 2.jun

    Ex-secretária afirmou que não conheceu outro infectologista no Ministério da Saúde

    Em depoimento à CPI da Covid, a ex-secretária extraordinária de enfrentamento à Covid, Luana Araújo, afirmou que era a única infectologista no Ministério da Saúde no período em que atuou na pasta.

    "Eu desconheço o histórico anterior à minha presença, mas, no momento em que eu estava lá, eu não conheci outro colega infectologista que estivesse por ali", afirmou.

    Luana Araújo deixou o cargo apenas 10 dias após sua indicação. No depoimento, ela afirmou desconhecer os motivos que levaram ao seu desligamento, mas disse ter sido informada que seu nome "não passou na Casa Civil". (Julia Chaib e Renato Machado)

  • 13h50 2.jun

    CPI reabre sessão com depoimento da ex-secretária Luana Araújo

    A CPI da Covid retomou a sessão com o depoimento da ex-secretária extraordinária de enfrentamento à Covid, Luana Araújo. (Julia Chaib e Renato Machado)

  • 13h26 2.jun

    CPI suspende sessão para almoço

    O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), suspendeu por 20 minutos, para almoço, a sessão com o depoimento da ex-secretária extraordinária para enfrentamento à Covid, Luana Araújo. (Julia Chaib e Renato Machado)

  • 13h15 2.jun

    Médica afirma à CPI não haver 'ferramenta farmacológica' a ser usada no início da Covid

    Questionada na CPI da Covid pelo senador Marcos Rogério (DEM-RO) a respeito de quais medidas podem ser tomadas nos casos iniciais de Covid-19, a médica Luana Araújo, ex-secretária extraordinária de enfrentamento à Covid, afirmou que não há hoje "nenhuma ferramenta farmacológica que possa ser usada" naquela fase da doença.

    "Nós não temos nenhuma ferramenta farmacológica que possa ser usada de forma inicial que impeça a progressão da doença", afirmou.

    "A gente trata ou melhora o tratamento das doenças que o paciente tenha em concomitância porque a gente sabe que as doenças fragilizam o sistema imunológico do paciente", continuou Luana. (Julia Chaib e Renato Machado)

  • 13h05 2.jun

    Para Renan, depoimento de Luana atesta falta de autonomia do Ministério da Saúde

    Balanço do senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, levanta quatro pontos de destaque no depoimento que a médica Luana Oliveira, ex-secretária extraordinária de enfrentamento à Covid, presta à comissão.

    Para o senador, a declaração da médica prova que o Ministério da Saúde não tem autonomia para formar a equipe e ditar políticas públicas.

    Renan destacou as declarações da infectologista de que havia convidado bons profissionais para compor sua equipe, mas que alguns não aceitaram por conta da polarização política e que possivelmente seu nome não teria sido aceito pelo presidente da República.

    O relator também destacou momento em que Luana disse que sua família e ela própria foram alvo de ameaças.

    Na avaliação do senador, a médica também ficou isolada no governo nas suas manifestações ao contrariar a defesa do tratamento precoce e o uso de cloroquina no tratamento da Covid. (Julia Chaib e Renato Machado)

  • 12h54 2.jun

    Acusado de ser agressivo, senador Otto Alencar afirma que foi veemente pois não aguentou mais ouvir negação de fatos

    O senador Otto Alencar (PSD-BA) afirmou nesta quarta-feira (2) que não buscou desqualificar a médica Nise Yamaguchi, em depoimento na CPI da Covid no dia anterior.

    Afirmou, no entanto, que desaprovou as falas da médica que apresentava visões equivocadas sobre vacinas e sobre tratamento precoce.

    "O que eu quis fazer? Eu quis mostrar que nunca deu certo se levar uma medicação, mesmo velha, antiga, que é o caso da hidroxicloroquina e outras medicações, serem usadas para uma doença nova, desconhecida", afirmou.

    O senador, que é médico, afirmou que fez várias perguntas para tentar ver a base das visões da médica e não para menosprezá-la. Disse, por outro lado, que não "suportava mais" ver negação de fatos.

    "Não foi para atingi-la. Tratei o tempo todo a doutora Nise Yamaguchi como senhora, vossa senhoria. Claro que cada pessoa tem uma maneira de se dirigir. Se a minha veemência aconteceu, aconteceu porque não suportava mais ver tantas coisas negadas que foram afirmadas no passado", afirmou.

    "O que eu queria dizer e desqualificar é que o Ministério da Saúde, como instituição jurídica, não pode prescrever receitas para 15 milhões de brasileiros. Era o que eu queria mostrar", completou.

    Como mostrou a Folha, as constantes interrupções à médica Nise Yamaguchi provocaram a reação de senadores e de usuários nas redes sociais. (Julia Chaib e Renato Machado)

    Jefferson Rudy - 27.abr.2021/Agência Senado
    O senador Otto Alencar (PSD-BA)
    O senador Otto Alencar (PSD-BA)
  • 12h09 2.jun

    Após operação da PF, CPI antecipa o depoimento de governador do AM

    O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), decidiu antecipar o depoimento na comissão do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC).

    Em operação contra desvios de recursos para o combate à Covid-19, a Polícia Federal cumpre 25 mandados judiciais na manhã desta quarta-feira (2) em Manaus e em Porto Alegre, incluindo busca e apreensão na casa do governador do Amazonas e a prisão temporária do Secretário Estadual de Saúde, Marcellus Campêlo.

    Lima iria inicialmente comparecer à comissão no dia 29 deste mês. Agora deve prestar depoimento na CPI na próxima quinta-feira (10), no lugar do publicitário Marcos Eraldo Arnaud Marques, conhecido como Marquinhos Show -ex-chefe de comunicação do Ministério da Saúde, na gestão de Eduardo Pazuello.

    Governadores ingressaram na semana passada com ação no Supremo Tribunal Federal para evitar comparecerem na CPI, especialmente na condição de convocados, alegando que essa situação desrespeita o princípio da separação dos poderes. (Julia Chaib e Renato Machado)

    Michel Dantas - 01.nov.2021/AFP
    O governador Wilson Lima, que é alvo da PF nesta quarta-feira (2) e teve depoimento à CPI antecipado
    O governador Wilson Lima, que é alvo da PF nesta quarta-feira (2) e teve depoimento à CPI antecipado
  • 12h04 2.jun

    Luana Araújo avalia que momento é inoportuno para sediar Copa América

    A médica Luana Araújo, ex-secretária extraordinária de enfrentamento à Covid, afirmou à CPI da Covid que sediar a Copa América no Brasil é um "risco desnecessário" para este momento. A infectologista foi questionada sobre qual seria sua posição sobre o evento caso fosse ministra da Saúde.

    "O uso de protocolos rígidos ameniza riscos, mas não os anula. Quando a gente toma uma decisão como essa precisa pesar os pros e contra desse tipo de situação. Honestamente, de onde me sento neste momento, não acho que esse é um momento oportuno para este tipo de evento", disse. (Julia Chaib e Renato Machado)