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Invasão da Rússia ao país vizinho começou em 24 de fevereiro

Após semanas de tensão, a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro deste ano, dando início à guerra. Desde então, o conflito se desdobrou em ao menos três fases. Na primeira, as forças de Vladimir Putin tentaram tomar Kiev com um ataque com múltiplas frentes e pouco foco de poder de fogo. Com a resistência ucraniana, fracassaram.

Dali o foco se mudou para sua origem, o Donbass, onde em abril os russos iniciaram sua nova campanha, mais bem-sucedida até aqui e com a conquista da província de Lugansk, apesar de dúvidas sobre a capacidade de tomada da vizinha Donetsk. Após uma pausa tática relativa, a guerra entrou em sua terceira grande fase com Kiev ampliando os movimentos de sua primeira contraofensiva, especialmente no sul, enquanto Moscou retomou o avanço no leste e intensificou suas ações militares.

Acompanhe abaixo outras notícias sobre a guerra.

  • 8h27 3.out
    Mundo

    Rússia devolve metade de convocados em região por não obedecerem a critérios de alistamento

    O responsável do Exército russo pela região de Khabarovsk, no extremo leste do país, foi removido de seu posto depois que metade dos homens recrutados na área tiveram que voltar para casa por não obedecerem aos critérios de convocação.

    A demissão foi anunciada pelo governador de Khabarovsk nesta segunda (3). Ele ainda afirmou que a saída do comissário não afetará o plano de alistamento mandatório ordenado pelo presidente russo, Vladimir Putin, há cerca de dez dias.

    Primeira mobilização na Rússia desde a Segunda Guerra Mundial, a convocação vem gerando insatisfação entre cidadãos e também oficiais.

    Há reclamações sobre recrutamento de homens que não têm condições de saúde ou idade para lutar, por exemplo. A priorização daqueles com experiência militar anunciada pelo Kremlin também parece não estar acontecendo na prática.

    Alexei Pavlishak - 27.set.22/Reuters
    Soldado convocado se despede de alguém em ônibus saindo de base militar em Sebastopol, na Crimeia
    Soldado convocado se despede de alguém em ônibus saindo de base militar em Sebastopol, na Crimeia

    A mobilização forçada tem levado muitos a saírem do país. Além disso, mais de 2.400 pessoas foram presas em protestos contra a guerra em mais de 30 vilarejos e cidades. Algumas dessas foram forçadas a se alistar —o que o Kremlin disse ser perfeitamente legal. (Reuters)

  • 18h45 30.set
    Mundo

    Consulado da Rússia nos EUA tem fachada vandalizada com tinta vermelha

    O consulado da Rússia em Nova York foi vandalizado nesta sexta-feira (30) com um spray de tinta vermelha. Sem motivo identificado, o ato coincide com o anúncio da anexação de territórios da Ucrânia ao domínio russo, pelo presidente Vladimir Putin, em Moscou.

    Timothy A. Clary - 30.set.22/AFP
    Mulher caminha com cachorro em frente ao consulado da Rússia nos EUA, em Manhattan, alvo de ato de vandalismo
    Mulher caminha com cachorro em frente ao consulado da Rússia nos EUA, em Manhattan, alvo de ato de vandalismo

    O autor do ataque ao prédio em Manhattan ainda não foi identificado. A polícia recebeu um chamado por volta das 13h30 no horário local, segundo disse um porta-voz à AFP

    Com a tinta ainda fresca nas claras paredes do prédio, pessoas foram à frente do local segurando cartazes para protestar contra o que denunciaram como referendos falsos —em referência às votações conduzidas por Moscou nesta semana. (Reuters e AFP)

  • 9h33 30.set
    Mundo

    Inteligência da Rússia culpa Ocidente por danos a gasoduto; EUA afirmam que é cedo para dizer

    O chefe da espionagem russa disse nesta sexta-feira (30) ter informações de que o Ocidente está por trás de vazamentos nos gasodutos Nord Stream sob o Mar Báltico, ocorridos no último dia 26.

    "Temos materiais que apontam para um rastro ocidental na organização e implementação desses atos terroristas", disse Serguei Narishkin, diretor do Serviço de Inteligência Estrangeira da Rússia (SVR), a repórteres.

    Ele não apresentou quais evidências a Rússia tinha, mas disse que o Ocidente estava tentando ocultar quem executou o ataque.

    Já o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, disse na quinta-feira que ainda é cedo para especular quem pode estar por trás das rupturas.

    "Francamente, até que uma investigação completa seja feita, ninguém será capaz de determinar com certeza o que aconteceu", disse. "Até que tenhamos mais informações ou possamos fazer mais análises, não vamos especular sobre quem pode ter sido o responsável." (Reuters)

    Swedish Coast Guard - 28.set.22/via TT News Agency/via Reuters
    Vazamento de gás no Nord Stream 1 no Mar Báltico
    Vazamento de gás no Nord Stream 1 no Mar Báltico
  • 9h10 30.set

    Ucrânia acusa Rússia de ataque a comboio de civis que deixou ao menos 25 mortos

    Ao menos 25 pessoas foram mortas no que Kiev chamou de um "ataque cínico" de Moscou com mísseis a um comboio de carros no limite da cidade de Zaporíjia, na região sul, nesta sexta (30). A Rússia nega ter civis como alvo, e culpou as forças ucranianas pela investida.

    Os carros se agrupavam perto de um mercado de partes automobilísticas, preparando-se para ir do território controlado pela Ucrânia para a área conquistada pela Rússia para visitar parentes e entregar suprimentos.

    Genya Savilov - 20.set.22/AFP
    Corpo é visto em estrada perto de Zaporíjia após ataque com mísseis em meio à Guerra da Ucrânia
    Corpo é visto em estrada perto de Zaporíjia após ataque com mísseis em meio à Guerra da Ucrânia

    O impacto dos mísseis fez com que as janelas dos veículos se espatifassem e suas partes laterais fossem pulverizadas. Segundo relatos de testemunhas, após o ataque havia corpos dentro dos carros e estirados no chão, alguns deles mutilados.

    A ofensiva aconteceu horas antes de o presidente Vladimir Putin anunciar a anexação de partes da região Zaporíjia e de outras três províncias ucranianas ocupadas ao território russo.

    Os números de feridos variam —enquanto o gabinete do presidente ucraniano Volodimir Zelenski afirmou que estes foram 50, a prefeitura de Melitopol conta 62.

    Zelenski se pronunciou sobre o episódio em uma mensagem no Telegram. "Apenas terroristas completos poderiam fazer isso e não deveriam ter espaço no mundo civilizado", escreveu ele, antes de chamar a Rússia de "Estado terrorista" e "escória sanguinária". "Vocês definitivamente responderão por cada vida ucraniana perdida", afirmou.

    Líder de uma unidade de descarte de explosivos da polícia de Zaporíjia, o coronel Serguei Ujriumov afirmou que o mercado automobilístico foi atingido por três mísseis S300. Ele disse ainda que o Exército russo sabia que os comboios se formavam naquele local e planejou deliberadamente o ataque, o que Moscou nega. "Eles tinham as coordenadas", disse. (Reuters e AFP)

  • 21h23 29.set
    Mundo

    Ucrânia pressiona Rússia no Donbass na véspera da anexação

    Diversos canais militares russos no Telegram trouxeram na noite desta quinta (29) relatos de que as forças de Kiev estão avançando na batalha para cercar tropas russas em Liman, cidade estratégica em Donetsk, uma das províncias na lista de anexação que Vladimir Putin irá formalizar nesta sexta (30). Se o bastião russo lá cair, será a proverbial água no chope do anúncio pomposo no Kremlin.

    Anatolii Stepanov -28.set.22 / AFP
    Soldado ucraniano caminha ao lado de tanque russo destruído em Donetsk
    Soldado ucraniano caminha ao lado de tanque russo destruído em Donetsk

    Donetsk é a região em que o Kremlin hoje tem menos controle, cerca de 60% do território. O controle é praticamente total em Lugansk, a outra área do Donbass (leste) ao lado de Donetsk, e em Kherson (sul). Já em Zaporíjia (sul), há uma faixa ao norte da província sob controle ucraniano. (Igor Gielow)

  • 17h14 29.set
    Mundo

    Recrutamento de reservistas gerou ansiedade ou medo em quase metade dos russos, diz pesquisa

    Para 47% dos russos, a notícia da mobilização de até 300 mil reservistas para lutar na Guerra da Ucrânia foi recebida com sentimentos como ansiedade, medo ou mesmo pavor, mostra pesquisa publicada pelo instituto independente Levada nesta quinta (29).

    O levantamento ouviu 1.631 pessoas maiores de 18 anos em 50 regiões da Rússia de 22 a 28 de setembro —a mobilização foi anunciada por Vladimir Putin no último dia 21.

    Dos respondentes, outros 13% disseram ter sentido raiva com a notícia, enquanto 23% se disseram orgulhosos de Moscou pela decisão.

    28.set.22/Reuters
    Soldado da Rússia fala com reservistas na cidade de Volzhski
    Soldado da Rússia fala com reservistas na cidade de Volzhski

    Segundo explicação dada por Serguei Choigu, o ministro da Defesa russo, na ocasião, o país poderá convocar todos com alguma experiência militar.

    A decisão levou a protestos nas ruas, e forças de segurança russas prenderam mais de mil manifestantes contrários ao anúncio. Milhares de pessoas também deixaram o país, muitas com destino a nações vizinhas.

    O Kremilin chegou a admitir erros na convocação dos reservistas. (Reuters)

  • 12h07 29.set
    Mundo

    Embaixador da Rússia nos EUA fala em 'consequências imprevisíveis' de eventual conflito nuclear

    O embaixador da Rússia em Washington, Anatoli Antonov, mandou recados diretos à diplomacia dos EUA em um artigo que publicou nesta quarta-feira (29) na revista National Interest, alertando que Moscou está pronta para defender a região da Crimeia e advertindo para a escalada de um conflito nuclear.

    Antonov disse ser um delírio dos políticos americanos acreditar que a prontidão de Moscou para defender seu território não se estenderia à Crimeia, ou até outras regiões que desejem "ser parte da Rússia com base na liberdade de expressão e na vontade popular"—em menção aos referendos pela anexação à Russia realizados em quatro regiões da Ucrânia.

    "Eles [militares americanos] esperam que os EUA sejam capazes de se esconder atrás do oceano se um conflito [nuclear] estourar na Europa com armas francesas ou britânicas. Insisto que este é um 'experimento' muito perigoso. É seguro dizer que o uso de qualquer arma nuclear poderia rapidamente levar à escalada de um conflito regional em um global", disse o diplomata, pedindo o fim do que chamou de ameaças americanas à Moscou.

    O diplomata disse não estar fazendo ameaças, mas assegurou que, conforme disse o presidente Vladimir Putin, a Rússia está pronta para defender sua soberania e integridade territorial com todas as armas que tiver à disposição. Ele questionou, então, o que haveria de tão agressivo nessa afirmação e perguntou se os americanos não reagiriam da mesma forma caso enfrentassem uma ameaça existencial.

    Antonov acusou Washington de usar artifícios retóricos contra Moscou. "Parece que estão testando a paciência, para ver até onde nos abstemos de responder às flagrantes ações e ataques. Washington está empurrando a situação para um confronto direto entre as maiores potências nucleares, que acarretaria consequências imprevisíveis."

    Na última terça-feira (27) o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, informou que o país não se oporia ao uso de suas armas americanas no leste da Ucrânia, contra as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk, e em Kherson e Zaporíjia —regiões ucranianas em que também houve referendos sobre a anexação à Rússia.

    Leia mais: Por que os referendos da Rússia na Ucrânia são considerados ilegítimos

  • 11h39 29.set
    Mundo

    Rússia quer reabrir diálogo nuclear com os EUA

    Em meio a ameaça de uso de armas nucleares na Guerra da Ucrânia, a Rússia fez um gesto de acomodação aos EUA nesta quinta (29) ao dizer que está aberta a reabrir o diálogo com o rival sobre o controle desse tipo de armamento no escopo do tratado Novo Start —que limita a o número de ogivas estratégicas operacionais de cada potência a 1.600.

    As inspeções mútuas de instalações previstas sob o acordo foram interrompidas em 2020, devido à pandemia, e não mais voltaram a ser feitas devido à guerra.
    (Igor Gielow)

  • 9h03 29.set
    Mundo

    Rússia chama danos em gasoduto de terrorismo e insinua autoria de países inimigos

    O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que os danos aos gasodutos Nord Stream 1 e 2, que ligam a Rússia à Alemanha, parecem ser fruto de "atos de terrorismo de Estado".

    Em encontro com jornalistas nesta quinta (29), ele disse que "é muito difícil imaginar que uma ação terrorista do tipo poderia ter acontecido sem algum envolvimento estatal" e reforçou a necessidade de investigação urgente do caso.

    Guarda Costeira da Dinamarca/Reuters
    Fotografia mostra o ponto em que o gás chega à superfície do Báltico, perto da ilha dinamarquesa de Bornholm
    Fotografia mostra o ponto em que o gás chega à superfície do Báltico, perto da ilha dinamarquesa de Bornholm

    A fala é uma reação às suspeitas levantadas por autoridades ocidentais, nenhuma delas em público, de que o país liderado por Vladimir Putin está por trás das explosões nos ramais gêmeos ocorridas no início da semana, perto da costa dinamarquesa —na quarta, Peskov tinha chamado a insinuação de "estúpida e previsível".

    A União Europeia apura a causa dos vazamentos e afirmou que desconfia de sabotagem. Reportagem do canal de notícias americano CNN relatou que forças de segurança do continente haviam localizado navios e submarinos russos não muito distantes dos pontos em que explosões foram registradas.

    Questionado sobre esses indícios, Peskov afirmou que a presença da Otan —a aliança militar ocidental formada por países do bloco europeu, os EUA e Canadá a que o governo russo se opõe— na área é ainda maior. (Reuters)

  • 15h56 28.set
    Mundo

    Presidente da Comissão Europeia propõe nova rodada de sanções contra a Rússia

    Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, propôs nesta quarta-feira (28) uma nova rodada de sanções contra a Rússia, impostas em decorrência da Guerra da Ucrânia. As medidas devem incluir restrições comerciais mais severas, penalidades contra oligarcas e figuras importantes, além da limitação ao preço do petróleo russo.

    A proposta deve ir ao plenário da União Europeia para ser examinada pelos 27 países-membros. Apesar da pressão sobre a Europa para responder às últimas jogadas de Moscou —o anúncio da mobilização parcial por Vladimir Putin, a ameaça do uso de armas nucleares e o referendo pela anexação de quatro regiões no leste ucraniano—, o aval às sanções pode demorar.

    Kenzo Tribouillard - 28.set.22/AFP
    Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, fala em entrevista coletiva na sede da União Europeia, em Bruxelas, Bélgica
    Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, fala em entrevista coletiva na sede da União Europeia, em Bruxelas, Bélgica

    A Europa prevê zerar as importações do petróleo da Rússia até o final deste ano, decisão que foi reforçada pela nova proposta de limitação de preço. O obstáculo está, porém, no requisito de unanimidade no bloco para a aprovação das penalidades —colocar um teto no valor do petróleo russo poderia ser demais para a Hungria, cujo premiê, Viktor Orbán, cultiva laços estreitos com Putin.

    Von der Leyen foi assertiva. "Não aceitaremos referendos falsos, nem nenhum tipo de anexação. Estamos determinados a fazer o Kremlin pagar o preço desta nova escalada", disse, estimando que o pacote de retaliação deve custar € 7 bilhões (R$ 36,4 bi) aos cofres russos.

    As medidas também incluem expandir a lista de bens que não devem ser exportados à Rússia, diminuir a prestação de serviço de empresas europeias a clientes russos e impossibilitar cidadãos de países do bloco de assumir cargos em diretorias das estatais do governo de Moscou.

    A União Europeia deve iniciar as discussões nesta sexta-feira (30), mas as negociações devem ocorrer efetivamente no próximo encontro de líderes do bloco, previsto para ocorrer na República Tcheca no dia 6 de outubro. (Reuters)