Esquerda faz protestos pela saída de Temer neste domingo
As frentes de esquerda Brasil Popular e Povo Sem Medo, contrárias ao governo de Michel Temer (PMDB), convocaram para este domingo (21) manifestações em diversas cidades do país pela renúncia do peemedebista e convocação de eleições diretas.
Em São Paulo, o ato foi marcado para as 15h no Masp. O Vem Pra Rua, grupo de direita que apoiou o impeachment de Dilma Rousseff em 2016, havia feito uma convocação para o mesmo local, mas retirou-a na sexta (19), alegando "motivos de segurança". O movimento nega recuo, prometendo uma nota data, ainda não marcada.
Outras capitais também têm programação de manifestações no domingo, como Rio, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Aracaju, Maceió, Fortaleza, Goiânia, Campo Grande, Cuiabá, Belém, Natal, Porto Velho e Palmas, entre outras.
Principais notícias da crise do governo neste fim de semana
- OAB decide protocolar pedido de impeachment de Temer
- Para tentar neutralizar OAB, Temer buscará apoio junto a outras entidades
- Temer ingressa com pedido para suspender inquérito no STF
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Atualizando
Diretor da JBS diz ter pago R$ 2 milhões a político do PSDC em Rondônia
O ex-diretor de tributos da JBS Valdir Aparecido disse ter pago R$ 2 milhões ao vice-prefeito de Porto Velho, Edgar Nilo Tonial (PSDC), o Edgar do Boi, em propina para liberar de fiscalização as filiais de Rondônia.
Segundo Aparecido, a proposta foi feita em 2012, logo depois que o conglomerado comprou as fábricas da Guaporé Carnes no Estado e em Mato Grosso. O acerto foi feito em reunião na sede do PSDC na capital rondoniense.
Ele se encontrou com Edgar e Clodoaldo Andrade, sócio da Rio Madeira Contabilidade e intermediário da operação. A empresa ficaria isenta de fiscalização por dois anos e depois pagaria em propina 30% do valor de multas e impostos devidos.
Depoimento do ex-diretor de tributos da JBS Valdir Aparecido
'Roubam milhões, e eu viro estrela', diz Malafaia, citado por delator da JBS
O pastor Silas Malafaia acusou um advogado da JBS de "querer salvar a própria pele" citando "uma pessoa muito conhecida" –ele, no caso. "Manda este ladrão, vagabundo, bandido provar o que fala", disse à Folha.
Francisco de Assis e Silva, que defende o grupo dos irmãos Joesley e Wesley Batista, envolveu o líder evangélico em sua delação premiada. Segundo Silva, outro advogado da JBS, Willer Tomaz, afirmou que o pastor pediu um encontro com um juiz (identificado como "dr. Ricardo") de Brasília.
Ed Ferreira - 25.jun.2015/Folhapress 
O pastor Silas Malafaia em audiência na Câmara dos Deputados Malafaia, na versão do delator, estaria buscando estreitar relações com o magistrado após ter sido alvo de condução coercitiva, em dezembro. Foi na Operação Timóteo, que investigava suposto esquema de corrupção em cobranças de royalties da exploração mineral. (ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER)
- Michel Temer
Temer nega que tenha cometido crimes e recebido valores ilegais
O presidente Michel Temer negou nesta sexta-feira (19) que tenha cometido crimes ou que tenha recebido doações eleitorais não permitidas pela TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Em nota enviada pela assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, o peemedebista disse que, no diálogo gravado pelo empresário Joesley Batista, disse que não fez nada pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
"Isso prova que o presidente não obstruiu a Justiça. Ele não recebeu valores, a não ser permitidos pela Lei Eleitoral e declarados ao TSE. Portanto, não tem envolvimento em nenhum tipo de crime", disse. (GUSTAVO URIBE)
Ueslei Marcelino-18.mai.2017/Reuters 
O presidente Michel Temer durante pronunciamento no Palácio do Planalto Três governadores de MS cobravam propina sobre créditos tributários, diz delator da JBS
Em delação no dia 4 de maio, o ex-diretor executivo da JBS Friboi Valdir Aparecido Boni afirmou que três governadores do Mato Grosso do Sul –Zeca do PT (1999-2007), André Puccinelli (2007-2015) e o atual, Reinaldo Azambuja– receberam propina para conceder incentivos fiscais relativos a investimentos da JBS no Estado.
Segundo o delator, os donos do grupo, Joesley e Wesley Batista, negociavam propinas sobre os Termos de Acordo de Regime Especial, que concediam créditos tributários como contrapartida a fábricas instaladas no Estado.
Segundo o executivo, os três governadores cobravam propina sobre os créditos tributários, mas "na época de Pucinelli os valores envolvidos eram bem maiores". (PATRÍCIA CAMPOS MELLO)
Ex-governador do MT desviou R$ 73 mi para compensar impostos da JBS
O ex-diretor de tributos da JBS Valdir Aparecido afirmou, em depoimento à Procuradoria-Geral da República, que a empresa pagou propina para conseguir uma isenção fiscal ilegal de suas fábricas no Mato Grosso.
A empresa teria sido beneficiada pelo então governador Silval Barbosa (PMDB), que deu R$ 73 milhões dos cofres públicos de forma ilícita após algumas fábricas da JBS perderem o direito a ICMS reduzido.
Segundo Aparecido, a transação foi selada por ele e Wesley Barbosa em reunião com o governador mato-grossense em 2011. Em troca, Silval e seu secretário de Indústria e Comércio, Pedro Nadaf, receberiam propina.
Os valores não foram informados pelo diretor. A empresa e o governo também fizeram dois contratos, considerados falsos pelo Ministério Público, para justificar o dinheiro público usado para o benefício fiscal ilícito.
Delator da JBS diz ter pago propina a 1.829 políticos eleitos
O ex-diretor de Relações Institucionais da JBS Ricardo Saud contou aos procuradores da Lava Jato ter pago propina a 1.829 candidatos eleitos.
De acordo com o lobista, que firmou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF), um montante de quase R$ 600 milhões foi distribuído como pagamento indevido a 28 partidos brasileiros.
O número representa quase a totalidade de siglas existentes no país. De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o Brasil tem hoje 35 agremiações políticas registradas.
Saud disse aos investigadores que o dinheiro ajudou a eleger 179 deputados estaduais em 23 unidades da federação. Os repasses contribuíram ainda para a vitória de 167 deputados federais provenientes de 19 partidos, 28 senadores da República e outros 16 governadores. (TALITA FERNANDES)
'Brasil não pode mais viver ao sabor de delações', diz Instituto Ethos
O Instituto Ethos afirmou nesta sexta-feira (19) que o Brasil não pode mais viver de sobressaltos, ao sabor de delações e da divulgação de resultados da investigação dos casos de corrupção.
"O Brasil não pode mais viver de sobressaltos, ao sabor de delações e da divulgação de resultados da investigação dos casos de corrupção. O país perde, em todos os sentidos, com o atual cenário de instabilidade política, econômica e social", disse, em nota.
O instituto disse ainda que a sociedade brasileira deve se unir às empresas e a demais organizações civis para que a ética e a integridade sejam valores fundamentais na retomada do desenvolvimento em bases sustentáveis.
"Sendo assim, somente a legitimidade do voto popular por meio de uma emenda constitucional é capaz de trazer a estabilidade necessária para o país retomar o caminho do desenvolvimento em bases íntegras e éticas", conclui a nota (Leia a íntegra aqui )
Pediram R$ 150 mi para comprar 30 deputados e evitar saída de Dilma, diz Joesley
O empresário Joesley Batista afirmou em delação ao Ministério Público que o deputado João Carlos Bacelar (PR-BA) pediu a ele, na véspera da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, 16 de abril de 2016, que comprasse 30 deputados por R$ 5 milhões cada um para bloquear o afastamento da presidente.
Segundo depoimento de Batista, Bacelar foi à casa dele no sábado anterior à votação, às 22h30. "Ele disse: nós precisamos comprar os deputados para bloquear o impeachment; aí me mostrou uma lista- 30 deputados, a R$ 5 milhões cada um, a gente bloqueia o impeachment", disse Batista em seu depoimento ao Ministério Público, no dia 3 de maio de 2017.
"Eu disse a ele: olha, 5 deputados por R$ 3 milhões cada, você pode comprar por minha conta...30 eu não dou conta de comprar", continuou o empresário. (PATRÍCIA CAMPOS MELLO)
Leia aqui a reportagem completa
Fabrice Coffrini/AFP 
A ex-presidente Dilma Rousseff, que deixou o cargo no ano passado após impeachment - Congresso
Marta Suplicy recebia mesada de R$ 200 mil, diz dono da JBS
O proprietário da JBS, Joesley Batista, afirmou que pagou uma mesada de R$ 200 mil à senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) por 15 meses entre 2015 e 2016 e deu R$ 1 milhão para a campanha dela ao Senado, em 2014.
Segundo o empresário, o dinheiro, em espécie, era entregue ao marido de Marta, o ex-presidente do Jockey Club de São Paulo Márcio Toledo, pelo executivo Florisvaldo Caetano de Oliveira.
Batista afirmou que conheceu Marta por meio do ex-ministro Antonio Palocci quando a senadora ainda pertencia ao PT. A doação para a campanha teria sido dividida em duas: metade oficial e metade por caixa dois.
Fábio Vieira/FotoRua/Folhapress 
Marta Suplicy vota nas eleições de 2016 O empresário afirma que ele e seu irmão, Wesley, foram assediados pelo empresário e por assessores de Marta para que retomassem a mesada e doassem para a campanha para a Prefeitura de São Paulo de 2016
Na época, as doações de empresas já eram proibidas. Batista diz que a partir daí começou a se afastar da senadora, apesar da insistência para que se retomassem os pagamentos.
Marta divulgou nota confirmando ter recebido dinheiro da JBS para a campanha de 2014. A peemedebista diz presumir que o dinheiro doado "tenha saído da contabilidade regular da empresa dele porque ele sabia que esse dinheiro seria declarado ao TSE, como efetivamente foi", diz a nota.
Ela também afirma ser "absurda a afirmação de que suas empresas tivessem me doado qualquer valor mensal para a campanha à Prefeitura de São Paulo em 2016".
Leia a íntegra da matéria. (DIEGO ZERBATO)
- Aécio Neves
Nunca recebi um real da JBS, diz Zezé Perrela
Em vídeo, o senador Zezé Perrela (PMDB-MG) negou ter recebido dinheiro da JBS. "Não conheço ninguém ligado a esse grupo. Nunca recebi, de maneira oficial ou extra-oficial, um real sequer dessa referida empresa."
De acordo com a PF, malas de dinheiro enviadas pela JBS para serem entregues a Aécio Neves foram depositadas em uma empresa de um filho de Perrela. Na quinta-feira (18), a PF fez buscas em sua casa em Belo Horizonte.
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