Manifestação fecha pista da rodovia dos Imigrantes na Grande SP

A rodovia dos Imigrantes ficou totalmente interditada por cerca de uma hora no início da tarde desta quarta-feira (15) por conta de um protesto que aconteceu no sentido litoral da via.

Segundo a concessionária responsável pela estrada, manifestantes invadiram a pista no km 17, altura de Diadema, e fizeram uma barricada, incendiando entulhos.

O grupo deixou o local por volta das 13h, mas a pista ainda precisou passar por limpeza. O congestionamento chegou a 1 km no sentido litoral .

A Ecovias não soube informar o motivo do protesto. Outras manifestações e paralisações, porém, são registradas pelo país contra as reformas trabalhista e da Previdência.

Metrô de SP amplia funcionamento da linha 2-verde

O Metrô paulista informou nesta quarta (15) que ampliou o funcionamento da linha 2-verde. Desde o meio-dia, a linha passou a operar entre as estações Alto do Ipiranga e Vila Madalena. As estações Sacomã, Tamanduateí e Vila Prudente ainda permanecem fechadas.

Leandro Machado/Folhapress
Após liberação parcial, trens da linha 3-vermelha circularam vazios; clique na foto para ver a galeria

As linhas 1-azul e 3-vermelha também operam parcialmente. A linha 1-azul circula entre as estações Ana Rosa e Luz. Já na vermelha, a circulação vai de Marechal Deodoro a Bresser-Mooca. A linha 5-lilás opera normalmente, e a linha 15-prata está paralisada.

A linha 4-amarela não foi afetada pela paralisação dos metroviários já que a linha pertence a iniciativa privada.

Mais de 85% da frota de ônibus voltou a circular em SP

A SPTrans (empresa que gerencia o transporte municipal) afirmou que mais de 85% da frota de ônibus já estava operando normalmente por volta das 11h30.

A empresa diz ainda que acionou o Paese para atender as linhas 1-azul, no trecho entre Jabaquara e Sé, e 3-vermelha, entre as estações Barra Funda e República. O Metrô paulista funciona parcialmente nesta quarta (15).

Às 16h, motoristas e cobradores de ônibus, metroviários, e outras categorias como professores estaduais e municipais vão realizar um ato na avenida Paulista. Com isso, a SPTrans vai disponibilizar 28 linhas a partir das 14h, com itinerários alternativos, e implantará desvios especiais para a alameda Santos e a rua São Carlos do Pinhal.

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Passageiros embarcam no terminal Itaquera, na zona leste de SP; clique na foto para ver a galeria

Ônibus voltam a circular em SP e são opção para metrô parcialmente paralisado

Com o metrô parcialmente paralisado, os corredores de ônibus a partir das 9h absorveram grande parte da população que costuma utilizar esse meio de transporte rumo à região central. A reportagem da Folha fez o trajeto do terminal João Dias, na zona sul de São Paulo, até a região da avenida Paulista, no centro, em 1h15 –9h50 até 11h05.

Passageiros disseram que o tempo é o normal para o horário em dias sem paralisação. Enquanto o corredor fluía bem, a reportagem observou que o trânsito ainda era lento para automóveis em avenidas como a João Dias e vereador José Diniz.

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Folha fez o trajeto do terminal João Dias, na zona sul, até a região da avenida Paulista, no centro, em 1h15; clique na foto para ver a galeria

Às 9h30, o índice de lentidão chegou a 201 km –o que corresponde a 23,2% dos 868 km de vias monitoradas– o dobro do índice da média superior para o horário, que é de 10,3%. A CET suspendeu o rodízio nesta quarta (15), mas manteve as restrições de circulação para caminhões.

A CET informou em nota que a "medida tem como objetivo garantir a mobilidade do cidadão e valerá apenas para os carros".

SPTrans aciona Paese para reforçar atendimento a passageiros

Como o Metrô paulista opera parcialmente nesta quarta (15), a SPTrans (empresa que gerencia o transporte municipal) informou que reforçou o número de ônibus disponíveis.

Às 9h, a empresa acionou o Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência) no trajeto da linha 1-azul –nesse trecho o metrô opera entre as estações Ana Rosa e Luz.

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Por volta das 9h40, passageiros ainda aguardavam ônibus para poder embarcar; clique na foto para ver a galeria

O trecho entre as estações Jabaquara e Sé do Metrô paulista é atendido por 25 ônibus integrados ao Paese. São dez ônibus da empresa Cidade Dutra, dez da Mobibrasil e outros cinco da Viação Tupi.

Por volta das 10h, a empresa implantou mais 20 ônibus, todos da Sambaíba, no trecho entre a estação Santana e a praça do Correio, região central de São Paulo. Técnicos da SPTrans acompanham a operação e orientam usuários.

Sem metrô, passageiros sofrem para embarcar em Itaquera

Às 10h30, diante da estação Itaquera da CPTM, o mecânico de refrigeração Ademir Martins, 45, aguardava que o movimento da estação diminuísse para embarcar.

Na estação, costumeiramente o horário de pico vai até as 8h30, mas nesta quarta (15), devido a paralisação parcial do Metrô, até as 10h30 o fluxo de passageiros estava intenso.

Apesar do transtorno, ele diz apoiar a greve dos ônibus e metrô contra a reforma da Previdência. "Por um lado, isso atrapalha o emprego da gente, ainda mais em tempo de crise. Mas tem que ter a manifestação. A população tem essa força".

Já o motorista Renato Martins, 38, discorda da paralisação e diz que ela mais atrapalha do que ajuda o trabalhador. "Isso é palhaçada. A gente não tem culpa do que os políticos fazem e ainda tem que passar por isso", diz ele que pretende ir até a Sé e que aguarda a abertura do Metrô.

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O motorista Renato Soares, aguarda a abertura do metrô Itaquera; clique na foto para a galeria

SP bate recorde de lentidão no ano com paralisações de ônibus e metrô

A paralisação do funcionamento do metrô e dos motoristas e cobradores de ônibus na manhã desta quarta (15) fez com que a cidade de São Paulo batesse recorde de congestionamento. Às 9h30, o índice de lentidão chegou a 201 km –o que corresponde a 23,2% dos 868 km de vias monitoradas –o dobro do índice da média superior para o horário, que é de 10,3%

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Rua Voluntários da Pátria travada na região de Santana, na zona norte; clique na foto para a ver a galeria

Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o recorde anterior do ano foi registrado no dia dia 20 de fevereiro, também às 9h30, quando a cidade teve 104 km de morosidade. Às 10h, os motoristas enfrentavam ainda 195 km de lentidão, mas, segundo a companhia, o trânsito na cidade já está em curva de declínio.

Na hora do maior pico da manhã, os motoristas enfrentavam longos congestionamentos nas principais vias da zona norte de São Paulo, como na rua Voluntários da Pátria e na avenida Cruzeiro do Sul. Às 9h40, o terminal de ônibus de Santana ainda estava sem ônibus, mas muitos passageiros já aguardavam o retorno da circulação dos mesmos.

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Terminal Santana segue com passageiros na fila, mas ainda sem nenhum ônibus; clique na foto para ver a galeria

Às 9h30, o encarregado de logística de uma editora de livros Felipe Lima, 30, completou duas horas sentando em um banco no aguardo de um ônibus que o leve à zona sul da cidade. "Meu chefe sabe que não tem ônibus, então ele só mandou eu esperar. Não tem outro jeito."

RODÍZIO

O rodízio municipal de veículos em São Paulo está suspenso nesta quarta-feira (15) por conta da paralisação que podem afetar os ônibus e metrôs. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), as restrições de circulação para caminhões seguem valendo normalmente.

Os corredores de ônibus estarão liberados para o tráfego de táxis, com ou sem passageiros, e ônibus fretados. Durante toda a manhã, até o meio-dia, carros também poderão circular nas faixas exclusivas para ônibus, segundo a CET. O estacionamento em vagas da Zona Azul está liberado gratuitamente.

A CET informou em nota que a "medida tem como objetivo garantir a mobilidade do cidadão e valerá apenas para os carros".

Após fim da paralisação, terminais de ônibus têm movimento tranquilo

Na zona sul, por volta das 9h o movimento era normal nos terminais Santo Amaro, Grajaú e João Dias, sem grandes filas. No terminal João Dias, os primeiros ônibus articulados chegaram às 8h40.

Uma hora antes, a população começou a formar filas no local. Por volta das 6h, o chefe de depósito Igaiara Deusdorado, 34, esperava no local na tentativa de pegar um coletivo para o trabalho.

Morador de Paraisópolis, ele trabalha no Jabaquara. Como não encontrou coletivos, disse tentaria chegar ao local utilizando os ônibus do sistema local, cujos motoristas não aderiram à greve.

Esses ônibus, menores, circularam lotados durante a manhã. Parte dos passageiros chegou cedo por meio deles aos terminais e corredores, onde tiveram de esperar por horas até a normalização do sistema de ônibus.

"Saí de casa às 4h30. Agora são 7h e nada", disse o barman Geler Noel, 29, haitiano. Noel mora na Vila das Belezas, extremo sul, e tentava chegar à região da avenida Paulista, onde trabalha.

Já no terminal Parque Dom Pedro, região central de São Paulo, o maior da cidade, algumas linhas voltaram a circular por volta das 9h30. O local, que até então estava vazio, começa a retomar o fluxo de passageiros.

Leandro Machado/Folhapress
Passageiros embarcam no terminal Parque Dom Pedro, região central de SP; clique na foto para ver a galeria

ZONA LESTE

Na zona leste, os ônibus voltaram a circular no terminal Itaquera por volta das 8h30 após deixarem suas garagens às 8h. O retorno da operação dos ônibus ajudou a lotar estação da CPTM de Itaquera, onde logo surgiram longas filas antes das catracas.

Muitos dos passageiros acreditavam que o Metrô também voltaria a funcionar após as 8h, o que não ocorreu. Na zona leste, as linhas mais aguardadas pelos passageiros eram as que tinham como destino o Terminal Parque Dom Pedro, no centro da cidade. Essas linhas percorrem por avenidas paralelas à linha vermelha do Metrô, que está parcialmente paralisada. Assim que os ônibus dessas linhas chegaram ao terminal Itaquera, logo lotaram.

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Os ônibus voltaram a circular no terminal Itaquera, na zona leste de São Paulo

'Tenho medo de ir e não conseguir voltar', diz moradora da zona leste

A estação Itaquera da CPTM recebeu um grande volume de passageiros a partir das 8h. Muitos passageiros acreditavam que o Metrô abriria após esse horário, o que não ocorreu. Entre eles está a diarista Joselia ferreira, 48, que mora na Vila Carmosina, zona leste, e pretende ir para a Vila Madalena, na zona oeste. "Eu tenho medo de ir e no meio da tarde o trem também resolver parar e eu não conseguir voltar", diz.

A recepcionista Zuleide da Silva, 48, também acreditava que o Metrô abriria às 8h. "Fui até a estação Artur Alvim e estava fechada. Não tinha ninguém para informar se iria abrir ou não".

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Passageiros aguardam abertura da estação Itaquera, na zona leste de SP

Apesar do transtorno, Zuleide apoia a paralisação desta quarta (15). "Por que não mexem com o salário dos políticos e querem mexer na minha aposentadoria? Até que idade eu vou ter que trabalhar para me aposentar?", conclui.

O Metrô paulista opera parcialmente desde as 6h25. A linha 3-vermelha circula entre as estações Marechal Deodoro e Bresser-Mooca. Nesse trecho, os usuários podem fazer integração com as linhas 1-azul na Sé, 4-amarela na República, e 7-Rubi (CPTM), 10-Turquesa (CPTM), 11-Coral (CPTM) e 12-Safira (CPTM) na estação Brás.

Elton Danilo, 38, o gerente de uma lanchonete no terminal Itaquera conta que a circulação de pessoas no local está fraca desde cedo. "Movimento está muito fraco. O povo ficou em casa. Mesmo de manhã, não teve muita confusão."