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Após assumir presidência interina, Temer discursa e empossa ministros
O peemedebista Michel Temer faz seu primeiro pronunciamento oficial desde que foi notificado e empossado como presidente interino.
Mais cedo, Dilma Rousseff deixou o Palácio do Planalto e discursou para seus apoiadores. Ela afirmou que o processo de impeachment foi "fraudulento" e se trata de um golpe; também disse que lutará para se manter no cargo.
Nesta quinta-feira (12), o Senado decidiu aceitar o processo de impedimento e afastar Dilma Rousseff do poder.
Dilma é a segunda chefe de Estado a enfrentar formalmente um processo de impeachment desde a redemocratização, 24 anos após Fernando Collor. O vice Michel Temer (PMDB), 75, assumiu seu lugar interinamente nesta quinta (12). Ele é a 41ª pessoa a ocupar o cargo de presidente da República.
A decisão foi tomada às 6h30, após uma sessão de quase 21 horas no plenário do Senado.
Com 78 senadores presentes, 55 votaram contra Dilma e 22 a favor, com 0 abstenções. Era preciso maioria simples para que o pedido fosse aceito.
O afastamento tem prazo máximo de 180 dias, mas a previsão é que o Senado julgue-a pelas pedaladas fiscais e créditos orçamentários sem autorização antes disso.
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Romário diz que admitir o processo é chance para conhecer melhor os fatos
Romário (PSB-RJ): "Por tudo que li, ouvi e entendi, cheguei à conclusão de que há, sim, crime de responsabilidade fiscal por parte da presidente da República".
"Por isso, votarei pela admissão do processo de impeachment. O que votamos hoje é a possibilidade de conhecermos melhor os fatos, estaremos debruçados por mais tempo sobre os argumentos de cada lado".
Bancadas de PT e PCdoB na Câmara anunciam oposição ferrenha a Temer
Bancadas de PT e PCdoB na Câmara anunciam oposição ferrenha ao governo Michel Temer e adiantam que votarão contra toda e qualquer proposta do provável futuro chefe do Executivo peemedebista, mesmo que sejam idênticas a medidas encaminhadas por Dilma. "Nenhum documento assinado por Temer será reconhecido, são nulos", justiça Paulo Pimenta (PT-RS).
Romário será o 11º senador a discursar
O próximo a discursar é o senador Romário. Será o discurso de número 11, o número da camisa que usava em campo.
Impeachment é 'remédio amargo', mas legal, diz Ricardo Ferraço
Ricardo Ferraço (PSDB-ES) reforça a legalidade do impeachment. "Nossa escolha é republicana". "A lei é o nosso limite, é o marco civilizatório".
Segundo ele, o impeachment surge no presidencialismo como "o mais amargo dos remédios para se afastar um governante que pratica crimes". "O presidencialismo sem impeachment é a monarquia absoluta".
Eduardo Anizelli/Folhapress 
O senador Romero Jucá (PMDB-RO) conversa com o presidente do senado Renan Calheiros, durante sessão do impeachment da presidente Dilma Forças Armadas reagem à indicação de deputado para Ministério da Defesa
A informação de que Michel Temer escolheu o deputado Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG) para o Ministério da Defesa caiu como uma bomba nas Forças Armadas. À Folha, um general da cúpula militar disse ser "inacreditável" e espera "que a indicação não se confirme".
Em tom de desabafo, o militar disse que é "inacreditável que um menino de 36 anos venha a comandar homens de mais de 60 anos, num momento delicado de crise no país, às vésperas de uma olimpíada".
Dilma chega ao Planalto
A presidente Dilma Rousseff acaba de chegar ao Palácio do Planalto. Ela passou a manhã e o início da tarde no Palácio do Alvorada.
Magno Malta diz que PT destruiu 'valores da família'
Magno Malta (PR-ES) criticou pautas como a redução da maioridade penal e a legalização do aborto. "Eles [o PT] destruíram a família, valores da família". Em discurso inflamado e dizendo votar em nome da neta, o senador se declarou a favor do impeachment. Ao final, foi aplaudido por senadores.
Michel Temer deixa Jaburu para visitar Sarney, dizem aliados
O vice-presidente Michel Temer deixou rapidamente o Palácio do Jaburu no início desta tarde. Ele ficou fora de sua residência oficial por cerca de 30 minutos. Segundo aliados, fez uma visita ao ex-presidente José Sarney.
Líder do governo afirma que decisão de Teori já era esperada
Senador Humberto Costa (PT-PE), líder do governo, diz que a decisão de Teori de recusar recurso da AGU já era esperada, mas que Planalto deve lutar "em todas as frentes" e que vai manter a estratégia de judicialização dos diversos passos do impeachment
"Era esperada a decisão. O Supremo desde o primeiro momento se colocou numa linha de não interferência e de que esse é um tema do Congresso", afirmou
