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Após assumir presidência interina, Temer discursa e empossa ministros
O peemedebista Michel Temer faz seu primeiro pronunciamento oficial desde que foi notificado e empossado como presidente interino.
Mais cedo, Dilma Rousseff deixou o Palácio do Planalto e discursou para seus apoiadores. Ela afirmou que o processo de impeachment foi "fraudulento" e se trata de um golpe; também disse que lutará para se manter no cargo.
Nesta quinta-feira (12), o Senado decidiu aceitar o processo de impedimento e afastar Dilma Rousseff do poder.
Dilma é a segunda chefe de Estado a enfrentar formalmente um processo de impeachment desde a redemocratização, 24 anos após Fernando Collor. O vice Michel Temer (PMDB), 75, assumiu seu lugar interinamente nesta quinta (12). Ele é a 41ª pessoa a ocupar o cargo de presidente da República.
A decisão foi tomada às 6h30, após uma sessão de quase 21 horas no plenário do Senado.
Com 78 senadores presentes, 55 votaram contra Dilma e 22 a favor, com 0 abstenções. Era preciso maioria simples para que o pedido fosse aceito.
O afastamento tem prazo máximo de 180 dias, mas a previsão é que o Senado julgue-a pelas pedaladas fiscais e créditos orçamentários sem autorização antes disso.
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Eduardo Anizelli/Folhapress Senadores durante sessão de votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff Cerca de 600 pessoas acompanham sessão na Esplanada
Na Esplanada dos Ministérios, cerca de 600 pessoas acompanham a sessão que acontece no Senado. Há cerca de 300 manifestantes contrários ao impeachment, e outros 300 favoráveis ao afastamento. A expectativa da Secretaria de Segurança do DF é que o movimento aumente à noite. A região voltou a ser dividida por um muro, alugado pelo Senado por R$ 25.920. Os manifestantes dos dois lados acompanham a sessão ouvindo carros de som.
Na votação na Câmara, em 17 de abril, o muro foi contratado pelo governo do Distrito Federal e custou R$ 7.850. A principal diferença nos contratos é a locação dos gradis que distanciam os manifestantes do muro. Na primeira ocasião, os gradis foram emprestados do estádio Mané Garrincha. Agora, foram alugados.
O muro começa à frente do Congresso Nacional e se estende por 1.000 metros em direção ao centro da capital federal.
18 dos 22 senadores indicaram ser favoráveis à saída de Dilma
Até o momento 18 senadores indicaram voto favorável ao prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma. Quatro se mostraram contrários. Ainda faltam 46 senadores inscritos para falar.
Avenida Paulista é bloqueada para protestos
Fabio Braga/Folhapress Manifestantes pró e contra o Impeachment vão para a avenida Paulista para acompanhar a votação do afastamento da presidente Dilma Rousseff no Senado Sessão faz nova pausa e será retomada às 19h
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PDMB-AL) anuncia novo intervalo na sessão, que será retomada às 19h.
PSDB e Aécio entram para a história como os coveiros da democracia, diz senadora do PT
Última a discursar neste bloco, antes de novo intervalo, a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) lembra das pautas-bombas contra o governo e diz que o processo de impeachment é uma "farsa" e um "golpe de Estado". Segundo ela, o PSDB e Aécio Neves entram para a história como os "coveiros da democracia".
A senadora também enalteceu legados do governo PT na educação e afirmou que conquistas "correm risco com o afastamento" da presidente Dilma.
"Sairemos deste jogo de cartas marcadas de cabeça erguida e com mais disposição ainda para a luta, pois não há derrota definitiva para quem assume o lado certo da história. Os golpistas jamais serão perdoados", diz a senadora Fátima Bezerra (PT-RN).
Blairo Maggi se filia ao PP e já traça planos para Agricultura
Gabriel Masca/Folhapress O senador Blairo Maggi (PP-MT) anunciou nesta quarta-feira parte dos seus planos para o Ministério da Agricultura, cadeira que ocupará caso Michel Temer (PMDB) assuma o Palácio do Planalto.
Maggi deixou o PR e se filiou ao PP. A mudança de legenda era a condição para que fosse o escolhido para comandar a Agricultura do eventual governo peemedebista.
País está parado por causa das brigas políticas, diz senador
O senador Acir Gurgaz (PDT-RO) justifica voto favorável a abertura do processo de impeachment com o argumento de que o país está parado desde as eleições de 2014 por causa das brigas políticas.
Após a sua fala, Gurgaz foi parabenizado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pela "economia de tempo" para os parlamentares. Ele não usou os 15 minutos a que tinha direito para o seu discurso.
Manifestantes bloqueiam avenida Paulista
Wálter Nunes Para acompanhar a sessão de votação no Senado, manifestantes bloqueiam todas as pistas da avenida Paulista, em São Paulo, entre a alameda Campinas e a rua Peixoto Gomide, e montam estrutura com telão e trio elétrico Senador lembra de melhorias no país durante era PT
O senador Jorge Viana (PT-AC) cita melhorias no país durante a era PT no governo. O parlamentar diz que o partido tirou o país do mapa da fome e foi o responsável pela redução do risco Brasil, que caiu de 1400% para 400% desde o início da era PT.
O senador admite que o governo cometeu erros, mas afirmou que o ex-presidente Lula hoje é "satanizado pela oposição". Ele também critica os parlamentares por não citarem o presidente da Câmara afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em seus discursos.