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Movimentos sociais fazem atos contra impeachment nas 27 capitais
As manifestações desta quinta-feira (31) contrárias ao impeachment reuniram, em todo o país, 140,8 mil pessoas segundo a PM; organizadores falam em 755 mil. Os atos ocorrem nas 27 capitais.
De acordo com pesquisa Datafolha, cerca de 40 mil pessoas participaram do ato na praça da Sé, em São Paulo. Os organizadores estimam 60 mil presentes. A Polícia Militar fala 18 mil, às 19h, no horário de pico do ato.
A manifestação mais importante, segundo os organizadores, aconteceu em Brasília, para onde foram as lideranças dessas entidades. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a manifestação reuniu 40 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios. Os organizadores falam em 200 mil.
Mais de 60 entidades, entre movimentos sociais e sindicatos, organizaram os atos. No Rio, o cantor Chico Buarque fez uma aparição relâmpago.
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Sambista Lecy Brandão canta 'Zé do Caroço'
SÃO PAULO - Lecy Brandão, deputada pelo PC do B e cantora, canta, como de costume, a música Zé do Caroço (1978), que fala de um líder popular nascido na favela. E associa isso ao governo Dilma. "A Dilma quer o bem do povo da brasileiro".
Em ato no Rio, Neto de Brisola diz que se houver impeachment "o país vai parar"
RIO - O vereador Leonel Brisola Neto (PSOL) rememorou as palavras de seu avô, Leonel Brisola, ao defender a permanência da presidente e o que ele chamou de luta de resistência.
"Não daremos o primeiro tiro. Daremos, sim, o segundo e o último tiro".
Segundo ele, a luta no país é pelo poder, principalmente, da Petrobras. Lembrou que a derrocada de Getúlio Vargas, que culminou em seu suicídio, começou também com denúncias de corrupção na petroleira.
"Quem controla a Petrobras tem o poder hegemônico".
Segundo ele, se houver impeachment o país irá parar e a recessão econômica irá se aprofundar. Ele classificou o movimento da oposição como golpe.
"Se houver golpe, vai ter muita greve, muita manifestação e muita luta. O país vai parar".
Ele defendeu que se investigue a todos. Com sotaque gaúcho, disse que o país deve "abrir as mochilinhas do PMDB e do DEM, ex-PFL, para ver o quanto essa gente engordou na ditadura".
"Se a Dilma cai e o Temer assumir, o Cunha vai ser o vice-presidente do país. As pessoas precisam saber muito bem disso", disse.
Leonel Brisola Neto disse que desfiliou do PDT, partido criado por seu avô, por não concordar com a politica estadual do partido. "O PDT no Rio é aliada da Rede Globo e do PMDB. Isso eu não posso tolerar". Outro neto do pedetista, Brisola Neto, atuamente deputado federal, continua no PDT.
Senador participa de protesto em Tocantins
Presente no protesto em Palmas, o senador petista Donizeti Nogueira acredita que o processo de impeachment não vai passar da Câmara dos Deputados. "A liderança esta trabalhando para esse processo não passar nem da Câmara. A saída do PMDB faz parte do processo político", diz. "Hoje temos uma democracia mais consolidada, diferentemente de 1964. Ninguém quer perder isso. Impeachment sem crime é golpe, e isso não podemos aceitar".
Presidente de uma organização não-governamental em Palmas, Fernando Gomes faz críticas ao governo, mas diz que a sociedade não pode deixar a democracia fragilizada. "Entendemos que existem pontos positivos e negativos, como a presença de Katia Abreu no Ministério da Agricultura. Mas, diante do que está se desenhando, não podemos ficar calados", diz.
Em Florianópolis, passageiros criticam manifestantes a favor de Dilma
Passageiros favoráveis ao impeachment da presidente Dilma criticam os manifestantes contrários à saída da petista, que estão reunidos na frente do terminal de ônibus do centro de Florianópolis desde as 16h. Eles gritam "fora Dilma", "fora PT", "fora corruptos". Polícia Militar está posicionada entre os dois grupos. Santa Catarina é o Estado em que a presidente Dilma menos recebeu votos nas eleições de 2014.
Na tentativa de evitar confronto, o grupo que organiza ato desta tarde na capital catarinense prega "a política do amor". No alto do único carro de som da manifestação, volta e meia são mostradas rosas vermelhas. Há um grupo de cantores que tocam músicas como "O bêbado e o equilibrista", consagrada na voz de Elis Regina, e "Para não dizer que não falei de flores", de Geraldo Vandré.
BRASÍLIA -Parte dos manifestantes já começa a deixar a manifestação realizada em frente ao Congresso.
Shopping no Recife barra a entrada de manifestantes
Seguranças do Shopping Boa Vista, no Recife, proibiram o acesso de pessoas identificadas como participantes do protesto contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Repórteres e fotógrafos também foram impedidos de acessar a passarela do centro de compras. A estrutura permite uma visão aérea da avenida Conde da Boa Vista, onde cerca de 20 mil manifestantes, segundo a organização, fazem uma passeata. Outras lojas localizadas na mesma via fecharam também fecharam as portas antes do horário comum, de 19h.
Batuques e ciranda marcam início de ato em Curitiba
Músicas marcadas com instrumentos de percussão, gritos de "Não vai ter golpe", e ciranda marcaram o início, às 18h desta quinta-feira (31), do ato contra o impeachment na praça Santos Azevedo, em Curitiba. Cerca de 500 pessoas, segundo estimativa da PM às 18h20, concentravam-se com cartazes e bandeiras no calçadão e escadaria do prédio da UFPR, ponto tradicional de protestos. Dois carros de som dão apoio ao ato, organizado pela Frente Brasil Popular Paraná, que reúne entidades como CUT, MST e APP (sindicato dos professores).
Vídeo gravado na parte superior da catedral da Sé mostra manifestantes cantando entre os discursos
Moro vira boneco na praça da Sé
SÃO PAULO - Circula pela praça da Sé um boneco que representa o juiz responsável pela Operação Lava-Jato, Sérgio Moro. As pessoas que carregam xingam o magistrado e gritam "não vai ter golpe".
Filha de Luís Carlos Prestes participa de ato em Natal
Em discurso emocionado, a enfermeira e tradutora Mariana Prestes, 55, filha de Luís Carlos Prestes, político comunista perseguido durante a Ditadura Militar e o Estado Novo, lembrou que há 52 anos "o Brasil foi varrido pelo golpe militar". "Não podemos deixar isso se repetir. Eu passei 18 anos como exilada política, saí do Brasil com 9 anos de idade é só em 1988 pude retornar", disse, em discurso. "Minha convivência com meu pai foi mínima porque a vida inteira ele foi perseguido. Não podemos deixar isso voltar", completou. Há três anos, ela mora em Baía Formosa, no Litoral do Rio Grande do Norte.