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Manifestantes se concentraram em ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff e em apoio ao ex-presidente Lula nesta sexta (18), na avenida Paulista.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou ao ato por volta das 19h, sob aplausos de manifestantes, que gritavam "Lula guerreiro", "não vai ter golpe" e também "fora, Cunha". Lula também gritou "não vai ter golpe" e disse que virou outra vez o "Lulinha paz e amor".
Os organizadores estimam que 500 mil pessoas estão reunidas na avenida Paulista, mas a PM fala em 80 mil em seu perfil no Twitter.
Até o momento, ao menos 25 Estados registraram atos pró-governo. Por ora, o ato de São Paulo é o maior do país. De modo geral, as manifestações reúnem menos gente do que as pró-impeachment do último domingo (13).
Houve confronto entre integrantes da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e do PT e um grupo pró-impeachment que tentou abrir um cartaz contra Dilma em frente à Fiesp. O grupo correu para uma concentração de policiais em busca de proteção, e a PM dispersou a briga com spray de pimenta.
Os protestos pelo país começaram na quarta, após o juiz federal Sergio Moro liberar no inquérito da Operação Lava Jato um grampo telefônico que sugere uma ação de Dilma para evitar uma eventual prisão do ex-presidente, nomeado ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva.
Confira aqui o resumo dos acontecimentos políticos desta sexta-feira no país.
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Para o colunista Reinaldo Azevedo, "o presidente Michel Temer tem uma difícil tarefa pela frente. Não é a primeira vez que um vice assume em razão do impedimento do titular. Em 1992, a queda de Collor e a ascensão ao poder de Itamar Franco fizeram um bem imenso ao Brasil. Sem esse evento fundador, não teria existido o Plano Real. E nada além da irrelevância nos espreitaria hoje."
SÃO PAULO - Em frente à Fiesp, um coronel da PM avisa que em 15 minutos vai desobstruir a via. Se preciso, usando força. Uma manifestante diz que, como o movimento é horizontal, não há uma liderança. O coronel diz que aqueles que não saírem vão ser encarados como pessoas com disposição de entrar em confronto com a polícia.
SÃO PAULO - A Polícia Militar negocia com manifestantes pró-impeachment a liberação da avenida Paulista para a manifestação a favor do governo Dilma. A PM avisa a liderança que vai "desobstruir a via".
Aumentou o número de entidades de empresários que passaram a defender publicamente a saída de Dilma Rousseff da Presidência. No mesmo dia em que a Fiesp (Federação das Indústrias Paulistas) reuniu cerca de 90 entidades patronais para discutir ações a tomar, notas com críticas ao governo foram divulgadas pela Facesp (Associações Comerciais Paulistas), pela Associação Comercial de SP, pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e pela FecomercioSP.
Em entrevista à Folha, o ministro José Eduardo Cardozo, que recentemente trocou a Justiça pela Advocacia-Geral da União, chamou de "hipótese patética" acreditar que Dilma nomeou Lula como ministro-chefe da Casa Civil para protegê-lo de eventual prisão pela operação Lava Jato.
SÃO PAULO - Em sua conta no Twitter, o PT informa que Lula participará do ato em defesa de Dilma Rousseff desta sexta, na avenida Paulista. O Twitter cita a nota divulgada nesta quinta (17), às 14h03. Segundo a colunista Mônica Bergamo, no entanto, Lula ainda não havia confirmado presença até o início da tarde desta quinta. "Tenho que agora antes falar com a minha chefa [Dilma Rousseff]", afirmou.
SÃO PAULO - O ato em defesa da presidente Dilma Rousseff na avenida Paulista, que, segundo os organizadores, poderá reunir cerca de 150 mil manifestantes nesta sexta (18) terá tratamento diferenciado do governo Geraldo Alckmin (PSDB) em relação aos protestos do último domingo (13).
Na tarde desta quinta (17), uma comissão formada pelo presidente do PT de São Paulo, Emídio de Souza, pelo presidente da CUT, Vagner Freitas, e pelo coordenador da CMP (Central de Movimentos Populares), Raimundo Bonfim, se reuniu com o secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, e cobrou que o governo paulista adote a mesma postura dada à manifestação pró-impeachment de domingo.
SÃO PAULO - Lideranças do grupo que ocupa a avenida Paulista disseram na madrugada desta sexta-feira (18) que não vão deixar o local até o impeachment ou renúncia da presidente Dilma Rousseff.
Mais de cem pessoas se revezam desde a noite de quarta (16) no local para impedir a retirada do acampamento com 32 barracas montadas em frente ao prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Com isso, a via está interditada nos dois sentidos, entre as ruas Peixoto Gomide e Pamplona.
Bom dia. Retomamos a partir de agora a cobertura ao vivo da crise política do governo Dilma.
Caros leitores, chega ao fim por hoje o live blogging sobre a crise política do governo Dilma. A cobertura ao vivo pode voltar a qualquer momento; continue acompanhando pelo site folha.com/poder. Até breve!