O Movimento Passe Livre fez nesta quinta-feira (14) o terceiro grande protesto do ano contra o aumento das tarifas do transporte público de São Paulo.
Foram dois protestos simultâneos, um que saiu do no Theatro Municipal (centro) até chegar à avenida Paulista e outro iniciado no largo da Batata, em Pinheiros (zona oeste), e foi até a estação Butantã do metrô.
A manifestação do centro seguiu pacífica durante todo o trajeto, mas registrou um tumulto que terminou com oito detidos após o ato ser encerrado, sendo seis homens e duas mulheres. A confusão começou quando um grupo tentou pular as catracas da estação Consolação, na avenida Paulista.
Os seguranças impediram o acesso e foram agredidos por objetos arremessados pelos manifestantes. O grupo jogou inclusive bombas caseiras dentro da estação.
A jornalista Cinthia Gomes, da rádio CBN, foi atingida por um disparo de bala de borracha. O tiro acertou a repórter enquanto ela fazia a transmissão ao vivo da cobertura, na esquina da rua Haddock Lobo com a avenida Paulista. A vítima recebeu atendimento em um hospital da região.
O ato do Theatro Municipal começou no viaduto do Chá, passou em frente à prefeitura e à Secretaria de Segurança Pública. Depois, seguiu pela avenida Brigadeiro Luís Antônio até a avenida Paulista. A previsão é que este ato seja encerrado no vão livre do Masp.
O segundo o grupo saiu do largo da Batata, subiu a avenida Faria Lima, passou pela praça Panamericana e atravessou a ponte da Cidade Universitária. Agora, vai passar pela avenida Vital Brasil e terminar o ato na estação Butantã do metrô.
Mais cedo, o grupo não compareceu a uma reunião com o Ministério Público, Secretaria da Segurança Pública e prefeitura para tratar dos atos convocados para hoje.
O último protesto, na terça-feira (12), ficou marcado pela mudança de estratégia da Polícia Militar, que revistou manifestantes, usou bombas antes mesmo do confronto e sufocou a manifestação.
A confusão começou após impasse sobre qual seria a rota da passeata. O MPL desejava seguir pela av. Rebouças; a PM, pela rua da Consolação.
A PM já fechou a avenida Paulista para a chegada dos manifestantes.
Manifestantes começam a pular, e a ponte Cidade Universitária treme.
A polícia fechou todas as transversais da avenida Brigadeiro Luís Antônio. O protesto já está na rua Ribeirão Preto, bem perto da avenida Paulista.
Manifestantes na região central (Foto: Marlene Bergamo/Folhapress).
O Tropa de Choque cerca o acesso à marginal Pinheiros, para impedir que os manifestantes sigam pela via.
O grupo passa agora pelo viaduto 13 de Maio.
Na avenida Brigadeiro Luís Antônio, uma moradora, de cima de um prédio, bateu panelas e jogou ovos nos manifestantes.
O grupo que saiu de Pinheiros chega à praça Panamericana.
A PM avisa que os manifestantes não poderão entrar na marginal Pinheiros.
Policiais retiram pedras da rua Pedroso de Morais, em Pinheiros. Antes de a passeata passar, em alguns pontos com obra e entulho, a PM forma um cordão para impedir o acesso dos manifestantes.