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Os índices acionários em Wall Street subiram nesta quarta-feira, com investidores desprezando dados de inflação mais fortes que o esperado e comprando ações do Facebook, Amazon.com e Apple.
O quarto dia consecutivo de ganhos no S&P 500 viu um retorno à mentalidade "medo de ficar de fora" que acompanhou o rali de Wall Street nos últimos meses antes de uma queda na última semana para o território de correção.
O Dow saltou 1,03%, para 24.893 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 1,34%, a a 2.699 pontos. O Nasdaq avançou 1,86%, para 7.144 pontos.
O CDS (credit default swap, termômetro de risco-país) do Brasil recuou 3,19%, para 164,7 pontos.
No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados tiveram queda. O contrato com vencimento em abril de 2018 recuou de 6,625% para 6,622%. Já o contrato para janeiro de 2019 caiu de 6,725% para 6,685%
A possibilidade de novos aumentos de juros nos EUA também foi desconsiderada no mercado cambial. O dólar perdeu força ante 30 das 31 principais moedas do mundo.
Nesta sessão, o Banco Central não fez rolagem de contratos de swaps cambiais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) que vencem em março. Mas continuará a rolagem na quinta-feira –o total de contratos é de US$ 6,154 bilhões
Os papéis da Petrobras também subiram, em dia de alta do petróleo depois de os estoques da commodity dos Estados Unidos subirem menos que o esperado e de o ministro de Energia saudita, Khalid al-Falih, dizer que os principais produtores prefeririam mercados mais apertados do que encerrar os cortes de produção precocemente.
As ações mais negociadas da Petrobras subiram 2,56%, para R$ 19,25. Os papéis ordinários avançaram 1,44%, para R$ 20,38.
No setor financeiro, os papéis de bancos fecharam em forte alta. O Itaú Unibanco se valorizou 4,32%. As ações preferenciais do Bradesco subiram 3,65%, e as ordinárias avançaram 3%. O Banco do Brasil teve valorização de 3,60%, e as units –conjunto de ações– do Santander Brasil tiveram alta de 3,54%
Das 64 ações do Ibovespa, 58 subiram e seis fecharam em baixa.
A maior alta do índice foi registrada pelas ações da CSN, que dispararam 8,7%. A Bradespar se valorizou 6,9% e a Gerdau avançou 6,63%.
Na ponta contrária, os papéis da Marfrig caíram 2,34%. A CCR recuou 1,63%, e a Cosan fechou em baixa de 0,85%.
As ações da mineradora Vale dispararam 5,98%, para R$ 44,51
Apesar disso, os investidores desconsideraram o dado e os mercados de EUA e Europa subiram. "O mercado americano está vivendo uma irracionalidade, uma euforia, um período clássico de estágio final do ciclo de alta", diz Figueredo.
"Os investidores ignoram qualquer noticiário ruim, tudo é festa. As quedas são motivos para reforços na compra. Qualquer dado ruim que sai, o mercado retoma a tendência e mantém o movimento de alta. Esse movimento deve durar nos próximos meses", complementa
O dado de inflação era aguardado após as fortes turbulências que atingiram os mercados acionários na última semana.
Os índices americanos Dow Jones e S&P 500 tiveram a pior semana em dois anos, em meio a temores de que a recuperação do mercado de trabalho e dos salários nos EUA pudesse pressionar a inflação, o que levaria a aumentos adicionais de juros nos Estados Unidos –o banco central americano indica três altas.
A alta elevaria a rentabilidade dos títulos de dívida emitidos pelo governo americano, considerados de baixíssimo risco, o que enxugaria parte do dinheiro que, hoje, está aplicado em Bolsa ou na renda variável
Para Raphael Figueredo, sócio-analista da Eleven Financial, a forte valorização da Bolsa e a queda do dólar foram provocados por ajustes após as duas sessões sem operações. "O mercado, de maneira geral, ignorou o dado de inflação nos EUA, trazendo a percepção de que a tendência de alta continua, assim como esse período de euforia nos mercados. Isso contamina nossa Bolsa", diz.
Nesta sessão, os investidores avaliaram a divulgação do dado de inflação nos Estados Unidos, que apontou alta de 0,5% em janeiro, acima do esperado pelo mercado. Em dezembro, o avanço tinha sido de 0,2%, segundo o Departamento do Trabalho americano.
Em base anual, a inflação se manteve em 2,1%. Mas o impacto do indicador foi diluído pela divulgação das vendas no varejo no país, que caíram 0,3% em janeiro, a maior queda desde fevereiro do ano passado
A Bolsa brasileira fechou em forte alta nesta quarta-feira (14), em ajuste após duas sessões sem operações e acompanhando a melhora no humor no exterior, apesar de dado de inflação nos EUA que reforça a preocupação com aumentos adicionais de juros no país.
O Ibovespa, índice das ações mais negociadas, subiu 3,27%, para 83.542 pontos. O volume financeiro foi de R$ 11,3 bilhões –a média de fevereiro está em R$ 12,2 bilhões. O dia foi de vencimento de opções sobre o índice, o que contribui para inflar o giro financeiro.
O dólar comercial teve forte queda de 2,27%, para R$ 3,228. O dólar à vista, que fecha mais cedo, recuou 1,51%, para R$ 3,245
A Bolsa brasileira fechou com alta de 3,27%, para 83.542 pontos
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Atualizado em 28/11/2024 | Fonte: CMA | ||
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