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José Francisco Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator, avalia que o rebaixamento já estava na conta. "É só uma formalidade, de passar a régua e dizer que não se fala mais nisso até as eleições. É sinal de que eles esperam mudanças que não são muito prováveis. A reação do mercado estava na conta. Não vai ter Previdência e o governo não tem mais o que anunciar", diz.
Segundo a Fitch, o rebaixamento reflete o deficit fiscal persistente do Brasil, um grande e crescente endividamento do governo e o fracasso de aprovar no Congresso reformas que poderiam equilibrar as finanças públicas.
"O pacote das 15 medidas foi uma espécie de gota d'água. Do lado da equipe econômica, é o que tinham para apresentar, o que conseguiram entregar. Agora, é esperar pelas eleições", afirma Gonçalves
A falta de repercussão no mercado se deu porque o rebaixamento já era esperado, principalmente após a agência de classificação de risco S&P Global ter cortado o rating do Brasil em janeiro deste ano, em meio ao então adiamento da votação da reforma da Previdência.
E se tornou ainda mais iminente após o governo ter anunciado, na última segunda-feira (19), que desistiu de colocar para votação a reforma. No lugar, apresentou um pacote de 15 medidas, a boa parte delas requentadas e já em tramitação no Congresso.
Como resposta, a própria Fitch e a Moody's alertaram que a desistência era negativa para a nota de crédito do país –e a Fitch acabou tomando a dianteira e rebaixando o país antes da concorrente
O corte da nota também não teve reflexos sobre outros indicadores de risco do país. O dólar, moeda à qual os investidores recorrem quando buscam segurança, fechou em baixa. O dólar comercial recuou 0,21%, para R$ 3,242. Na semana, teve alta de 0,6%. O dólar à vista caiu 0,38%, para R$ 3,237 –alta de 0,87% na semana.
O CDS (credit default swap), espécie de seguro contra calote do país, teve queda de 1,72%, para 154,8 pontos.
Os contratos mais negociados de juros futuros, que também espelham risco, recuaram. Os DIs para abril de 2018 caíram de 6,609% para 6,605%. Os DIs para janeiro de 2019 tiveram baixa de 6,590% para 6,575%
O rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Fitch não causou o menor impacto no mercado financeiro nesta sexta-feira (23), e a Bolsa brasileira emendou seu quarto recorde nominal seguido, fechando acima dos 87 mil pontos pela primeira vez.
O Ibovespa, índice das ações mais negociadas, subiu 0,70%, para 87.293 pontos. Em termos reais, ou seja, quando descontada a inflação, o indicador ainda está bem abaixo do recorde de maio de 2008, de 73.516 pontos –que hoje equivaleriam a cerca de 130 mil pontos. Na semana, o índice subiu 3,28%.
O volume financeiro foi de R$ 12,8 bilhões –a média diária de fevereiro está em R$ 13,1 bilhões
A Bolsa brasileira fechou em alta de 0,35%, para 86.990 pontos, de acordo com dados preliminares
O dólar comercial fechou em queda de 0,21%, para R$ 3,242. O dólar à vista teve queda de 0,38%, para R$ 3,237
A Bolsa brasileira agora sobe 0,40%, para 87.034 pontos
O dólar comercial se desvaloriza 0,18%, para R$ 3,243. O dólar à vista perde 0,38%, para R$ 3,237
Em temporada de resultados, índices europeus terminam semana estáveis
Os mercados acionários europeus fecharam em alta nesta sexta-feira depois de uma sessão agitada, registrando um ganho semanal modesto, conforme investidores digeriam uma série de resultados corporativos, incluindo números decepcionantes do Royal Bank of Scotland e da Valeo.
O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,23%, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,22%.
Na semana, o STOXX ganhou 0,16%, na segunda alta consecutiva desde a correção do mercado no início do mês.
"O STOXX está a caminho de encerrar a semana estável, à medida que o mercado estabiliza e a volatilidade acalma", disse Chris Beacuchamp, analista chefe de mercado na IG, pouco antes do fechamento.
"Ainda que não tenha havido muita alta, navegamos com sucesso mais uma semana sem uma venda generalizada, um desenvolvimento alentador que claramente é um bom sinalizador para a semana que vem."
O RBS caiu 4,8% depois de registrar o primeiro lucro anual desde 2007. Operadores disseram que o resultado ficou abaixo das expectativas, ao mesmo tempo em que pesou a falta de novidades sobre um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos por venda incorreta de títulos tóxicos lastreados em hipotecas.
A fabricante francesa de autopeças Valeo recuou 11% para a mínima de seis meses, tornando-se a maior queda do STOXX 600. Seu lucro no segundo semestre caiu devido a taxas de câmbio adversas e aos preços das matérias-primas.
Já o setor de telecomunicações foi impulsionado por uma alta de 5 por cento do BT Group, depois que o regulador britânico do setor, OFCOM, determinou um teto mais generoso para os preços que a empresa pode cobrar dos rivais para usarem seu serviço de banda larga rápida.
Em Londres, o índice FTSE-100 recuou 0,11%. Em Frankfurt, o índice DAX subiu 0,18%.
Em Paris, o índice CAC-40 ganhou 0,15%. Em Milão, o índice FTSE/MIB teve valorização de 0,93%.
Em Madri, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,55%. Em Lisboa, o índice PSI-20 se valorizou 0,36%
O dólar comercial se desvaloriza 0,27%, para R$ 3,240. O dólar à vista recua 0,38%, para R$ 3,237
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Atualizado em 27/11/2024 | Fonte: CMA | ||
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