Um protesto contra o aumento das tarifas de ônibus, metrô e trem terminou em tumulto na noite desta sexta-feira (9) na região central de São Paulo. Um grupo de pessoas depredou lojas e a Polícia Militar usou bombas de efeito moral e balas de borracha. Segundo a PM, 51 pessoas foram detidas.
O ato, que reúne em torno de 5.000 pessoas, segundo a Polícia Militar, começou de forma pacífica na frente do Theatro Municipal, na região central de São Paulo, e seguiu assim até a rua da Consolação. No local, ao menos três agência bancária e uma concessionária tiveram vidros quebrados.
Mascarados se juntaram aos manifestantes ainda no início do ato e durante o percurso jogaram lixo no chão e pedras contra lojas. As entradas das estações Consolação e Trianon-Masp chegaram a ser fechadas, apesar da operação dos trens acontecer normalmente.
As passagens estão mais caras desde terça-feira (6), quando passaram de R$ 3 para R$ 3,50. O valor não subia desde 2011 nos ônibus e desde 2012 no caso dos trens e metrô. As tarifas não subiam desde 2011 nos ônibus e desde 2012 no caso dos trens e metrô.
Apesar da confusão, o ato desta sexta-feira foi bem menor do que os protestos de 2013, quando uma série de manifestações fez com que os governos estadual e municipal recuassem e desistissem de reajustar os valores.
No Rio, também houve uma manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus, que reuniu cerca de mil pessoas, segundo estimativa da PM, no centro da cidade. Policiais militares acompanharam o ato e não teve registro de conflito.
A passagem dos ônibus municipais do Rio aumentou de R$ 3 para R$ 3,40. Os organizadores do protesto, do MPL (Movimento Passe Livre), defendem a redução para R$2,50.
Policiais militares detém manifestante em ato do MPL na Consolação. (Eduardo Anizelli/Folhapress)
É difícil caminhar no cruzamento entre as ruas Matias Aires e Frei Caneca.
Manifestantes seguem pela rua Augusta, enquanto bares da via fecham as portas. Estabelecimentos da rua Matias Aires também fecham as portas.
Policiais fazem bloqueio na esquina da rua Matias Aires com a Haddock Lobo, onde uma loja de carros da montadora Kia foi depredada.
Pessoas em pânico buscam abrigo em lanchonete da Consolação.
PMs tentam conter "black bloc" em meio à confusão na rua da Consolação, na altura da rua Antônio Carlos. (Eduardo Anizelli/Folhapress)
Bombas de efeito moral seguem sendo lançadas na rua Matias Aires. A PM tenta dispersar o grupo de "black blocs".
A correria segue forte na rua da Consolação, com o uso de bombas de gás e balas de borracha. Parte do ato do MPL seguiu para a rua Augusta.
Neste momento, um grupo de "black blocs" depredam uma agência do banco Santander na rua da Consolação. A PM usa bombas de efeito moral para tentar conter o tumulto e a correria.
A polícia mantém os seis detidos cercados na esquina da rua Antônio Carlos com a Consolação.