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Sabatina com Ronaldo

O ex-atacante da seleção brasileira e membro do conselho de administração do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo da Fifa Ronaldo Nazário foi sabatinado pela Folha nesta quinta-feira (29), no Teatro Folha.

O editor do caderno "Esporte", Naief Haddad, o editor de "Opinião", Uirá Machado, e o secretário-assistente de Redação Roberto Dias fizeram a entrevista, que foi aberta ao público.

Empenhado na organização da Copa, Ronaldo disse estar "envergonhado" com os atrasos e dificuldades do Brasil nos preparativos para o torneio. Afirmou ainda que "não teremos todo o legado que esperávamos".

"[A Copa] é um evento que todos deveriam só celebrar. Minha esperança era a de que tudo que foi prometido, seria entregue, mas [o Mundial] não vai deixar um legado físico", afirmou o ex-jogador.

Ao defender os protestos pacíficos da população e condenar a participação de "mascarados", Ronaldo disse que a polícia deveria agir com violência contra os manifestantes que ele chamou de "vândalos".

"Tem que baixar o cacete neles, tirar da rua, prendê-los. A população tem que protestar sem violência. Ela se cansou de ouvir que o Brasil é o país do futuro, quer ver isso, tocar esse futuro, sentir isso", disse. Ainda na sabatina, Ronaldo afirmou que a Fifa não vai mais querer fazer Copa no Brasil e reiterou o seu apoio ao candidato Aécio Neves, do PSDB-MG, na eleição presidencial deste ano.

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  • 17h03  

    "Se houve corrupção na Copa? Não sei. Se faltou controle, faltou dos órgãos competentes. Tem que ver os responsáveis", diz Ronaldo

  • 17h01  

    "Acho que a Fifa não vai querer fazer outra Copa aqui. Vai ficar traumatizada", brinca Ronaldo

  • 17h32  

    "Acho que os protestos são sempre válidos. Mas a partir do momento que tem vândalos no meio, mascarados, a segurança pública tem que conter esses infratores. Acho que o povo brasileiro vive um momento que parece que realmente acordou. E está exigindo melhoria de todos os setores. Sobre os vândalos, tem que baixar o cacete mesmo. Mas a população tem que protestar mesmo, só que sem violência", diz Ronaldo

  • 16h53  

    Ronaldo se irrita após o secretário-assistente de Redação Roberto Dias falar Itaquerão. "É Arena Corinthians. Isso é uma fonte de receita do clube. O clube tem que capitalizar sobre isso", disse Ronaldo

  • 16h51  

    "A gente tem um exemplo bom [de planejamento para que um estádio não vire inutilizável]. O Mané Garrincha tinha, em dez anos, dez mil visitantes. O novo recebeu 900 mil em um ano", diz Ronaldo

  • 16h48  

    "Manaus, por exemplo, não precisa de um estádio daquele. Mas precisa de um planejamento para que não vire elefante branco", diz Ronaldo

  • 16h48  

    "Eu acho que a gente não pode comparar com França, Itália, Espanha... Com a África, sim. A Alemanha não precisa de grande infraestrutura. Eles têm tudo pronto. E o nosso país, não é. A Copa era um motivo de grandes investimentos em grandes áreas [no Brasil]. Comparando com a África, não sei. Não sei o legado que ficou. Mas os estádios viraram elefante branco [inutilizáveis]", diz Ronaldo ao comparar a organização do Brasil com outros países

  • 16h45  

    "Faltou planejamento sério para que tudo acontecesse e fosse entregue", diz Ronaldo, que lembra ainda que só 30% das obras para a Copa foram finalizadas

  • 16h43  

    "A Copa é uma grande vítima disso tudo [se refere à corrupção]. É um evento que todos deveriam só celebrar. Minha esperança era a de que tudo que foi prometido, seria entregue, mas não vai deixar um legado físico", diz Ronaldo

  • 16h42  

    "O Romário acreditou também que a Copa do Mundo seria uma grande oportunidade de investimento para o nosso país. O Romário é contra a corrupção", diz Ronaldo sobre Romário

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