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Após manter Janot, STF suspende sessão de nova denúncia contra Temer
Por 9 a 0 os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) votaram contra o pedido da defesa de Michel Temer para impedir o procurador-geral Rodrigo Janot de atuar em casos envolvendo o presidente.
Presidente buscava impedir que procurador-geral, cujo mandato termina neste domingo, peça abertura de novos inquéritos e ofereça 2ª denúncia contra peemedebista.
Após breve intervalo, STF retomou a sessão para julgar a suspensão de nova denúncia contra Temer até decidir sobre delação. Devido ao horário, a ministra Cármen Lúcia suspendeu o julgamento por volta das 18h10. Ela disse que vai definir com os ministros quando retornará à pauta.
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Pedro Ladeira /Folhapress Plenário do Supremo que julga pedido de suspeição contra Janot Fachin diz que rejeitará pedido de agravo
Fachin diz que rejeitará pedido de agravo, que pede a suspeição de Rodrigo Janot das investigações contra Michel Temer.
Fachin inicia a votação do pedido de suspeição de Rodrigo Janot.
'Lançar flecha' significa que Janot exercerá mandato até o fim, diz Dino
Nicolao Dino, que representa Janot no julgamento, diz que não há nenhum indício na atuação do procurador-geral que insinue "inimizade" pelo presidente Michel Temer.
O subprocurador afirma que Janot cumpre sua função legal e que, quando diz que "enquanto houver bambu lá vai flecha", não faz ataca o peemedebista. Trata-se, para Dino, de uma figura de linguagem, parte da retórica do direito.
"A expressão de 'lançar flecha' nada mais significa que o procurador-geral exercerá seu mandato até o fim, manejando os instrumentos processuais que a lei lhe confere", disse Dino.
Nicolao Dino, subprocurador-geral da República, inicia seu pronunciamento. Ele representa o procurador-geral, Rodrigo Janot, no julgamento.
Dizer 'flechadas' não combina com procurador-geral, afirma Mariz
"O presidente da República quer trabalhar e não consegue. Há cada momento aparece uma nova denúncia", defende Mariz.
"Flechadas... Não são expressões consentâneas com um procurador-geral. Bambu, flechada. Não é assim que os grandes procuradores agiam", ele prosseguiu, levando uma frase de Rodrigo Janot em uma palestra: "Enquanto bambu, lá vai flecha", disse o procurador-geral da República.
"Os paladinos tentam construir bolhas. Bolhas que, no futuro, desaparecem. Não há essa postura maniqueísta que alguns membros do Ministério Público querem ter para justificar seus excessos", afirma Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, advogado de Michel Temer.
"Loures foi assessor do presidente da República. Mas o presidente da República não pode responder por eventuais enganos, erros ou eventuais ilicitudes praticadas por seus assessores", diz Mariz
'Será que delatores não mentiram?', diz Mariz
"O procurador agiu de forma 'absolutamente açodada quando abriu o inquérito policial [contra Temer, baseado nas delações da JBS", diz Mariz.
"Sua Excelência cria o direito penal do porvir, ao dizer que crimes serão praticado."
O advogado cita os novos fatos envolvendo os irmãos Wesley e Joesley Batista. "Será que não mentiram também sobre outros fatos?", questiona o advogado.
Mariz prossegue: "o que garante que ele [Janot], não por dolo, não tenha tido pouca atenção para com os fatos que ensejaram essa denúncia?".
Advogado de Michel Temer, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira se manifesta pelo afastamento de Janot dos casos que envolvem o presidente